CAIRO, LUXOR, ASWAN & ALEXANDRIA – EGITO – 2019

Somos gratos a Deus pela oportunidade de mais uma bela viagem, desta vez, destino Egito.

E quem nunca sonhou estar frente a frente com as três majestosas pirâmides, que datam de 2550 a.C., cartão de visitas do Egito ?

Eu sonhei, desde os meus estudos de história, ainda na época do 1º grau, embora fosse como um sonho muito distante …

Nossa opção foi viajar numa excursão e mais uma vez optamos pela Transmundi, que já havia nos atendido muito bem na viagem aos Emirados Árabes e também agora.

Tivemos em mais esta viagem a companhia da família Magalhães, Eduardo & Cristina e o filho Vinícius, amigos queridos e companheirões de viagem.

A chegada ao Cairo foi cercada de um esquema de segurança surpreendente, até mais rigoroso do que o que encontramos em Israel, onde também é forte.

Fomos acompanhados por seguranças todo o tempo que estivemos no Egito, do desembarque ao embarque, em todos os nossos percursos, seguranças bem armados, ostensivamente armados. A explicação é que como o turismo é um ponto forte da economia do país, é também alvo dos terroristas, ataques a turistas de diversas nacionalidades, com repercussão internacional.

As cidades, principalmente Cairo e Alexandria, nos surpreenderam, nunca tínhamos lido ou ouvido falar, pareciam estar no pós-guerra. Um grande impacto ! A explicação é que a cobrança de impostos até 2004 se dava quando da conclusão do prédio, de sua fachada, assim 80% das fachadas não estão concluídas, os prédios ficam inacabados externamente, ao que se soma a erosão provocada pelas tempestades de areia.

Tão logo chegamos, fomos recomendados a só tomar água comprada nos hotéis e alimentação também só nos restaurantes dos hotéis. E os hotéis, sempre 5 estrelas, servem fartamente e com excelente qualidade.

Nas ruas, o lixo se acumula, estou falando de muito lixo, não de dias ou semanas, mas de meses, sendo o Cairo, particularmente, uma das cidades mais sujas do Egito.

Nada, contudo, capaz de tirar o brilho da história e dos monumentos do Egito.

Embora o turismo seja a principal fonte de renda do país, ainda há muito a fazer.

Não há placas indicativas, explicativas, folders, panfletos e as próprias estruturas, principalmente banheiros, não estão ao nível da importância histórica e econômica dos locais visitados. Sendo assim, o guia local é fundamental, imprescindível e faz toda a diferença.

Mas vamos a viagem, dia a dia, local a local.

REPÚBLICA ÁRABE DO EGITO – AL-JUMHURIYA MISR AL-ARABIYA

A ARQUEOLOGIA ESTÁ RESSUSCITANDO A HISTÓRIA DO EGITO

E SÃO POUCOS LUGARES NO MUNDO COM TANTA HISTÓRIA PARA CONTAR.

Não há lugar no planeta com tantos monumentos grandiosos da Antiguidade.

Há um adjetivo apropriadíssimo para eles, faraônicos.

Novas tecnologias desvendam mistérios milenares.

Quando for ao Egito leve um tênis confortável e escuro, além de uma escova de calçados. As visitas são em locais de solo arenoso, cor de barro.

27/02/2019 – 4ª feira

Aeroporto Internacional do Galeão, já na área de embarque, parada obrigatória: o Restaurante Palaphita Eden. Tudo lá é uma delícia.

Nosso voo foi pela Royal Air Maroc, uma grata experiência, ótima companhia aérea.

  • voo AT 212, saindo às 22:25 horas, com destino a Casablanca – Marrocos – África, a 7.391 km.

28/02/2019 – 5ª feira

Chegando a Casablanca, desembarcamos para um tour pela cidade, já que nosso embarque para o Cairo – Egito, seria à noite. Inevitável não pensar em  Humphrey Bogart, Ingrid Bergman e Paul Henreid em Casablanca, o filme.

Eu e meu marido já havíamos estado em Casablanca, um dos destinos de Nosso Roteiro pelo Marrocos – 2013.

Almoçamos no Sheraton Hotel para, em seguida, visitar a área externa da Mesquita Hassan II, erguida em parte sobre as águas do Atlântico, a segunda maior do mundo, obra-prima da arquitetura árabe, única a aceitar visita de pessoas não muçulmanas dentro do país. Há visitas guiadas todos os dias pela manhã às 9, 10 e 11 horas; à tarde, às 14 horas de setembro a junho e as 14 e 15 horas de julho a agosto. www.mosqueehassan2.com

Depois estivemos na Catedral Notre Dame de Lourdes, de arquitetura moderna, preserva em seu interior belíssimo conjunto de vitrais, que contam diversas histórias. Segunda igreja católica de Casablanca, a primeira é a Igreja du Sacré-Coeur.

Retornamos ao Aeroporto Internacional Mohammed V (CMN).

  • voo AT 272, saindo às 21:55 horas, com destino ao Cairo – Egito, a 3.671 km.

Desembarque no Aeroporto Internacional do Cairo (CAI), o mais importante do Egito, situado a 25 km a nordeste da cidade.

CAIRO, “A MÃE DO MUNDO”

Hospedagem no Intercontinental Citystars*****, na Omar Ibn El Khattab Street.

www.intercontinental-citystars-cairo-hotel.hotel-ds.com/en

01/03/2019 – 6ª feira – mínima 12º / máxima 16º

Neste hotel há caixa eletrônico que faz câmbio, permitindo trocar US$, Euros por Liras Egípcias.

Ao lado do hotel, com opção de passagem por dentro do próprio hotel, está o Shopping Center Citystars.

Saímos para uma visita ao Museu Egípcio, Praça Tahrir, ingresso EGP 160,00 por pessoa e para fotografar dentro do Museu paga-se mais EGP 50,00.

Houve no Egito um enorme comércio de estátuas de reis e divindades, mobílias, vasos, amuletos e escaravelhos, assim como muitas peças foram literalmente carregadas por ávidos visitantes europeus, incentivados por autoridades locais a transportar estas relíquias para fora do Egito. Muitos monumentos foram desmontados e tiveram seus blocos utilizados para alimentar fornos de cal ou a construção de novos edifícios. Várias fábricas possuíam licenças oficiais que as autorizavam a procurar múmias, das quais extraíam um corante animal negro para uso industrial. As múmias eram queimadas para obter um carbono fino, que, quando triturado, era utilizado na refinação e no clareamento do açúcar.

Rifa’a al Tahtawi (1801-1873), prestigiado acadêmico da cultura egípcia, que morou e estudou em Paris, contribuiu para o desenvolvimento de uma consciência nacionalista no Egito do século XIX e para renovação do interesse no passado, conscientizando sobre o valor das antiguidades e estabelecendo, em 1835, decreto de regulamentação do comércio de antiguidades egípcias, que permaneceu ignorado por muitos anos. As primeiras antiguidades recolhidas passaram a ser armazenadas num pequeno edifício nos Jardins Azbakiya e eram usadas quando o governo precisava de um presente fino para um hóspede importante, até que em 1855 o que restava foi oferecido ao arquiduque austríaco durante uma visita oficial ao Egito.

Quando da expedição de Napoleão ao Egito, o curador-assistente do Louvre à época (Auguste Mariette), sob o pretexto de finalizar os preparativos para a visita, foi para o Egito e trabalhou pela conservação dos monumentos antigos e, em 1858, foi criado o Serviço Egípcio de Antiguidades para supervisionar as escavações por todo o país e, em 1863, o Museu de Arqueologia Egípcia foi aberto ao público, cuja relação da coleção precisou ser impressa 6 vezes entre 1864 e 1876, tendo em vista o constante aumento de objetos descritos.

De meados de 1889 até o final desse mesmo ano, todas as coleções foram transferidas para a cidade de Gizé. Alguns anos depois, em 1902, as coleções começaram a ser transferidas do Palácio de Gizé para Qasr el-Nil, Cairo, para o primeiro prédio do mundo projetado e construído especificamente para ser um museu.

Nele estivemos frente a frente com tesouros da tumba de Tutankamon, incluindo a famosa máscara mortuária de ouro maciço. As esculturas do faraó herege Akhenaton e sua esposa, a bela rainha Neferiti. As múmias reais das dinastias, incluindo Tutmés II, Seti I e o todo poderoso e onipresente Ramsés II. A lista é infindável. Em cada sala ou galeria fabulosas estátuas, estelas de pedra, sarcófagos, objetos decorativos e do cotidiano, esfinges e modelos de grandes monumentos. São 120 mil peças, em um prédio neoclássico de 1902. Seriam muito mais peças se uma imensa parte desse legado não estivesse em museus da Alemanha, França, Estados Unidos, etc.

Foi nesse ponto que descobri que deveria ter estendido essa viagem, de 11 dias para 11 dias e 9 meses, tempo que eu precisaria para percorrer o museu apreciando por apenas um minuto cada peça … Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de museus e o quanto eu aprecio peça por peça … A solução foi conhecer com mais detalhes tão somente as atrações principais.

Esse é um dos mais espetaculares museus do mundo, além de outros 27 museus regionais espalhados pelo país, próximos dos principais sítios arqueológicos. Há objetos do Antigo Império, do Médio Império, do Novo Império e do Período Final.

Logo que entramos, fomos acolhidos com grandiosidade pelo colossal grupo escultural de mais de 10 metros de altura do faraó Amenhotep/Amenofis III e sua amadíssima esposa Tiye, uma princesa síria, famosa pela sua beleza, retratada do mesmo tamanho que o faraó, fugindo à tradição, segundo a qual a figura feminina deveria ter 1/4 da altura do homem.

Uma máscara funerária de Thuya, uma nobre egípcia, mãe da rainha Tiye, esposa de Yuya, tio de Amenhotep III por parte de mãe.

Algumas outras esculturas se destacam, caso da Tríade de Miquerinos que representa o faraó, que avança prepotente, ladeado pela deusa Hathor e pela personificação da província egípcia com a cabeça coroada pelo símbolo do território, a Diópolis Parva, a antiga cidade de Het, onde se cultuava Hathor e Neftis.

Outra representando um ofício, dentre as numerosas profissões do antigo Egito, a de escriba, uma das mais importantes. O escriba está representando a ação de espera, sentado, com as pernas cruzadas e a tábua sobre a qual se apoiava a folha de papiro, pronto para escrever.

Há também uma estátua em madeira do nobre Ka-Aper, chefe de sua aldeia, que ao ser descoberta, fez pensarem que estava vivo.

O anão Seneb e sua família, chefe dos tecelões reais e sua esposa, que ostentava o título de princesa, os filhos recompondo a simetria do grupo escultório.

A de Mentuhotep II, um faraó da XI dinastia egípcia, responsável pela reunificação do Egito. Suas grandes pernas levaram a se dizer que ele tinha elefantíase, ainda que não fosse comum representar as fraquezas de um faraó.

Hatshepsut, a grande esposa real, regente e rainha faraó do Antigo Egito. Viveu no começo do século XV a.C. pertencendo à XVIII Dinastia. Seu reinado, de cerca de 22 anos, corresponde a uma era de prosperidade econômica e relativo clima de paz. Mais tarde, a rainha foi descrita como um homem, sem seios e com barba, para reforçar a imagem de poder.

Akhenaton, conhecido antes do quinto ano de seu reinado como Amenhotep IV, faraó da XVIII dinastia do Egito, reinou por 17 anos. É lembrado por abandonar o tradicional politeísmo egípcio e introduzir uma adoração centrada em um único deus, Aton. Porém esta monolatría foi adotada apenas por membros da nobre e realeza e não por toda a população. Akhenaton era filho de Amenofis III e Tity, casado com Nefertiti e entre seus filhos estava Tutankamon.

Maquete da tumba de Tutankamon, uma das menores do Vale dos Reis, com 60 m², de esquema arquitetônico bem simples: um corredor de 9 metros que conduz à antecâmara; à direita, a câmara funerária e a câmara do tesouro. Da antecâmara se tem acesso ao anexo, destinado a acolher as oferendas e o enxoval fúnebre.

Há no museu uma espécie de arca, em forma de dossel, elaborada em madeira, revestida de ouro, destinada a guardar os canopes (vasos) com as vísceras do faraó Tutankamon. Quatro estatuetas femininas, representando quatro deusas, custodiavam os canopes guardados em seu interior: Isis protegia o fígado; Selkhet os intestinos; Neftis os pulmões e Neith o estômago.

Numerosíssimos são os papiros expostos, a maior parte cópias do célebre Livro dos Mortos, uma coleção de invocações e fórmulas mágico-religiosas, com magníficas ilustrações, que a partir de 1600 a.C. se encerravam nas tumbas. Com estes textos, o morto poderia empreender com segurança a longa jornada até os Campos Elíseos e assegurar a proteção das divindades na vida após a morte.

Da escola realista, há reproduções de cenas da vida cotidiana e do Senet, o mais antigo jogo de tabuleiro do mundo, extremamente popular em todas as camadas da sociedade. Muitos historiadores creem que ele seja um antepassado do gamão. O mais antigo hieróglifo, representando um jogo de Senet, data entre 3100 e 3500 a.C. A popularidade do jogo pode ser medida a partir do número de tabuleiros encontrados em túmulos egípcios, dos plebeus aos dos faraós. Na época do Império Novo (1567-1085 a.C.), o jogo tornou-se uma espécie de talismã para a jornada após a morte.

Outro ingresso (EGP 180,00 por pessoa) nos deu acesso a Sala das Múmias, onde vimos, entre outras 11, a Múmia de Ramsés II, que estudada permitiu observar que os cabelos do faraó haviam sido tingidos com henna, morreu nonagenário, sofrendo de dor de dente e de uma grave forma de artrose na coluna vertebral, deixou mais de 100 filhos. Ramsés II está entre os faraós que mais construíram monumentos: o majestoso átrio em Karnak; os dois templos em Abu Simbel, um deles em homenagem a si próprio e o outro em honra à mulher Nefertari.

Importante saber que não há refrigeração no museu, podendo a temperatura chegar a inacreditáveis 45 graus.

Um novo museu está em fase final de construção, o Gran Egyptian Museum, que deverá ser inaugurado em 2020, e tem como objetivo adquirir o título de maior museu de arqueologia do mundo. Com cerca de 168 mil m², terá três grandes galerias, diversos espaços educacionais, um centro de conservação e restauração, áreas de lazer, restaurantes, lojas e cafeterias e ainda contará com moderna instalação para conferências, além de belos jardins.

Quefrén, que deu nome à segunda maior pirâmide do Planalto de Gizé, é contemplado no museu com estupenda estátua, em tamanho natural, talhada em diorito preto polido, que data de 4.500 anos. Os egiptólogos a consideram uma das maravilhas do acervo.

Agora, Quéops, que ergueu a maior das pirâmides, é contemplado com uma estatueta de marfim de apenas 7,5 cm.

Ainda mais irônico, Tutankamon, um faraó que morreu aos 19 anos, tornou-se uma das principais atrações do museu. Sua tumba foi encontrada em 1922, quase intacta, imune aos saqueadores, por estar embaixo da grandiosa tumba de Ramsés IV. As galerias a ele dedicadas ocupam quase metade do 2º andar do museu.

Na saída do museu, uma cópia da Pedra de Roseta, a original está no Museu Britânico, em Londres. Encontrada por soldados de Napoleão e observada por um professor francês, que notou que o mesmo texto estava escrito em três idiomas, sendo um deles o grego arcaico, o que tornou possível decifrar os hieróglifos egípcios.

O Museu Egípcio do Cairo continuará a receber visitantes. De acordo com o Ministro de Estado das Antiguidades, as coleções de Yuya e Tuyu permanecerão no local, assim como os objetos funerários de Psusennes I, encontrados em 1940. Será uma grande oportunidade de dar mais destaque a outras peças.

www.museuegipcio.com.br

Na volta ao hotel, passeamos pelo Shopping Center Citystars e na Virgin Megastore compramos a maquete de uma pirâmide.

02/03/2019 – sábado – mínima 13º / máxima 21º

Acordamos as 4 horas da manhã e as 5 horas estávamos a caminho do Aeroporto com destino a Luxor, voando com a Egyptair, às 7:30 horas, voo MS 231, a 504 km, em 1h. www.egyptair.com

Chegamos em Luxor e fomos visitar os Grandes Templos de Karnak e Luxor.

35% dos monumentos do mundo estão em Luxor e acredita-se que 40% ainda estão por ser descobertos.

A cidade tinha em 2017 cerca de 500 mil habitantes e por atividade econômica a agricultura e o turismo.

A Luxor moderna cresceu a partir das ruínas de Tebas, antiga capital do Império Novo. Rebatizada pelos árabes de Cusor, cuja pronúncia foi se modificando até chegar a Luxor.

Primeira parada, o Templo de Karnak, ingresso a EGP 150,00 por pessoa.

Em Karnak surge o Templo de Amon, um dos mais venerados do Antigo Egito. Iniciado por volta de 1900 a.C., por Sesostris I, não cessou de crescer e se transformar, por treze séculos, até o Império Romano. Tem área equivalente às treze maiores catedrais da Europa somadas. Cada faraó quis deixar sua marca e a construção reflete a concepção que os egípcios tinham do mundo. Sua estrutura centra-se sobre dois eixos, um na direção leste-oeste, assinala a trajetória do Sol, simbolizando a natureza divina das coisas e outro na direção norte-sul, paralelo ao curso do Nilo, mostrando a fusão dos elementos divinos e humanos do faraó.

As 134 colunas de 23 m de altura e o obelisco Hatshepsut são os itens mais surpreendentes do templo. O obelisco, de granito rosa, uma única peça, pesando 340 toneladas, não se sabe como foi trazido de Assuã, a 120 km de Luxor.

Uma avenida de esfinges criocéfalas (que tem cabeça semelhante à de carneiro), corpo de leão, protegia o templo e levava ao primeiro grande pórtico e ao Templete de la Triade Tebana: Amon, Mut e Khonsu, guardiões de Karnak.

Mut, a deusa mãe, esposa de Amon (o sol) e mãe de Khonsu (a lua), o terceiro olho, mostrava a perfeição cósmica, favorecendo a inundação do Nilo, que fertilizaria as terras. Amon, deus local de Tebas, cujo nome significava ‘o invisível’, associado ao sol, chamavam-no Amon-Ra e associado ao Nilo, simbolizando a fertilidade. Khonsu um deus jovem, lunar, associado à medicina, protetor dos enfermos, afugentador dos maus espíritos, representante da fertilidade da terra, o poder germinador, os nascimentos.

O primeiro pátio remonta ao século IX, o pátio etíope, com uma única coluna conservada, dá acesso ao Templo de Ramsés III, com sua enorme estátua e sua esposa Nefertari.

A grande sala hipostila, com colunas que sustentam o teto, um dos maiores testemunhos da arte egípcia. São 134 colunas, sendo 12 centrais e 122 laterais, com 21 metros as centrais e 12 metros as laterias e era precisamente este desnível que permitia e entrada de intensa luminosidade.

Mais adiante, o obelisco de Thot-Mosis I, com altura de 23 metros e peso de 143 toneladas. O obelisco foi protegido por um muro que acabou por conservá-lo, a despeito do terremoto que arrasou muitos monumentos.

E chegamos ao Lago Sagrado de Amón, que cobre uma superfície de 120 metros de comprimento por 77 metros de largura, com várias edificações ao seu redor: depósitos, casas dos sacerdotes e até uma casa para aves aquáticas. Neste lago, ligado ao Rio Nilo, era onde o sacerdote mergulhava para fazer sua purificação antes de entrar no templo para os sagrados ritos cotidianos.

Conectando o Templo de Karnak ao Templo de Luxor, a Avenida das Esfinges, caminho de procissões cerimoniais. Datada de 380 a.C. se estende por cerca de 2,7 km. Originalmente 1.350 esfinges revestiam ambos os lados. Cerca da metade foi descoberta, muitas foram reutilizadas por civilizações posteriores ou estão em museus, hoje margeada por 70 estátuas de animais com cabeça humana.

Segunda parada, o Templo de Luxor, ingresso a EGP 140,00 por pessoa.

O Templo de Luxor, erguido sob a égide de Amenófis III e Ramsés II  (séculos XIV – XIII a.C.), teve um dos obeliscos levado para a Praça da Concórdia em Paris. Para glória de Amón-Ra, rei dos deuses, o templo tem 260 metros de comprimento.

Passando pela entrada, se tem acesso ao pátio Ramsés II. Há um segundo pátio, de Amenofis III e depois se chega a sala hipóstila. Após cruzá-la entra-se no último santuário, a parte mais ínitma e sacra, aquela que dá ao templo o nome de ‘Adytum del Sur’.

Interessante observar que se a estátua tem os braços cruzados, as pernas juntas, a barba curvada, quer dizer que o faraó estava morto. Se a estátua tem os braços juntos ao corpo, a barba reta, o pé esquerdo a frente, quer dizer que o faraó estava vivo.

Os antigos egípcios foram grandes astrônomos, cientistas revolucionários, sem o rigor de uma metodologia. Também foram grandes matemáticos e excepcionais engenheiros, sem a régua de cálculo. As dimensões do Templo de Luxor, diante do Nilo, na antiga cidade de Tebas, são uma das provas desse fenomenal talento.

Em 1922, em Luxor foi encontrada a sepultura do faraó Tutankamon, tendo sido achada também a tumba da mulher desse faraó, a rainha Ankhsenamon, contudo, não estava lá a múmia, mas tão somente coroas de flores de 3 mil anos de idade, faixa de embalsamamento e colares reais de pedras preciosas de grande valor.

Gostaria de ter visitado o ‘Museu da Mumificação’, em frente ao Mina Palace Hotel. Uma estátua de Anúbis, deus com a cabeça de Chacal, guardião dos defuntos, acolhe o visitante que desvenda o processo inteiro de embalsamamento e mumificação, que durava 70 dias. Estão expostas algumas múmias, modelos de naves funerárias e instrumentos do ofício, como vasos para guardar órgãos internos dos cadáveres e espátulas para extrair o cérebro do crânio.

Terminada as visitas aos Templos, embarcamos no MS Blue Shadow para continuar nossa viagem num cruzeiro até Assuã.

À noite, voltamos ao Templo de Karnak para assistir ao Espetáculo de Som e Luz, US$ 40,00 por pessoa.

www.soundandlight.com.eg

03/03/2019 – domingo – mínima 13º / máxima 23º

O horário de acordar para quem optou por começar o dia participando de  ‘a Hot Air Balloon Flight’, com a Blue Bird Ballon, meu caso, foi, mais uma vez, as 3 horas da manhã. Um passeio fantástico, que espero repetir sempre que uma oportunidade surgir !!! US$ 140,00 por pessoa

O passeio teve duração de aproximadamente 1 hora, à 500 metros de altura, de onde é possível observar arquiteturas antigas e ruínas egípcias.

www.bluebirdballoon.com

Após um delicioso sobrevoo de balão por Luxor, encontramos o restante do grupo e seguimos para a visita ao Vale dos Reis (Biban el-Muluk) e ao Vale das Rainhas (Biban el-Harim). EGP 200,00 por pessoa + EGP 300,00 para fotografar

A história começa quando Tutmosis I decidiu separar as tumbas reais dos templos funerários. O faraó queria, então, um lugar secreto e inacessível para seu corpo ser sepultado, interrompendo uma tradição de  um pomposo monumento, que acabava por atrair a cobiça de saqueadores.

O arquiteto escolheu um solitário vale, escavou um poço, criou uma ingrime escada e bem no fundo o sepulcro, o que foi imitado pelos soberanos egípcios da XVIII a XX dinastia.  Algumas tumbas chegavam a ter 220 metros de profundidade.

Foi também esse arquiteto que escreveu na parede da capela funerária a frase: “Vigiei e dirigi a construção da tumba de Sua Majestade. Nada vi, nada ouvi, nada.”, numa demonstração do quão secretamente havia levado a cabo sua missão. Acredita-se que os trabalhadores da obra fossem prisioneiros de guerra e que tenham sido eliminados quando da sua conclusão.

Apesar de 24 horas de vigilância, saqueadores continuara a ser bem sucedidos em suas investidas.

Em 1827, as tumbas começaram a ser numeradas e hoje já são 63, com a numeração sempre precedida de KV (King’s Valley).

Em seguida, visitamos o templo com terraças da rainha Hatshepsut, EGP 100 por pessoa, parte do complexo de Al-Deir Al-Bahari.

Em 1903, uma equipe de arqueólogos fez uma descoberta definida por muitos egiptólogos como a maior do século: identificou a rainha Hatshepsut, uma das mais importantes da saga egípcia, em uma múmia encontrada no Vale dos Reis. O grupo recorreu a scaners, descobrindo que o buraco na arcada dentária era de um dente encontrado em um vaso canopo, recipiente em que eram guardadas as entranhas das múmias, com a inscrição do nome da rainha. Amostras de DNA retiradas do corpo determinaram a idade no momento da morte, entre 45 e 50 anos, que coincide com antigos relatos. Os cientistas identificaram, ainda, diabetes e câncer nos ossos como causas da morte.

Embora menos famosa do que Cleópatra, Hatshepsut era o destaque absoluto do Antigo Egito. Viveu no século XV a.C. e usurpou do enteado, Tuthmosis III, o título de faraó. No crânio da múmia, no lugar das orelhas foram encontrados ganchos de madeira, que teriam servido para que ela prendesse a barba postiça e se travestisse de homem.

A rainha Hatshepsut ordenou a construção de um monumento fúnebre para seu pai, Tutmosis I e para si mesma, num inacessível vale já consagrado a deusa Hathor. Depois de abandonado por logo período, nesse monumento se instalou um convento cristão, ‘Mosteiro do Norte’, responsável pela sua proteção.

O templo de Hatshepsut foi chamado Djeser Djeser, ‘Santo dos Santos’, ‘mais esplendido que os esplendidos’, e é de fato, ao meus olhos também, formado por várias terraças escalonadas, que através de rampas levava ao santuário.

Em 17/11/1997, seis terroristas islâmicos assassinaram dentro desse templo, com metralhadoras e facas, 58 turistas. Logo após o massacre, os terroristas sequestraram um ônibus e fugiram em direção ao Vale das Rainhas, mas foram mortos em um tiroteio com a polícia turística armada e forças militares.

Na volta, paramos numa fábrica-loja onde encontramos belos trabalhos em pedra de alabastro. Comprei uma com a representação de Ísis e as Asas de Falcão. No Antigo Egito, Ísis era a deusa mais importante, nascida da união do Céu com a Terra e podia se transformar num falcão com asas, consideradas divinas. Acender um incenso e concentrar na história dessa deusa e na sua figura mitológica, pedindo para ela ajudar a nos libertar de possíveis carmas negativos.

Nessa noite, passamos pela Eclusa de Esna, construída entre 1906-1908; em 1947 foi renovada e reforçada; em 1986, o Ministério egípcio das Obras Públicas e Recursos Hídricos, de acordo com o Ministério da Energia, anunciou um concurso internacional para construção da nova barragem, que incluiu uma usina hidrelétrica. A eclusa é uma obra de engenharia hidráulica, que permite que embarcações subam ou desçam os rios em locais onde há desníveis, garantindo um uso melhor da água de irrigação e melhores condições de navegação.

04/03/2019 – 2ª feira – mínima 13º / máxima 21º

Visita ao Grande Templo de Hórus, em Edfu, o melhor conservado templo de todo o Egito, onde chegamos em charretes nada charmosas e com cavalos bem sacrificados. Nossa charrete foi a de nº 17. EGP 140,00 por pessoa

O excelente estado do templo se deveu ao fato de ter sido soterrado e, portanto, protegido até 1860, quando descoberto. E, ainda, por ser mais recente do que os demais, tendo sido erguido entre 237 e 57 a.C.

Dedicado a Hórus, filho de Ísis & Osíris, que, eventualmente, encarnava no corpo do reinante.

Ter sangue divino é mais do que ter sangue real.

O templo possui a casa do nascimento divino de Hórus, a cripta e o nilômetro. Ao fundo, fica o Santuário.

A entrada do templo está ladeada por duas estátuas do deus Falcão Hórus, feitas de granito cinzento, protegendo o rei.

E o que é um nilômetro ? Elemento que surgiu em todos os templos egípcios da época greco-romana. Trata-se de um túnel, ao qual se tem acesso por escadas e que se ligava às águas do Nilo, permitindo que os sacerdotes conseguissem profetizar a altura das cheias anuais, baseadas em medições e cálculos frequentes.

O Santuário contém um sacrário onde se abrigava uma imagem do deus Hórus, deus Falcão, deus da Proteção.

O templo guarda uma infinidade de baixos-relevos, uma espécie de história em quadrinhos, que narra os mitos e ritos do panteon egípcio. O que mais impressiona é a sala Hipostila, sustentada por colunas pintadas, no feitio das plantas de papiro e um teto decorado com um mapa do Céu.

Nossa segunda visita do dia foi ao templo de Kom-Ombo, EGP 100,00 por pessoa. Construído há mais de dois mil anos na cidade de Kom-Ombo. É o único templo duplo egípcio, dedicado a duas divindades: ao deus crocodilo Sobek, deus da fertilidade e criador do mundo e ao deus falcão Hórus. Tudo, perfeitamente, simétrico ao longo do eixo principal.

Na saída, o Museu do Crocodilo e na saída do Museu há uma loja onde é possível entrar e não ser assediada.

05/03/2019 – 3ª feira – mínima 12º / máxima 18º

Saída para visita aos Grandes Templos de Abu Simbel, nas proximidades dos lagos artificiais de Toshka, que se formaram em poucas horas, numa depressão do Saara, por meio do vazamento de um canal, o Toshka Spillway, utilizado para baixar o volume do Lago Nasser e evitar os transbordamentos. Antes, porém, os templos foram deslocados 64 metros acima, em relação à posição original e 189 m acima do nível do mar.

Antes da remoção da montanha original, foram cobertas as fachadas com areia fina para proteger as grandiosas estátuas.

A remoção da montanha original e a operação de cortar os templos em blocos ocupou mais de um ano, de 04/1964 ao final de 1965.

Depois de preparar o novo local, as empresas contratadas (alemã, egípcia, francesa, italiana e sueca) começaram a reerguer os dois templos e restaurar as estátuas colossais, terminando em junho/1966.

O último passo foi a construção da cúpula de cimento que imita a colina original, coberta com areia e pedra para formar a colina artificial que protege o templo por dentro. O trabalho terminou em setembro de 1968.

É chamada de Núbia a área entre a alta barragem e a fronteira entre o Egito e o Sudão, onde 45 aldeias submergiram nas águas do lago, fazendo com que todos os nubianos imigrassem para a nova Núbia, 30 km ao norte de Assuã.

Ramsés II construiu um templo para ele ser adorado, assim como os deuses Amun Ra, Re-Horakhty e Ptah, com 33 metros de altura x 38 metros de largura x 56 metros de comprimento.

Na fachada, 4 estátuas colossais de cerca de 20 metros de altura. Nas pernas dessas estátuas, outras pequenas, que representam alguns familiares tal como a Rainha Nefertari e o filho Kha-im.

Ramsés II teve 30 esposas, 69 filhos, 70 filhas e morreu aos 94 anos.

O Sanctum Sanctorum do grande templo de Abu Simbel é dominado por quatro estátuas, sentadas, esculpidas na pedra: Ptah, Amun-Ra, Ramsés II e Ra. Ptah, ligado ao mundo dos mortos, Amun-Ra e Harmakhis, deuses do Sol e Ramsés, aí divinizado.

Ramsés II concedeu um pequeno templo em honra da sua bonita e amada esposa Nefertari a quem divinizou, dedicando-o a Hathor, deusa do amor, da música e da beleza. Este pequeno templo, comparado com o grande templo, tem cerca de 17  x 17 metros.

Visitamos a Represa de Assuã.

Os ingleses foram os primeiros a modificar, há mais de um século, o curso do rio nessa região. Depois dessa primeira intervenção, foi construída a Represa Alta, concluída em 1970, em colaboração com a União Soviética, uma obra que durou mais de uma década: são 3,6 mil metros de comprimento e uma base com a largura de quase 1 km.

A bacia artificial que se formou, batizada com o nome do segundo presidente da República egípcia, Gamal Abdel Nasser, tem capacidade de armazenar cerca de 165 bilhões de m³ de água, o equivalente ao dobro do volume de água anual do Nilo.

Os efeitos também foram colossais. Primeiro a formação de um lago de 6 mil km² de superfície, o Lago Nasser, onde nada havia além de deserto. Além disto, ao se depositar no fundo do lago, o limo deixou de entrar na correnteza e, assim, poupou as margens e o Delta dos efeitos da erosão, contudo, deixando de contribuir diretamente para a fertilidade das terras.

A represa evitou as cheias que, com muita frequência ocasionavam a perda das colheitas no verão; permitiu que mais de 5 milhões de m² se tornassem cultiváveis; facilitou a irrigação de vastas áreas e, não menos importante, viabilizou a produção de 8 bilhões de kw de energia elétrica, gerada por 14 turbinas.

Represados também ficaram os cerca de 40 mil crocodilos, Graças a Deus !

Se a barragem fosse destruída, o Egito ficaria submerso, o que seria um ponto de vulnerabilidade do país, contudo, totalmente improvável.

Partimos, então, para um Passeio de Feluca, tradicional barco a vela, pelo Rio Nilo, vendo na margem direita o Jardim e a esquerda o Old Catarata, onde Agatha Christie se hospedou repetidas vezes e onde consta ter escrito ‘Morte no Nilo’, em 1936. Este hotel foi locação da versão cinematográfica do romance rodado em 1978. À esquerda também o Mausoléu de Agakan, que morreu em 1957.

Como registrei anteriormente, os nilômetros mais elaborados, profundos poços cilíndricos com um canal coberto que chega até a margem, encontram-se dentro de templos do Antigo Egito e, por isto, só os sacerdotes e as autoridades tinham acesso a eles. Um desses é o de Elefantina, dotado de escadas para descer ao nível do lençol freático. Nas paredes rochosas, lá estão os marcadores para aferir a intensidade das inundações anuais.

No retorno do passeio de Feluca, era possível, a certa altura, ver as tumbas dos nobres iluminadas nos montes.

Fim de tarde, visita ao Grupo Hispano Egipcio de Venta de Esencias, conhecidas desde a época faraônica. El Sadat El Khazzan Sabekan, s/nº – Assuã.

Nossa última noite no Cruzeiro.

06/03/2019 – 4ª feira – mínima 10º / máxima 20º

Visitamos a Sondos Papyrus, em Assuã, que tem lojas em Giza, Luxor, Alexandria. Aí assistimos uma demonstração de como é fabricado o papyro. Segundo o guia, este seria o único local onde é possível comprar o original em todo o Egito. São lindos e de diversos temas e tamanhos.

O papiro é uma erva aquática, nativa do Vale do Nilo e da África Central, que forma touceiras de caules, triangulares, altas e flexíveis, usada na Antiguidade na confecção de uma espécie de folha para escrever e/ou pintar.

O papiro era e é obtido utilizando a parte interna, branca e esponjosa do caule do papiro, cortado em finas tiras, posteriormente molhadas, sobrepostas e cruzadas, para depois serem prensadas. A folha obtida, então, é martelada, alisada e colada ao lado de outras para formar uma longa fita que depois seria enrolada. A escrita se dava paralelamente às fibras.

Nossa programação seguinte foi num barco a motor, rumo a uma aldeia Núbia.

A Núbia é uma região da África que compreende parte do território do Egito e do Sudão.

O povo núbio é referido como ‘os negros do Egito’ e sua população, território e costumes ficaram por muitos séculos separados do Egito. Constituem uma das civilizações mais antigas do mundo!

Trata-se de uma pequena vila, tudo muito colorido, muito artesanato ao longo da rua principal que nos acompanhou até uma casa típica, onde nos serviram um chá, vimos jacarés sendo mantidos em casa, confesso, que em pouquíssimo espaço.

Nessa casa Núbia fiz uma tatuagem de henna, que durou um pouco mais de uma semana e com a qual homenageei meu filho no nosso retorno.

Fomos até a escola da Vila, mas especificamente a uma sala de aula, com professor e tudo.

O idioma núbio não é falado, é apenas escrito.

Voltamos ao entardecer, curtindo o escurecer no Nilo.

Daí seguimos para o Aeroporto de Assuã e embarcamos de volta ao Cairo, pela Egyptair, voo MS 226, saindo às 21:10 horas, com chegada às 22:35 horas (1h25m). www.egyptair.com

Traslado e recepção no Four Seasons Hotel Cairo*****, at Nile Plaza.

07/03/2019 – 5ª feira – mínima 11º / máxima 20º

Visita a Memphis e Sakkara, onde está a Grande Pirâmide Escalonada de Zóser, a mais antiga do Egito. EGP 80,00 por pessoa

Memphis foi a primeira capital do Egito, no Império Antigo e importante centro religioso e comercial. Fundada cerca de 3100 a.C., honrada por seus reis, que tradicionalmente foram aí coroados e onde Alexandre Magno foi enterrado, antes que Ptolomeu o trasladasse para Alexandria.

Densamente povoada, tinha posição estratégica. O rei Narmer estabeleceu sua fortificação no vértice do Delta, entre as terras do Alto e do Baixo Egito.

A cidade é considerada uma das maiores do mundo antigo, cheia de palácios, jardins e templos.

No século V a.C., o historiador Herodoto a descreveu como uma cidade próspera e um centro cosmopolita.

E mesmo depois de deixar de ser a capital, já no Novo Reino, Memphis  permaneceu como a segunda mais próspera do Egito, até que foi abandonada durante as primeiras invasões muçulmanas no século VII d.C.

A estátua de Ramsés II é a principal do Museu. É de pedra dura, de boa qualidade e se encontra em um refúgio especial. Uma parte da coroa e a parte inferior das pernas se perderam, mas o dorso, os detalhes dos músculos das pernas e dos braços, assim como as feições do faraó mostram o alto nível dos artesãos do Novo Reino.

O cartucho real, que leva o nome do rei, está no ombro direito. Um cartucho é um símbolo com uma forma oblonga, rematado por um traço, onde se escrevia o nome de um rei do Antigo Egito. Os cartuchos derivam do círculo chen, que simbolizava o Sol e a Eternidade. Surgem pela primeira vez na época da IV dinastia egípcia. A partir da V dinastia os reis egípcios tinham cinco nomes, dois destes nomes eram escritos em hieróglifos no interior dos cartuchos: o nome de nascimento do soberano e o nome que assumia quando da sua coroação.

A cidade antiga está enterrada e a cidade nova se ergueu sobre ela.

A estátua de Ramsés II ficava na entrada da cidade, com barba reta e pé para frente, o faraó estava vivo.

Próxima parada: Saqqara Arcahaeological site & Imhoteb Museum. EGP 150,00 por pessoa

Sakkara é uma das necropolis mais importantes e ricas do Egito, completamente rodeada pela areia do deserto.

Necrópole é o conjunto de sepultamentos, também denominado cemitério.

Sakkara funcionou como necrópole da antiga cidade de Mênfis.

No local encontram-se estruturas funerárias de um período que se estende desde 3000 a.C. até 950 d.C.

Aí se encontra o complexo funerário de Dejoser, rei da III dinastia egípcia, com a sua conhecida pirâmide em degraus ou escalonada, datada de 2630 a.C.

O arquiteto do rei, Imhotep, levantou no local uma ‘mastaba’ quadrangular, sobre a qual se ergueram, numa primeira fase, três andares e depois mais dois. A estrutura acabou assim por apresentar seis degraus, atingindo cerca de 60 metros de altura. Portanto, não se trata de uma pirâmide. A ‘mastaba’ apresentava o poço funerário habitual, cavado no centro, a 28 metros de profundidade, que continha a câmara funerária, que se unia a um sistema de túneis utilizados para os adornos funerários e a um sistema de câmaras e passagens decorados com placas de louça azul, que constituíam o apartamento funerário. Ao lado deste jazigo se encontram outros aposentos funerários destinados a familiares do rei.

Há ainda uma pequena capela funerária, o ‘serdab’, onde se colocava uma estátua do defunto e onde estava uma estátua do rei, mirando o pátio do complexo da tumba e os rituais que se realizavam ali. Ao norte do pátio estavam ainda dois edifícios, que representavam o Alto Egito e o Baixo Egito. Durante a festa’ Sed’, o faraó simbolicamente ascendia ao trono do Alto Egito, usando a coroa branca, e ao trono do Baixo Egito, usando a coroa vermelha. A dupla aparição do faraó simbolizava seu poder sobre as duas regiões.

O complexo se encontra rodeado por uma muralha com 10 metros de altura, que apresenta 14 portas falsas e uma verdadeira. A escada se elevava até o céu e dele descia à terra para permitir a ascensão celestial do faraó.

Um dos melhores arqueólogos e egiptólogos franceses chegou a Sakkara em 1926 e aí ficou até 1996. Ao chegar, encontrou todo o complexo coberto de areia.

No caminho para Sakkara, várias escolas de tapetes, de alta qualidade, que são exportados para o mundo inteiro.

Os tapetes típicos egípcios e de lã são feitos artesanalmente, à mão no tear, apresentam uma mistura de formas e tribais, além de desenhos humanos e grafismos, outras com a mesma simbologia dos feitos no Antigo Egito, com seus deuses e seu misticismo.

“Do alto destas pirâmides, 40 séculos de história os observam”, disse Napoleão aos seus soldados.

A visita seguinte, foi a Giza Plateau, EGP 160,00 por pessoa, composto pelos complexos funerários:

  • de Miquerino (Mycerinus): pirâmide principal, três pirâmides satélites, templo funerário alto, rampa de acesso e Templo do Vale;
  • de Quefrén (Chefren): pirâmide principal, pirâmide satélite, templo funerário e barcas solares, rampa de acesso e Templo do Vale;
  • de Quéops (Cheops): pirâmide, pirâmides das rainhas e fossos para as barcas solares, templo funerário e rampa de acesso;
  • necrópolis oriental;
  • necrópolis ocidental;
  • Esfinge;
  • Templo da Esfinge.

Quase 5 mil anos atrás, o Planalto de Gizé, na margem ocidental do Rio Nilo, região dos mortos, se converteu na necrópolis real de Mênfis, capital dos faraós da IV dinastia, que governaram entre 2561 a 2450 a.C.

Gizé está a aproximadamente 15 kms a oeste da cidade do Cairo, com uma superfície de 2 mil m², próximo às avenidas, hotéis e o comércio da cidade.

Gizé é a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que chegou aos dias de hoje. Outas, o Farol de Alexandria, o Colosso de Rodes, o Mausoléu de Halicarnaso, o Templo de Artemísia em Éfeso, a Estátua de Júpiter em Olympia e os Jardins Suspensos da Babilônia, desapareceram, destruídos pelo tempo ou pelos homens.

Em Gizé se encontram os monumentos funerários de três faraós da IV dinastia: as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerino e estátua da Esfinge.

Os antigos egípcios as identificaram como ‘Horizonte de Quéops’, ‘Grande é Quéfren’ e ‘Miquerinos é divino’.

Há um ditado egípcio que diz: ‘Todo o mundo teme o tempo; mas o tempo teme as Pirâmides’.

As pirâmides não são somente um símbolo do Egito, são monumentos cuja contemplação desperta, a cada vez, a mesma intensa emoção, são um desafio, um mito de pedra, uma escalada a eternidade.

As pirâmides estão dispostas de modo que nenhuma delas jamais cubra o sol das demais.

Quéops e Miquerinos possuem três pirâmides satélites cada uma, enquanto Quéfren tem somente uma.

Conta-se que Napoleão, durante sua campanha no Egito, havia calculado que, com a quantidade de blocos utilizados para construir o complexo de Gizé, a França construiria um muro de pedra de 4 metros de altura e 30 metros de espessura. Parece que este cálculo do imperador teria sido confirmado pelos matemáticos que o acompanhavam.

A pirâmide de Quéops, a mais alta das três, cujo efeito do tempo fez diminuir de 146 metros para 138 metros de altura, demorou 20 anos para ser construída, tendo sido usados 2,3 milhões de blocos de pedra. A Câmara Mortuária está 30 metros para baixo e a Grande Galeria é um imenso salão de quase 50 metros de largura, onde só é possível chegar se arrastando por um túnel de 1,50 m de altura.

Napoleão entrou nessa pirâmide em 1799, mas jamais teria comentado esta experiência.

A pirâmide de Quéfren foi construída numa base um pouco mais elevada do que a de Quéops para dar a impressão de que a do filho fosse mais elevada que a do pai. Esta é a única que conserva na parte superior o revestimento original de calcário. Dentro, nas paredes, algumas frases em árabe, escritas com carvão.

As pirâmides em números:

Quéops: IV Dinastia (2590-2565 a.C.); altura original 146,60 m; altura atual 138,75 m; lado 230,37 m; inclinação 51º50′

Quéfren: IV Dinastia (2558-2533 a.C.); altura original 143,50 m; altura atual 136,40 m; lado 215,20 m; inclinação 53º10’Miquerino: IV Dinastia (2532-2515 a.C.); altura 66 m; lado 104 m; inclinação 51º20′.

Miquerinos, filho de Quéfren, a menor e a única a possuir as três pirâmides satélites.

Ao lado das pirâmides está a enigmática escultura da Esfinge de 20 m de altura x 57 m de comprimento, erguido na época de Quéfren, representando a imagem do faraó, que se dizia unia a força selvagem à inteligência do homem. Trata-se de um corpo de leão e rosto de home, construída em um único bloco de pedra.

Neste dia almoçamos no Le Meridien Pyrámids Hotel.

Estivemos no The First Mall, numa loja muito especial, loja 103, a Horus, Art of History, Replication and Creation Glory. www.horus-limited.com , autorizada pelo governo egípcio para ser o replicador oficial de artefatos de papiro e qualquer outro egípcio.

À noite, um jantar a bordo de um cruzeiro pelo Nilo, com direito a um show.

08/03/2019 – 6ª feira – mínima 12º / máxima 22º

Visita a cidade de Alexandria, que abriga o maior porto do Egito e um dos mais importantes do Oriente Médio.

Seguimos pela Rodovia do Deserto Cairo-Alexandria, por 220 km, chegando à segunda cidade mais populosa do país e um dos principais pontos turísticos egípcios.

Alexandria foi uma das cidades mais importantes do mundo, fundada em torno de um pequeno vilarejo, em 331 a.C. por Alexandre, o Grande, assim permanecendo como capital do Egito durante mil anos, até a conquista muçulmana, quando a capital passou a ser Fostate, que depois foi incorporada ao Cairo.

Conhecida pelo Farol de Alexandria, uma das sete maravilhas do mundo antigo; pela Biblioteca de Alexandria, a maior do mundo antigo e pelas catacumbas de Kom el Shoqafa, uma das sete maravilhas do mundo medieval.

A arqueologia marinha em Alexandria estava em curso no porto da cidade em 1994, revelando detalhes de quando aí existia uma cidade chamada Racótis.

Passeamos pela Corniche, Avenida Costeira, até a Cidadela de Qaitbay, uma fortaleza construída no século XV, localizada na costa do mar mediterrâneo. Construída por ordem do sultão Al-Ashraf Sauf al-Din Qa’il Bay em 1477.

Paga-se para entrar na praia.

Visita a Cidadela de Kom al-Shoqafa, EGP 80,00 por pessoa, erguida no lado norte da ponta da Ilha do Farol, no porto leste da cidade.

As catacumbas de Kom al-Shoqafa compõem um sítio arqueológico histórico. Descobertas em 1900, são um dos maiores sítios funerários romanos egípcios. O complexo foi construído em fins do século I e utilizado até o século IV.

A necrópole consiste de uma série de túmulos, estátuas e objetos usados no culto funerário do faraó.

As catacumbas eram destinadas a apenas uma única família e teriam se expandido de modo a albergar muitas outras pessoas.

A visita seguinte foi à Coluna de Pompeu, EGP 80,00 por pessoa, que fica no sítio arqueológico da cidade de Alexandria,  no local onde se encontrava, na Antiguidade, o Templo do Serapeu. É uma coluna feita de granito vermelho de Assuã e é a maior deste tipo erigida fora das capitais imperiais de Roma e Constantinopla, com peso estimado em 285 toneladas.

Os cruzados acreditavam que aquele era o local onde Pompeu foi enterrado, após ter sido assassinado pelo irmão e esposo de Cleópatra, Ptolomeu XIII, que apresentou a cabeça a Cesar como um grande triunfo.

Almoçamos num restaurante de nome San Giovanni Stanly Hotel & Restaurant, de frente para a Ponte Stanly.

Visitamos, externamente, o Palácio Montaza, um palácio, museu, de extensos jardins, no bairro de Montaza, com vista para uma praia no Mediterrâneo. Foi a residência de verão da família real egípcia no século XIX e última residência do Rei Faruk I, antes de abdicar em 1952.

Faruk governou o Egito de 1936 até a revolução que levou Gamal Abdel Nasseer ao poder em 1952.

O palácio é muito chamativo, feito num estilo rebuscado para enfatizar os sonhos de grandeza do rei. O palácio foi projetado para ser dividido em dois edifícios, a parte maior para as esposas do Rei Faruk e o menor, o setor masculino. Atualmente, é propriedade do Governo.

Houveram 7 Cleópatras, a mais famosa foi a 7ª, Cleópatra Thea Philopator, última pessoa a governar o Egito com título de faraó. Pertencia à dinastia dos Ptolomeus, uma família de origem grega que administrou o Egito entre 305 a.C. e 30 a.C. Filha de Ptolomeu XII e Cleópatra V, tinha apenas 14 anos quando começou a governar junto com o pai.

Sua principal arma, a sedução. Bela, falava sete línguas (egípcio, grego, arameu, etíope, , hebraico e latim), todos com quem se relacionava se apaixonavam por ela. Casou-se com seu irmão caçula Ptolomeu XIII, com o general romano Júlio César e com Marco Antônio.

Na época de Cleópatra VII foram incendiados manuscritos junto com a Biblioteca Alexandrina.

Há cinco milênios, era o grande centro de saber da humanidade. Uma sucessão de incêndios e questões religiosas transformaram tudo em cinzas.

Recriada, tem uma característica única: nasceu digitalizada. EGP 70,00 para fotografar  www.bibalex.org

A nova biblioteca ocupa um prédio de 11 andares. quatro deles abaixo do nível do mar. São 8 andares de leitura e 3 administrativos e mais de 2 milhões de livros de todas as línguas conhecidas, inclusive braile.

Arquitetura arrojada: um imenso disco inclinado que desaparece nas águas de um lago artificial.

A gloriosa Biblioteca Real de Alexandria, idealizada no século III a.C. por Ptolomeu I e organizada pelo filósofo Demétrio de Falero, foi concebida como templo das musas e centro de pesquisas aberto a estudiosos. Mais tarde, passou a acolher volumes com os saberes humanos.

Os navios que atracavam no porto eram inspecionados e os livros encontrados à bordo, confiscados e transcritos. Aos proprietários cabia uma cópia.

O início do fim ocorreu em 48 a.C. pelas mãos do piromaníaco Júlio Cesar. A este se seguiram outros, decorrentes da guerra contra o Imperador Romano Aureliano; à revolta reprimida por outro Imperador Romano, Diocleciano, no ano 295 e, ainda, no século VII, por determinação do Califa Omar, que teria mandado queimar os livros em rolo que restavam por não estarem de acordo com a palavra de Alá.

O desaparecimento da Biblioteca coincidiu com o declínio da grande cidade helênica que quase desapareceu do mapa. Contudo, autorizados pelo Governo do Egito e com apoio da UNESCO, os trabalhos começaram e, em outubro de 2002, a biblioteca foi reinaugurada. … a instituição parece ter renascido do mesmo jeito. Com o fascínio de um grande passado e com o presente firmado na rede.

Vigiada pela imensa estátua de Ptolomeu I, a dimensão da Biblioteca impressiona. No prédio há, ainda, o Museu dos Manuscritos, onde está um Alcorão do século XV e o Museu da Antiguidade, que não estava previsto no projeto original, mas, que durante os trabalhos de escavação das fundações, surgiu em forma de um excepcional piso em mosaico, que teria de permanecer onde estava. Há, também, o Manuscript Centre, que consegue restaurar quase 300 documentos por ano.

Visita a Praça de Mansheya, à estátua em bronze de Mohamed Ali, ao Monumento ao Soldado Desconhecido, entre outros.

Há, ainda, os museus: Greco-Romano, fundado em 1892, com acervo do período entre os século III a.C. e VII d.C. e Nacional, com peças de arte egípcia, arte greco-romana e arte copta, árabe e moderna.

Alexandria foi fundada por Alexandre Magno no ano de 332 a.C. e tornou-se a maior metrópole do mundo mediterrâneo, mas, ao longo dos milênios, viu-se obrigada a abdicar do passado glorioso. Para aqui não vieram os arqueólogos, mais interessados nas pirâmides, no ouro das tumbas reais e nos templos do Alto Egito. Assim boa parte do que sobrara da história de Alexandria se desmoronou, muros e ruas calçadas foram saqueados para a construção de casas, fortes otomanos e outros.

Contudo, descobertas fizeram com que os arqueólogos se voltassem para Alexandria, entendendo que a cidade antiga, da época de Alexandre Magno, se encontrava sob seus pés, mais precisamente a 12 metros de profundidade. Em outras camadas do subsolo, aqui e ali, encontraram vestígios romanos, bizantinos, medievais, otomanos, napoleônicos e de todo o século XIX. Um resumo de milênios.

O arqueólogo francês Jean-Yves Empereur, no final dos anos 1990, enquanto no comando do Centro de Estudos Alexandrinos, encontrou, no fundo do mar e próximo a costa, as ruínas do Farol de Alexandria, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.]

Nas catacumbas de Khom esh-Shuqafa se misturam vários símbolos do além. Na penumbra, as figuras solenes das divindades do Egito Antigo repousam sobre a lápide principal e convivem com as cabeças de Medusa esculpidas na parede, antes usadas para apavorar visitantes indesejados.

Junto à Mesquita de Abu el-Abbas el Mursi (1927), no elegante Grand Trianon, barracas de doces e chocolates, os melhores do Egito.

Hotel Cecil, antiga parada obrigatória de banqueiros que visitavam a Bolsa de Valores mais importante do Mediterrâneo antes da 2ª Guerra Mundial. Aí, no início de 1942, o Comandante do 8º Exército Britânico na Campanha do Norte da África, estabeleceu seu quartel-general em uma das mais luxuosas suítes do hotel.

‘Quando o verão se apagou no outono e o outono no inverno, mais uma vez e muito lentamente começamos a ter consciência de que a guerra que destruíra a cidade aos poucos se afastava dela’, está escrito num dos romances do Quarteto de Alexandria. ‘Do mesmo modo que a maré quando baixa, a guerra deixou estranhos restos na praia … e nós a encontramos cheia de carcaças de tanques, de canhões retorcidos, de sucata das plataformas militares e de depósitos abandonados pelos mecânicos que enferrujavam sob o sol do deserto e afundavam lentamente nas dunas que se moviam …’

Retornando ao Cairo, jantamos na La Gourmandise Restaurant, no Shopping The First.

09/03/2019 – sábado – mínima 11º / máxima 23º

Visita à Cidadela de Saladino.

Saladino nasceu em uma família Kurdish em Tikrit, no Iraque, e foi enviado para Damasco para terminar sua educação.

Seu nome árabe era Salah-ad-Din Yusuf Ibn Ayyub.

Kalifa era o líder do mundo muçulmano, sucessor do enviado de Alá, sucessor do Profeta Maomé depois da morte dele em 632. O primeiro Kalifa era sogro de Maomé e a ele se seguiram os califados:

  • ortodoxo 632 – 661
  • omíada 661 – 750/1031
  • abássida 750 – 1258/1517
  • fatímida 910 – 1171
  • almóada 1145 – 1269
  • Império Otomano 1517 – 1922
  • República da Turquia 1922 – 1924
  • de 1798 a 1801, ocupado pelos franceses (Napoleão)
  • de 1822 a 1952, ocupado pelos ingleses

Saladino chegou ao Egito em 1150 e foi Rei do Egito de 1174 – 1193, tonando-se um exemplo celebre dos princípios da cavalaria medieval, tendo liderado a oposição islâmica aos cavaleiros cruzados europeus no que ficou conhecida como Guerra Santa.

Além de grande guerreiro, Saladino tinha fama de excelente administrador, sendo responsável por grandes construções como a Cidadela, maneira árabe de chamar as fortalezas.

No caminho para a Cidadela é possível avistar a Mesquita de Mohammed Ali, que fica no alto, se destacando na paisagem, um dos melhores mirantes da cidade. A Mesquita é também o túmulo de Mohammed Ali. Ali é a única divindade e Mohammed seu profeta. Os califados são venerados, não são santos. Reza-se a partir dos 7 anos, mas a partir dos 10 anos torna-se obrigatório.

Construída em estilo otomano, feita de pedra calcária, com o andar inferior e o pátio de alabastro, entre 1830 e 1848.

Uma das torres é ornada com um relógio que foi um presente do rei francês Louis Philippe numa troca pelo obelisco de Luxor que está na Praça da Concórdia em Paris.

A cúpula central é rodeada por quatro pequenas e quatro cúpulas semicirculares.

continua …

Museu Nacional do Rio de Janeiro resgata 200 peças de coleção egípcia. A sacerdotisa-cantora-egípcia Sha-Amun-em-Su foi mumificada e sepultada em um sarcófago por volta do ano 750 a.C., e seu caixão ficou lacrado até 2 de setembro de 2018, quando o incêndio do Museu Nacional, em São Cristóvão, na zona norte do Rio, destruiu parte da maior coleção egípcia da América Latina. Recebida do soberano egípcio por Dom Pedro II, a múmia era a favorita do imperador e ficava no escritório dele, no palácio que passou a abrigar o Museu Nacional com o fim do Império. Se as chamas destruíram o caixão de madeira policromado e parte dos restos mortais da sacerdotisa, elas também revelaram nove amuletos que foram vistos pela última vez por quem lacrou o caixão de Sha-Amum-em-Su. As peças foram apresentadas por pesquisadores do Museu Nacional, que já resgataram cerca de 200 dos mais de 700 itens da coleção egípcia do museu. … muito ainda pode ser salvo da área destruída pelo fogo e pelo desmoronamento dos três andares do Paço Cristóvão, palácio que serviu de residência à Família Real até o fim do Império. As 200 peças da coleção egípcia são apenas uma parte das 2,7 mil já resgatadas do palácio. … Apesar de nunca ter sido vista antes, a forma da peça, um amuleto escaravelho coração, já era conhecida devido a um método curioso: em 2005, para desvendar o que havia dentro do caixão sem abri-lo, os pesquisadores submeteram o artefato a uma tomografia num hospital particular do Rio de Janeiro. Dom Pedro II morreu sem ver os amuletos do sarcófago de Sha-Amum-em-Su, que o pesquisador Pedro Von Seehausen exibiu aos jornalistas usando uma luva. … Dom Pedro II cresceu em meio à coleção egípcia que Dom Pedro I adquiriu. Ele era fascinado por egiptologia e se correspondia com os maiores egiptólogos da época, relatou o pesquisador. … Mais de 100 das 200 peças resgatadas são shabtis, estatuetas de 10 a 60 cm que eram colocadas nas tumbas, porque os egípcios acreditavam que assim se tornariam servos daquele morto quando ele ressuscitasse. … O crânio de uma das oito múmias humanas da coleção também foi resgatado das chamas. No caso das múmias, o fogo destruiu as bandagens, e o impacto do desmoronamento também causou danos aos ossos. Apesar disso, partes dos esqueletos foram preservadas. … A doação de novas peças egípcias para o Museu Nacional não será possível, ele explicou, porque a lei do país africano impede que os artefatos sejam alugados ou emprestados. Apesar disso, o cônsul disse que o governo egípcio buscará dar suporte ao Museu Nacional. (trechos do texto de Tomaz Silva, Agência Brasil 07/05/2019)

O egiptólogo mais famoso da atualidade, Zahi Hawass, atual secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, irá inaugurar uma exposição em Curitiba sobre o faraó Tutancâmon, para abertura de um novo museu com parceria do Museu Egípcio Rosacruz, maior complexo sobre o Egito Antigo do Brasil. O arqueólogo dará a palestra O Rei Menino de Ouro: Tutankamon, em 06/09/2019, às 19 horas, no auditório H. Spencer Lewis, em Curitiba, Rua Nicarágua, 2620 – Bacacheri, abordando a vida e o governo do famoso faraó. O museu não terá obras originais escavadas no Egito, mas todos os objetos são réplicas tecnicamente perfeitas e reconstituídas pela empresa italiana Laboratório Rosso. (AH Aventuras na História, André Nogueira, 12/08/2019)