PENEDO (RJ) – APARECIDA (SP) – CAMPOS DO JORDÃO (SP) – BRASIL – 2020 (FEV/MAR)

de 20/02/2020 (5ª feira) a 25/02/2020 (3ª feira)

Nossa viagem a Campos do Jordão teve direito a algumas paradinhas estratégicas.

Estávamos acompanhados por dois casais de tios, Marco Aurélio & Regina e Francisco Aloisio & Clarice.

Nosso primeiro pit stop foi em Penedo, chegamos a tarde e ficamos no Hotel Moradas de Penedo, Avenida das Mangueiras, 791, para só seguir no dia seguinte.

Chegamos e fomos caminhar pela cidade, iniciamos nosso passeio pela Pequena Finlândia, Rua das Velas, 100, um shopping a céu aberto, com cobertura de guarda-chuvas coloridos, lindo efeito tanto de dia como de noite. Caminhamos uns 7 km pelas Avenidas Brasil, Casa das Pedras e das Mangueiras.

Não foi possível ver muito coisa porque às 18 horas tudo estava fechando.

No dia seguinte, depois do café da manhã, na própria Avenida das Mangueiras, no nº 2350, conhecemos ‘Don Rodrigo, O Tecelão’, Mestre em teares antigos e designer têxtil. Ele conta como tudo começou, com a construção de um tear “com a ajuda do finlandês Niilo Valtonen, o primeiro fabricante de teares manuais do Brasil. Na época ele já estava bem idoso e havia fechado sua pequena fábrica de teares, mas ficou muito feliz em saber que eu construiria um tear de 4 quadros e 6 pedais; me cedeu todas as plantas e esquemas, e me ajudou dando dicas para construção; me presenteou com alguns livros técnicos de tecelagem em finlandês, onde aprendi a ler os gráficos que me ajudam até os dias de hoje.” E o que começou como um hobby se transformou em sua fonte de renda. Hoje, ele tanto tece quanto ministra cursos, inclusive on line, via whatsapp (24) 99876-1879.

Nosso segundo pit stop foi no Santuário Nacional de Aparecida para a missa do meio-dia, celebrada na Capela de São José.

Chegamos, então, ao nosso destino, mais precisamente ao Campos do Jordão Parque Hotel, que recebeu a seguinte avaliação minha no Tripadvisor: O hotel fica numa edificação antiga e bonita, que merece e precisa ser modernizada, uma injeção de recursos. Fica numa posição que permite uma bela vista de qualquer um dos seus quartos, já que todos são de frente. A 300 m do centro turístico, Capivari. O atendimento é muito bom, todos os funcionários muito agradáveis e atenciosos. O café da manhã é bom. As toalhas de banho precisam ser substituídas, já muito desgastadas. A televisão dos quartos também pede a troca por uma maior, mais de acordo com o tamanho do quarto, de excelente tamanho. Avenida José de Oliveira Damas, 371 – Vila Capivari, www.parquehotel.com.br

Campos do Jordão, a 1.600 metros de altitude, famosa pelo friozinho, pela ótima gastronomia, belezas naturais, boa música, especialmente o Festival de Inverno.

À noitinha, fomos à Choperia Baden Baden, uma das pioneiras no mercado quando o assunto é produção artesanal, com inúmeros rótulos premiados. Gastronomia tipicamente alemã, Rua Djalma Forjaz, 93. Ali eu saboreei um creme de aspargos no pão italiano para espantar o friozinho de 14 graus. Na Choperia há um espaço com presentes e souvenirs.                                                                           De 2ª a 5ª feira, das 11 às 24 horas e 6ª feira, sábados e domingos, das 11 à 1 hora. www.obadenbaden.com.br

Vila Capivari, “O metro quadrado mais famoso de Campos do Jordão teve sua origem em 1911, quando as terras da região foram cedidas para o sanitarista Emílio Ribas, um dos principais nomes da criação da Estrada de Ferro local. Como o bairro é o ponto final da ferrovia, o local foi apelidado, inicialmente, de Vila Emílio Ribas. Em 1922, as terras foram adquiridas pelo Embaixador Macedo Soares, que transformou o bairro em um refúgio aristocrático das principais famílias paulistanas. Com o passar dos anos, a população que morava na região passou a chamar as terras de Vila Capivari, devido à proximidade com o rio de mesmo nome. Com o sucesso da gastronomia e hotelaria, a região tornou-se um ponto turístico obrigatório para quem visita a cidade.” (Fonte: Guia Castelfranchi – 7ª Edição – 2019)

No dia seguinte pela manhã, fomos passeando até a Estação Emílio Ribas e, enquanto aguardávamos o horário da Maria Fumaça, estivemos na Galeria Villa Capivari, uma feirinha bem junto à Estação. Às 11 horas tomamos a Maria Fumaça para  descer na Estação Abernessia, caminhando, então, um pouco pelo centro da cidade. (passagem R$ 23,00)

Do nosso quarto do hotel era possível ver a Maria Fumaça passar, se dirigindo à Estação do Portal de Entrada da Cidade, apitando e soltando sua fumaça, me transportando para minha infância, mais precisamente para os finais de tarde, quando de banho tomado e depois do jantar, sentávamos na porta do hotel de meus avós maternos, na cidade de Tombos, Minas Gerais, à espera do trem chegar, parar na estação e seguir viagem.

De táxi retornamos ao centrinho do Capivari, onde almoçamos na Trattoria Salvador, Avenida Macedo Soares, 489. www.trattoriasalvador.com.br

Nas proximidades da Estação Emílio Ribas, na Rua Simão Saraiva,  32, uma loja encantadora, o Empório La Gália Artesanato & Presentes. Na mesma Avenida Macedo Soares, onde havíamos almoçado, há o La Gália, um restaurante de comida gaulesa, carnes exóticas e de caça e grelhados especiais, no nº 340 – Shopping Cadij www.lagalia.com.br

Ainda na Avenida Macedo Soares, no nº 55, a Paróquia São Benedito, Diocese de Taubaté, pequena e bonita.

Todo o entorno da Praça do Capivari é muito charmoso e florido e por ele andamos bastante. Muitas lojas, muitos pequenos shoppings, muitos bares, restaurantes, hotéis, tudo muito agradável aos olhos. À noite fomos ao famoso Pastelão do Maluf, onde o melhor foi o show com um cantor vestido de Branca de Neve e um baterista de duende.

No domingo, 23/02/2020, nos dirigimos ao Alto da Boa Vista, onde visitamos o Palácio Boa Vista, o Museu Felícia Leirner e o Mosteiro São João.

  • Palácio Boa Vista, das 10 às 12 hs / das 14 às 17 hs, Avenida Dr. Adhemar de Barros, 3001

O palácio fica em um ponto bem elevado da cidade, possibilitando uma bela vista. Há um café antes do portão de entrada no ambiente do Palácio, assim como uma pequena lojinha. A visita ao Palácio é gratuita e guiada, grupos de até 25 pessoas, não sendo permitida a entrada de câmeras, celulares, etc. Além de conhecer o ambiente em que o Governador do Estado de São Paulo pode se hospedar, o visitante também recebe uma breve aula de história.

A visita ao Palácio Boa Vista mistura história e arte brasileira. Inaugurado em 1964 para servir de residência de inverno do Governador, atualmente, concentra um acervo de obras de artistas como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Portinari e Anita Malfaltti. A visita guiada dura cerca de 1 hora.

Enquanto aguardávamos nosso horário, visitamos a Capela de São Pedro Apóstolo, inaugurada em 21 de julho de 1989. Projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, vencedor do Prêmio Pritzker 2006, trata-se de uma estrutura de concreto armado, com paredes de vidro, sobre um só pilar, a nave, o coro e o teto. Os materiais usados são o concreto bruto, o vidro , o ferro especial não oxidável e a água. Toda a nave reflete sobre um espelho d’água, onde está o batistério. Toda a área do Palácio é muito bonita e bem cuidada.

  • Museu Felícia Leirner, das 9 às 18 hs, Avenida Dr. Luís Arrobas Martins, 1880

Imenso jardim de esculturas em meio à típica paisagem da Serra da Mantiqueira, uma Instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, inaugurado em 1978, considerado um dos mais importantes do gênero, no mundo, pela Revista Sculpture, do International Sculpture Center, de Washington D. C. (EUA), em 1987.

Ao todo são 85 esculturas de Felícia Leirner, 43 produzidas em bronze, 40 em cimento branco e 2 em granito; conjunto dividido em cinco fases: Figurativa (1950 a 1958), a Caminho da abstração (1958 a 1961), Abstrata (1963 a 1965), Orgânica (1966 a 1970) e Recortes na paisagem (1980 a 1982). Tais obras estão dispostas em vários passeios que formam um circuito, onde se caminha contemplando as esculturas e, ao mesmo tempo, a natureza. O acervo conta com um projeto de conservação permanente para evitar que as peças se desgastem excessivamente com a ação do tempo.

Junto ao Museu está o Auditório Claudio Santoro, inaugurado em 1979, que é a casa do Festival de Inverno de Campos do Jordão, entre outros espetáculos e eventos realizados ao longo do ano.

Felícia Leirner nasceu em Varsóvia, na Polônia, em 1904. Veio para o Brasil, país que adotou como pátria, em 1927. Após a morte de seu marido em 1962, mudou-se de São Paulo para Campos do Jordão, em 1982 concluiu sua produção para o Museu. Faleceu em 1996.

Retornamos ao centrinho do Capivari, à Rua Isola Orsi, 33, para comer uma boa massa artesanal na Cantina & Ristorant Dom João II, Il Vero, próximo ao Campos do Jordão Convention Center, um shopping pertencente ao atual Governador do Estado de São Paulo, João Dória, que só funciona no mês de julho, quando acontece o Festival de Inverno, nos demais meses do ano permanece fechado.

Após o almoço, voltamos ao Alto da Boa Vista, à Avenida Dr. Adhemar de Barros, 330, para conhecer o Mosteiro São João, de Monjas Beneditinas, que pode ser visitado das 7 às 18:30 hs. Fundado em 1964 pela Reverendíssima Madre Margarida Hertel, pertence a mais antiga Ordem religiosa do ocidente, a Ordem de São Bento. São Bento em sua Regra diz que o Mosteiro é a Escola do Serviço do Senhor, Casa de Deus e Oficina da Arte Espiritual. 

A vida da monja, tanto no seu ORA como no seu LABORA, é vida consagrada a Deus.

> Missa 2ª feira, às 8 horas e domingos às 7:15 horas.

> Oração Vespertina (Canto Gregoriano) diariamente às 17:45 horas.

Há ainda um Viveiro de Plantas com mudas da região e uma loja, onde estão disponíveis artesanatos e produtos da Oficina Belém (pães, bolos, biscoitos e geléias), além de artigos religiosos, livros e pequenas lembranças.

www.mosteirosaojoao.org.br

Nessa noite, jantamos num restaurante no Shopping Pátio Paris, onde havia uma agradável música ao vivo, que, em determinado momento, deu lugar a um grupo de ritmistas que nos fez lembrar que estávamos no Carnaval.

Na 2ª feira, 24/02/2020, fomos a Enjoy Louças e Café, Avenida Dr. Irineu Gonçalves da Silva, 1870, Recanto das Araucárias, no Caminho para a Pedra do Baú. Trata-se de uma Fábrica de Louças, de primeira linha, de segunda linha(Outlet), talheres metalizados, utilidades domésticas e presentes. Fiquei verdadeiramente encantada, saí com vontade de voltar.

Aberta todos os dias das 9 às 18 horas, com intervalo para almoço das 12 às 13 horas, fechado às 4as. feiras.

E que tal um passeio no Trenzinho da Montanha? Vila Jaguaribe, Vila Everest, Vista Vale dos Sonhos, Alto da Vila Inglesa, Lago da Vila Inglesa, Ducha da Prata, Vila Simonsen e Vila Capivari. Um passeio muito agradável, por belas vistas e uma parada especial na Ducha da Prata, cascatas artificiais que, em meio à natureza, formam um belo cenário.

Almoçamos num dos restaurantes na área térrea do Shopping Pátio Paris. No piso superior fica a Pousada Luís XV. www.camposdojordao.com/hospedagem/luis-xv

Nessa noite não saímos pois choveu muito, lanchamos no próprio hotel. E no dia seguinte retornamos ao Rio de Janeiro.