. dia 07/06/2006

 

De Almada seguimos para Cacilhas, no ônibus 101, que pegamos às 11:55 horas.

De Cacilhas rumamos para Setúbal, no ônibus rápido 583, às 12:52 horas.

E de Setúbal para Palmela, no ônibus 767, às 14:03 horas.

Talvez vocês não acreditem na minha motivação: buscar informações sobre Nossa Senhora de Belém.

Em Palmela foi necessário tomar um taxi que nos levasse ao Mosteiro das Monjas de Belém e que nos aguardou, levando-nos de volta até Cacilhas.

Fomos extremamente bem recebidos nesta incursão ao Mosteiro das Monjas de Belém – Mosteiro Nossa Senhora Vestida do Sol, Quinta de Calbariz, Diocese de Setúbal, contudo, sem qualquer relação com Nossa Senhora de Belém.

No primeiro dia de novembro de 1950, Sua Santidade o Papa Pio XII promulga o dogma segundo o qual Maria de Nazaré, que deu à luz em Bém Jesus, o Filho do Altíssimo, foi elevada por Ele da terra ao céu, em corpo e alma.

Entre as centenas de milhares de pessoas que participavam desta proclamação solene da Assunção de Maria, na Praça de São Pedro, em Roma, encontrava-se um grupo de peregrinos franceses, acompanhados por um religioso, o Padre Ceslas Minguet.

No coração destes sete peregrinos estabeleceu-se uma relação entre a presença de Maria, elevada na Glória do Pai com Seu Filho e o projeto do Pai de chamar todos os homens e todas as mulheres de boa vontade de todas as gerações para serem também eles com Jesus, com Maria, em presença do Pai, santos e imaculados no Amor, na terra como no Céu e por toda a Eternidade.

Como consequência, surge nos seus corações uma pergunta: Não será necessário que nasçam por todo o mundo comunidades ? Os seus membros poderiam tentar, já durante a vida terra, em plena fraqueza humana, começar a responder ao projeto do Pai. Com Jesus e Maria glorificados, na presença do Pai, no Espírito Santo. Assim receberiam no seu coração e na sua vida de pobres pecadores, a Santidade, a Pureza imaculada, o Amor, que caracterizam o coração de Cristo e o Coração da Virgem Imaculada; pois Maria, a discípula mais atenta de Cristo, recebe tudo dele.

No silêncio de seus corações, cada um destes sete peregrinos prometeu à Deus e à Virgem Maria consagrar a sua atenção e suas forças ao projeto, descobrindo cada um deles depois que a mesma luz teria visitado os outros peregrinos e juntos decidem colocar em prática o que chamaram de Projeto da Virgem.

Doze semanas depois, na povoação de Chamvres, na Diocese de Sens, constituiu-se a primeira comunidade.

O primeiro oratório foi preparado num pobre estábulo, evocando a gruta onde o Filho de Deus se fez Menino, onde a Virgem e São José Adoraram com Ele o Pai. Por isso, o pequeno mosteiro nascente recebeu o nome de ‘Natividade’ e, mais tarde, ‘Belém’.

O segundo nome desta família monástica, ‘Assunção da Virgem ‘ foi recebido das circunstâncias particulares de sua fundação. Maria, que não é Deus, recebeu de seu Filho a graça de viver à semelhança da sua vida plenamente divina e plenamente humana. É por isso que ela se compromente no caminha da santa Virgindade, da santa Pobreza, da santa Obediência, que caracterizam o caminho de Jesus. É por isso que, seguindo Jesus, ela vive no maior Amor, morre de Amor, ressuscita. No seu corpo e na sua alma é atraída por Jesus elevado da terra, permanencendo para sempre na Glória de Amor do Pai.

Esta família monástica recebeu também o nome de ‘São Bruno’.

Monges e Monjas de Belém, da Assunção da Virgem e de São Bruno, cujas celebrações litúrgicas são inspiradas na tradição do Oriente cristão.

O trabalho artesanal dos monges e das monjas de Belém, esculturas românicas ou góticas, concebidas segundo a tradição do Ocidente na idade de ouro da Arte Sacra, é belíssimo.