. dia 07/09/2008
Nosso destino, Carcassonne, ida e volta 90 km, saindo da SNCF Gare de Toulouse-Matabiau. Portanto, se for do seu interesse, nos siga em Nosso Roteiro em Carcassonne.
A Cidadela de Carcassonne
atravessou as brumas do tempo
e preservou seu passado.
Município de Carcassonne, Departamento de Aude, Região de Languedoc-Roussillon*, na França, 90 km a sudeste de Toulouse, entre os Pireneus e o Maciço Central francês.
* Languedoc-Roussillon, Terra do Sorriso, chamada carinhosamente de a “outra Provence”.
Na encruzilhada de duas vias terrestres, em uso desde a antiguidade: horizontalmente, é o caminho mais curto entre o Atlântico e o Mar Maditerrâneo e, verticalmente, o mais curto entre os Pireneus e o Maciço Central.
Carcassonne
Cité Médiévale, Bastide St Louis, Canal du Midi
Double Classement au Patrimoine Mondial de l’UNESCO
Carcassonne compõe-se de duas cidades:
La Bastide Saint-Louis ou Cidade Baixa, mais recente, cresceu ao redor do centro medieval e
La Cité Médiévale de Carcassonne, cidade protegida pelas célebres fortificações restauradas por Eugène Viollet-e-Duc, no século XIX, conjunto monumentalmente classificado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1997.
Com o passar do tempo, a Cité foi crescendo e não havia mais espaço dentro dos limites dos muros. Então, expandiu-se para fora das muralhas.
Ainda hoje há pessoas que moram do lado de dentro, mas o lugar é mais dedicado ao turismo, com museus, restaurantes e lojas.
Ao redor dos muros, do lado de fora, há “douves”, buraco bem grande que, na época, cheio de água, garantia maior proteção.
A formidável paisagem, a beleza arquitetônica e a beleza histórica proporcionam um passeio inesquecível.
No ano 122 a.C. os romanos ocuparam a região, fortificaram a colina, que denominaram de Julia Carsaco, mais tarde Carcasum (Carcasso), onde permaneceram até o século V.
Depois, toda a região foi tomada pelos visigodos, vindos do leste Europeu, que aí permaneceram entre os anos 460 a 725, quando foi conquistada pelos árabes sarracenos.
Os árabes dominaram a cidade entre 725 e 759, quando foram expulsos por Pepino, o Breve, que no ano seguinte tomou a maior parte do sul da França, contudo, não conseguindo penetrar na fortaleza de Carcassonne.
Em 1067, Carcassonne foi oferecida por dote de casamento a Raimond Bernard Trencavel, Visconde Albi e de Nîmes. Nos séculos seguintes a família Trencavel aliou-se, alternadamente, a Barcelona ou a Toulouse. Construíram o Château Comtal.
Em 1209, Carcassonne passou a posse dos Cátaros, capturada pelo exército de Simon de Montfort, que se auto-intitulava o novo Visconde.
Em 1247, a cidade submeteu-se ao domínio do Reino de França e o Rei Luís IX fundou a nova zona da cidade do outro lado do rio, depois aumentada nos séculos XII e XIII.
Por mais de uma vez a cidade foi sitiada no período das cruzadas. Em 1240, após mais um ataque, São Luís teve a idéia de construir uma segunda linha de muralhas em torno de toda a cidade, pois assim os atacantes teriam que romper duas barreiras em vez de apenas uma. A eficiência desta defesa foi tão grande que durante a Guerra dos Cem Anos com a Inglaterra, em 1355, quando os ingleses (Eduardo, o Príncipe Negro) chegaram até o sul da França, conseguiram atear fogo à torre mais baixa de Carcassonne, destruindo a Cidade Baixa, contudo, não conseguindo realizar seu intento principal, entrar e dominar a cidadela.
Diversos senhores feudais e reis da França, entre outros, contribuíram para o crescimento e fortalecimento da Cité de Carcassonne.
Após um período de declínio e abandono, em 1853, teve finalmente reconhecida sua importância histórica, iniciando-se, então, a restauração desta cidade-monumento, única no mundo.
Durante a 2ª Guerra Mundial, a cidadela foi usada como campo de prisioneiros.
Trata-se de uma cidade feudal, a maior fortaleza medieval de toda a Europa. Um conjunto arquitetônico, que testemunha 2500 anos de história, com 52 torres pontiagudas e duas muralhas (uma muralha interna construída pelos romanos no século II, com 29 torres e uma externa, construída no século XIII, com 17 torres e pontes elevadiças), circulares, de até 20 m de altura, que totalizam quase 3 km.
Château Comtal
Portão de Narbonne, com sua imensa ponte levadiça, onde, nos tempos medievais, ficavam cerca de 50 homens de guarda para impedir a entrada de inimigos.
Castelo Comtal, construído no ano 1130, século XII, por um nobre chamado Raimond Bernard Trencavel. Foi, durante anos, a morada de senhores feudais, que mandaram na região.
O castelo é uma bela mostra da arquitetura militar da época.
Do alto de suas impressionantes muralhas, que eram protegidas por mais de 1200 guerreiros, podia-se controlar uma importante via comercial que ligava a Península Ibérica com o resto do continente.
Por causa de sua posição fronteiriça e estratégica, Carcassonne foi palco das mais ferozes batalhas.
O castelo é formado por duas alas, com pátio no meio delas.
A cidade tem quatro barbacãs*, protegendo as quatro entradas.
*barbacã, muro avançado, construído diante das muralhas e mais baixo que elas.
E uma paradinha para um lanche no Crêpes Gaufres.
Hôtel de la Cité
Basilica de Saint-Nazaire y Saint-Celse
Musée de la Chevalerie
Armes Archerie Costumes
1000 ans d’histoire de la Chevalerie
des Romains à la Renaissance.
Inquisição, triste período da história ocidental, que teve início no século XII e ganhou força quando o Papa Inocêncio IV autorizou o uso da tortura para obter a confissão dos heréticos.
Verdadeiras atrocidades foram cometidas em nome da fé, como o uso de instrumentos de tortura, caso da cadeira de cravos, uma espécie de trono cheio de pregos, onde o acusado era amarrado com cintos de ferro e o berço de Judas, um triângulo de madeira usado para martirizar os hereges.
Exposition des Chateaux Cathares
Inquisition et Instruments de Torture
jusque’à la Révolution Française
Mas, chegou a hora de retornar no trem das 18:35 horas, chegando à Toulouse às 19:40 horas.

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