El Almendro
“las efemérides son muy importantes para saber
de dónde venimos y a dónde queremos ir”
(Diputado Territorial Antonio Beltrán)
. dia 01/09/2008
De onde partimos ?
Da Estação Plaza de Armas, Avenida del Cristo de la Expiración, s/nº, no Bairro El Arenal, Sevilla.

Nosso objetivo ?
Embarcar num ônibus (DAMAS S.A.) com destino à Huelva (90 km), onde pegamos um taxi, na Estacion de Autobus de Huelva, para nos levar até El Almendro (55 km).

Huelva é uma das oito províncias da Andaluzia, com 79 municípios, que fica a 90 km de Sevilha.

A região exerceu importante papel nos acontecimentos que levaram às expedições marítimas. Cristóvão Colombo foi a Huelva com seu filho em 1485 e hospedou-se no Monasterio de Rábida. A primeira expedição zarpou daí em 1492, chegando a terra firme em 2 meses.

Huelva foi severamente danificada por um terremoto em 1755 e poucas edificações antigas sobraram.

Um dos municípios de Huelva é El Almendro, a 55 km de Huelva, vila fundada em 1519.
A região, ponto de encontro do Oceano Atlântico e do Mar Mediterrâneo, guarda as marcas dos 800 anos de domínio mulçumano, até que em 1492 os reis Fernando de Aragão & Isabel de Castela conquistaram a vitória definitiva.
Do Porto de Palos, na cidade de Huelva, partiu a frota que, em 1492, descobriu a América, sob o comando de Cristóvão Colombo.
A campanha de expansão castelhana na América durante o século XVI causou um período de esplendor na Andaluzia ocidental, especialmente em Huelva, Sevilha e Cádiz, devido a sua situação como porta de saída para a América.

De acordo com o Padre Emiliano Rodriguez, em 1810 houve uma grande emigração da região de El Almendro para Portugal, cuja causa teria sido a invasão desta vila pelas tropas francesas que a ocuparam, exercendo toda sorte de barbaridades.

Porque El Almendro ?

Diogo Rodrigues Ponce, como consta na certidão de nascimento de Marianna Ponce Grumbach, na verdade, se chamava Diego José Rodrigues Ponce, tal como consta registrado no Cemitério São Francisco Xavier e na ficha de seu cadastramento no Consulado Geral da Espanha no Rio de Janeiro, avô materno de meu marido, Jose Roberto Ponce Grumbach, por ocasião de sua chegada ao Brasil (Rio de Janeiro).
De acordo com a Certidão de Nascimento, obtida no Juzgado de Paz de El Almendro (Huelva), Registro Civil Nº 40, Diego José Rodrigues Ponce nasceu em El Almendro, às 10 horas, do dia 08/03/1872:
filho de Gaspar Rodrigues Garcia, natural de El Almendro, Província de Huelva, ferrador, domiciliado na Rua Grande, casa sem nº & de Maria Lorena Ponce Hidalgo, natural de Reillanueva de Portimory, Província do Algarbe, Reino de Portugal,
neto paterno de Gaspar Rodrigues Blanco & Inez Garcia Simon, naturais de El Almendro, ambos falecidos à época de seu nascimento,
neto materno de Bernabé Antonio Ponce Hermosino, natural de El Almendro, Província de Huelva & Maria Josefa Hidalgo, natural da Província de Granada, domiciliados na Cidade de Bejal, Província de Évora, no Reino de Portugal.
Gaspar Rodrigues Garcia & Maria Lorena Hidalgo, pais de Diego José Rodrigues Ponce, residiram, então, na Rua Grande, casa s/nº, que tivemos oportunidade de percorrer a pé, inclusive, conversando com uma senhorinha, que apenas soube identificar para nós o trecho de rua que existia naquela época e o que foi acrescentado em data posterior.
Nesta rua, além do Ajuntamento de El Almendro, logo em frente, a Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe (Nuestra Señora de Guadalupe), Plaza de la Constitución, 1.

A fundação do município se deu em 22 de março de 1519 a partir da transferência da aldeia de Osma.

De acordo com informações do taxista que nos conduziu de Huelva a El Almendro, o avô de meu marido não teria saído do Porto de Huelva, já que este era e é um porto mercante. O provável, então, é que ele tenha saído do Porto de Sevilha, que detinha, na época, o monopólio das saídas para as Américas, o que ocorria apenas duas vezes por ano.

Segundo meu marido, seu avô teria saído ainda novo da Espanha, sem ter servido o exército, o que, inclusive, era um impeditivo para um possível retorno à Espanha.
Minha sogra contava que seus pais haviam se conhecido a bordo de um navio, quando ambos vinham para o Brasil, o pai em viagem e a mãe trabalhando no navio.
Existe um livro, “Os do Almendro”, de António Manuel Pulido Garcia, que buscamos encontrar, na esperança de obter mais algumas informações, mas, até o momento, sem sucesso. Assim como uma Monografia do Padre Emiliano Rodriguez sobre a povoação de El Almendro.
E assim, esta foi uma visita ‘em memória’ a estes e tantos outros antepassados.
Que bom foi receber, por e-mail, em 07/08/2012, a mensagem abaixo, de nosso sobrinho !
‘José Maria Franco Ferreira escreveu: Silvia, estou há um tempão te devendo um agradecimento pela minuciosa e excelente pesquisa sobre nossos ancestrais: Ponce e Grumbach, adoro esse tema e gostaria de me estender mais sobre o tema quando estivermos juntos da próxima vez!! Beijo Zé’
Que agradável surpresa foi receber, por e-mail, em 09/04/2018, a mensagem abaixo, de Emilio Gómez Ceto, descendiente bisabuela materna Andrea Barba Dominguez, nacida en 1872, en El Almendro e que abaixo reproduzimos e traduzimos: 
“Estimados y estimadas amigos portugueses y españoles:
El Ayuntamiento del municipio El Almendro va a realizar y preparar diversas actividades   por el 500 Aniversario de la Fundación del municipio.
Os he puesto a todos los que conozco que investigaís vuestro antepasados en El Almendro.
He comentado a la Alcaldesa del municipio El Almendro  vuestras referencias(e-mail)  para que pueda ponerse en contacto con vosotros y vosotras por si quereís participar con vuestros antepasados, árboles familiares, historias, fotografias, etc.
No tengo el contacto de Joao Simas, no recuerdo ninguna personas más que este investigando sus ancestros en este municipio.Si sabeís de alguna persona más estaría interesante tener su contacto.”

“Almendreros portugueses ou portugueses almendreros e um espanhol

A Câmara Municipal do município de El Almendro realizará e preparará diversas atividades para os 500 anos da Fundação do município.
Eu coloquei todos aqueles que eu conheço que pesquisam seus antepassados em El Almendro.
Eu comentei com o prefeito do município El Almendro suas referências (e-mail) para que possa entrar em contato com você e no caso de você querer participar com seus antepassados, árvores genealógicas, histórias, fotografias, etc.

Não tenho o contato de João Simas, não me lembro de mais pessoas do que esta investigando seus antepassados neste município. Se você souber de alguma outra pessoa seria interessante ter seu contato.”


http://huelvabuenasnoticias.com/2018/04/18/el-almendro-crea-la-comision-organizadora-de-las-actividades-del-500-aniversario-de-osma/
Veja, a seguir, o que apuramos sobre a descendência ‘Ponce’:
Gaspar Rodrigues Blanco
El Almendro – Huelva – Andaluzia – Espanha
Inez Garcia Simon
El Almendro – Huelva – Andaluzia – Espanha
  • Gaspar Rodrigues Garcia

          El Almendro – Huelva – Andaluzia – Espanha

Bernabé Antonio Ponce Hermosino
El Almendro – Huelva – Andaluzia – Espanha
Maria Josefa Hidalgo
Granada – Andaluzia – Espanha
residentes na Cidade de Bejal – Província de Évora – Reino de Portugal
  • Maria Lorena Ponce Hidalgo

          Reillanueva de Portimory – Província do Algarbe – Reino de Portugal

Gaspar Rodrigues Garcia
Maria Lorena Ponce Hidalgo
residentes na Rua Grande, casa s/nº – El Almendro – Huelva – Andaluzia – Espanha

  • Diego José Rodrigues Ponce (07/03/1872)
          El Almendro – Huelva – Andaluzia – Espanha
Maximino Moreira
Anna de Jesus Moreira
  • Jacintha de Jesus Moreira
          Portugal
Diego José Rodrigues Ponce
El Almendro – Huelva – Andaluzia – Espanha
Jacintha de Jesus Moreira
Portugal
  • Tiveram 07 filhos: Francisco Ponce, Diogo Ponce, Emílio Ponce, Mathildes Ponce (30/04/1907), Marianna Moreira Ponce (31/08/1912), Ignês Ponce e Antonio Ponce (do mais velho ao caçula).
Jacintha de Jesus Moreira morreu deixando o filho caçula, Antonio Ponce, Antonico, com apenas 6 meses de idade.
Segundo o Registro de Óbito, Diego Jose Rodrigues Ponce faleceu aos 91 anos, em 13/04/1963. No Cemitério São Francisco Xavier existe registro de que seus restos mortais foram transferidos em 1969 para o Carneiro de Adulto nº 199 Quadra 16 (Quadro de Protestante).
Iniciei minhas pesquisas a partir do Registro Civil da 5ª Pretoria (Jurisdição) do Engenho Velho do Rio de Janeiro do nascimento de Marianna Moreira Ponce, em 31/08/1912, às 6:30 horas, na Rua Barão de Itapagipe nº 70.
De acordo com a minha sogra, seu nome deveria ser Maria Anna, nomes das avós paterna (Maria) e materna (Anna), contudo, acabou escrito na certidão de nascimento Marianna, assim como dizia ter nascido em 30/08/1912.
Marianna Moreira Ponce casou-se em 20/01/1939, passando a assinar Marianna Ponce Grumbach.
Ainda de acordo com informações de minha sogra, seu pai trabalhou para o Coronel Antônio Benigno Ribeiro, em Nilópolis, onde também moraram.
Nilópolis foi uma fazenda, Fazenda São Mateus, de propriedade de João Álvares Mirandela, o maior comerciante de burros para puxar bondes, charretes, tilburis (carros de dois assentos, sem capota, de duas rodas, puxados por um só cavalo), para recolher lixo … Em 1866 esta fazenda veio a pertencer ao Barão de Mesquita, por arrendamento, depois voltando às mãos de Mirandela. Loteada depois de 1913, Loteamento São Mateus, 10 lotes foram comprados pelo Coronel Júlio de Abreu, que inaugurou sua casa em 06/09/1914, tornando-se esta a data da fundação da cidade de São Mateus, que depois passou de 4º Distrito de São João de Meriti para 7º Distrito de Nova Iguaçu, depois Sede do Distrito e em 21/08/1947 município de São Mateus e depois Nilópolis.
Em 1918, a febre espanhola matou muita gente na região.
Os judeus começaram a chegar na cidade na década de 20, fugindo da crise econômica na Europa.
Nos anos 30 vieram em maior número, ameaçados pelo nazismo. Cerca de 300 famílias preferiram comprar em Nilópolis lotes de terrenos baratos a pagar aluguel no Rio de Janeiro. Muitos abriram comércios.