São 20 as Regiões da Itália, que se dividem em Províncias, que se subdividem em Comunas, 8.101 em toda a Itália.

No ano de 2009, havíamos estado nas regiões:

 

da Lombardia (Milão e Lago di Como) e

 

do Vêneto (Veneza, Murano e Burano).
Em 2010, foi a vez da região:
do Lázio (Roma e Estado da Cidade do Vaticano).

 

 

“Mille viae ducunt hominem per secula Romam.”

 

Máxima Latina,

 

segundo a qual, “Todos os caminhos levam a Roma.”

 

De Madri, voamos pela Ibéria, decolando às 19:45 horas, com destino a Roma, onde chegamos às 22:05 horas, Aeroporto di Fiumicino (Aeroporto Leonardo da Vinci) (FCO). Eta desembarque confuso ! Ficamos sem ter certeza se os confusos eramos nós ou se é o aeroporto. Só sabemos que nunca antes na história dos nossos roteiros, um desembarque foi tão confuso.
Benvenuto a Roma !
É possível tomar o trem Leonardo Express do Aeroporto até a Estação Termini, a principal de Roma, numa viagem que dura cerca de 40 minutos.
Mas, como era tarde e chovia muito, resolvemos seguir de taxi para o Hotel Soggiorno Blu, Via Magenta, 39, cerca de 30 km.
Nos apresentamos na recepção do Hotel Soggiorno Blu e fomos conduzidos até nossas instalações, que eram, na verdade, num outro edifício, situação um tanto incomum, exatamente em frente à uma entrada lateral da Estação Termini.
Inicialmente, estranhamos, mas ficamos bem instalados e mutio bem localizados, o único senão foi a falta de uma geladeirinha no quarto, o que contornamos usando o parapeito da janela para retardar que nossos iogurtes, água e refrigerantes esquentassem antes de serem consumidos.
O café da manhã era tomado numa padaria próxima, com os vouchers recebidos do hotel para cada um dos dias da hospedagem, algo muito simples.
Stazione Centrale Roma Termini, Giovanni Paolo II, é a estação ferroviária mais importante de Roma e a maior da Europa.
Edificada em 1867, na base do Monte Esquilino, conta com um grande centro comercial situado nos planos subterrâneos, o Fórum Termini, inclusive, com padaria e supermercado.
Em frente à estação está a Piazza dei Cinquecento, onde fica também o maior terminal de ônibus de Roma.
Na Estação Termini há o entroncamento das linhas A e B do metrô, além de numerosas linhas de autocarros expressos e urbanos e também dos elétricos e tróleis, o que tornou nossa localização perfeita.
O fato da rede de metrô se resumir a apenas duas linhas se deve ao subsolo da cidade esconder mais de 2700 anos de história, inviabilizando qualquer grande projeto de ampliação, porque nunca se sabe o que ainda há por ser descoberto.

Tinhamos, a fácil alcance, a estação de trens, metrô e o terminal de ônibus, o que facilitou muito nossos dias na cidade.

 

. dia 07/05/2010

Começamos o dia indo até a Piazza dei Cinquecento, assim chamada em memória dos 500 soldados italianos mortos na Batalha de Dogali, em 1887, pelos etíopes.

Pode-se ver os restos de uma muralha, Mura Serviane, atribuída ao penúltimo Rei de Roma, Servio Tullio, restaurada no século IV a.C.

Próxima, a Piazza della Repubblica, que até 1950 era denominada Piazza Esedra. Nela começa uma das mais importantes vias da cidade, a Via Nazionale e nela encontra-se a Fontana delle Naiadi, construída em 1885.

A Linha Archeobus (Trambus Open Roma), ônibus turístico, sai diariamente da Piazza dei Cinquecento, a cada 30 minutos, a partir das 8:30 horas até às 16:30 horas, retornando à Piazza della Repubblica. Sem paradas, o passeio dura cerca de 1h30m.

Compramos o Passe Stop & Go, válido por 24 horas, que permite subir e descer em qualquer das paradas, durante todo o dia. Demos preferência à ele porque o audioguide vai fazendo uma leitura do caminho, ajudando a ver não só com os olhos como com o entendimento.

 

Tudo começou por volta de 700 a.C., época em que as sete colinas* próximas ao Rio Tibre estavam sendo ocupadas.

São desta época as ruínas do Palatino (Via di San Gregorio, 30), onde Rômulo & Remo* teriam sido criados por uma loba; do Fórum Romano (Via del Foro Romano) e do Largo da Torre Argentina.

* as sete colinas: Monte Aventino, Monte Capitolino, Monte Celio, Monte Esquilino, Monte Palatino, Monte Quirinale e Monte Viminale.

* os gêmeos Rômulo e Remo teriam sido frutos do estupro de Réia Silvia, uma princesa italiana, por Marte, Deus da Guerra. Abandonados, ainda meninos, e levados para a área pantanosa aos pés do Palatino, teriam sido amamentados por uma loba até serem encontrados por um pastor. Rômulo teria se tornado líder de sua tribo, entrando em disputa com o irmão, matando-o. Em 21 de abril de 753 a.C., teria fundado a cidade de Roma. Conta um dos episódios mais famosos da história de Roma, que ficou conhecido como o Rapto das Sabinas, que após fundar a cidade, não sabendo como povoá-la, já que faltavam mulheres, os romanos teriam decidido dar uma festa e convidar a tribo vizinha, dos sabinos. Durante os festejos um sinal teria marcado o momento combinado para os romanos raptarem todas as mulheres trazidas a festa. Muito mais tarde, os homens sabinos teriam voltado, decididos a atacar Roma e libertar suas mulheres, mas estas já teriam se apaixonado pelos seus raptores e não mais desejavam voltar para casa. Daí em diante, romanos e sabinos teriam passado a viver juntos, formando um único povo.

Roma, città eterna.

 

No apogeu da civilização romana,

todo o mundo convergia, de alguma maneira, para a Cidade Eterna.

De Roma partiam as legiões conquistadoras e para Roma escoavam os tributos de lugares tão distantes e variados como Judéia, Britânia e Ibéria.

Inovadores, os romanos idealizaram diversos meios de manter a unidade dos seus domínios. Um deles foi a construção de inúmeras estradas para ligar a capital às províncias.

Entre esta, a mais famosa, a Via Ápia*, também conhecida como Regina Viarum (Rainha das Estradas), cuja construção se iniciou no ano 312 a.C., encomendada por Appius Claudius Caecus (Ápio Cláudio Cego), e que foi de fundamental importância estratégica para a supremacia de Roma nos primórdios da República.

 

Inicialmente, estendia-se de Roma a Cápua (300 km), posteriormente, ampliada para passar por Benevento, Taranto até Brindisi. Reza a lenda que chegou a ter 50 mil km de extensão nos tempos áureos dos Césares.

*Via Ápia, Via Appia em latim e Via Appia Antica, em italiano.

Esta histórica Via passou para os anais da Igreja através de um episódio conhecido como o “Quo Vadis”.

 

A perseguição movida por Nero no 1º século da Era Cristã havia levado São Pedro a evadir-se de Roma. Segundo uma antiga tradição, ele caminhava pela Via Ápia, quando deparou-se com o próprio Jesus Cristo, que vinha em sentido contrário. Atônito, o Pescador de Homens caiu de joelhos diante de seu Mestre e perguntou:

– Quo vadis Domine ? (Para onde vais, Senhor ?)

 

– Vou a Roma para ser crucificado mais uma vez …

O Príncipe dos Apóstolos compreendeu que enquanto fugia, o Divino Mestre dirigia-se a Roma. Tomado por vergonha e arrependimento, São Pedro retornou à urbe, onde foi martirizado algum tempo depois.

 

No local do prodigioso encontro, ergueu-se, no século IX, uma pequena igreja, conhecida pelo nome de Igreja do Domine Quo Vadis, visitada por Paulo II, em 1983.

Também por esta Via, São Paulo chegou a Roma como prisioneiro no século I.

Os cristãos, perseguidos antes da conversão do Império Romano, martirizados e mortos, eram enterrados nas catacumbas às margens desta Via. Aí se encontram as Catacumbas de San Callisto e de San Sebastiano.

Nesta área arqueológica, encerrada entre as Vias Appia Antica, Ardeatina e o Beco das Sette Chiese, estende-se o Complexo Calistiano, uma área de cerca de 30 hectares, dos quais aproximadamente 15 hectares em catacumba.

As galerias, às vezes em quatro planos superpostos, atingem até 20 km. Numerosíssimas as sepulturas, talvez meio milhão. Este complexo, formado por vários núcleos cemiteriais, foram se estendendo aos poucos: o Cemitério de San Calisto e as Criptas de Lucina, se uniram com o tempo; os Cemitérios de Santa Sotere, de São Marcos e de Marcelino e Dâmaso e o de Balbina. Nestes lugares os cristãos perseguidos pelo Império Romano podiam enterrar seus mortos, já que ali estavam além da cidade murada, portanto, não mais em Roma. (Grande Raccordo Anularea, ou seja, nos arredores de Roma)

Ao longo desta Via se pode ver , ainda, os enormes aquedutos que forneciam água aos moradores.

A cidade continuou crescendo nos anos depois de Cristo, deixando vestígios deslumbrantes, como o Coliseu (Piazza del Colosseo); o Pantheon (Piazza della Rotonda); as Termas de Caracalla; o Castel Sant’Angelo; o Fórum e o Mercado de Trajano.

No século em que o Brasil foi descoberto, Roma vivia o Renascimento.

Descemos do ônibus na Porta di San Sebastiano, Via di Porta San Sebastiano, 18.

 

Entre a Piazzale Numa Pompilio e o Largo da Porta de San Sebastiano se encontram a Igreja de San Cesareio, o Arco di Druso e o Museo delle Mura, que fica dentro da Porta di San Sebastiano.

http://www.museodellemuraroma.it/

Após visitar o Museo delle Mura, muitíssimo interessante, a partir da Porta di San Sebastiano, seguimos pela Via Appia Antica a pé e andamos por ela, um enorme trecho, passando pela Sede Parco Regionale Appia Antica, Via Appia Antica, 42 e pela Fermata Valle della Caffarella, Via della Caffarella, transversal à Via Appia Antica, onde fica a Edicola del Cardinale Reginald Pole, o Sepulcro de Annia Regilla e o Templo del Dios Redicolo até chegar à Catacombe di San Callisto, Via Appia Antica, 110.

As catacumbas podem ser consideradas “berço da Cristandade” e “arquivos da Igreja Primitiva”, porque ilustram sua vida, usos e costumes, o credo professado e testemunham seu martírio.

Originaram-se por volta da metade do século II. O Papa São Zeferino (199-217) confiou a vigilância da catacumba ao diácono Calisto para que a administrasse em nome da Igreja, garantindo que todos os fiéis, sobretudo os pobres e os escravos, pudessem ter uma sepultura digna. Calisto, eleito 16º Papa (217-222), aumentou o complexo funerário, que acabou por receber seu nome e tornou-se o cemitério oficial da Igreja de Roma.

Os núcleos mais antigos das catacumbas de São Calisto são as Criptas de Lucina e a região chamada dos Papas e de Santa Cecília. Outras regiões são chamadas de São Caio e de São Eusébio (fins do século III), Ocidental (anterior à metade do século IV) e Liberiana (2ª metade do século IV).

Nesta visita, algo muito especial nos proporcionou enorme emoção, uma experiência única. Os visitantes são dividos em grupos, por idioma. Nós escolhemos o espanhol e no decorrer da visita às catacumbas, nos comunicando entre nós em português, fomos abordados por um jovem, que, embora espanhol, já havia estado no Brasil. Ao se aproximar o final da visita, nos convidou para assistir uma missa que ele iria celebrar dentro da catacumba. Tratava-se do Padre Javier Vilarroig. Ou seja, numa capela mínima, ele, auxiliado por um seminarista, que o acompanhava, nos permitiram assistir, junto com um casal de chilenos, uma missa dentro da catacumba. O que nos fez mais uma vez perceber o quanto somos abençoados.

Com sua Homilía, Padre Javier nos fez refletir sobre: O que faríamos se naquele exato momento fossemos confrontados com uma situação limite de confirmarmos nossa fé e morrer por ela ou negá-la e preservar nossas vidas ? Nos deixaríamos ser martirizados como tantos o fizeram ? Ou nos acorvadaríamos e talvez até a negássemos ? Oramos por todos os mortos que ali foram enterrados.

Eventualmente, ainda trocamos e-mail com o Seminarista Ricardo Rocha.

http://www.catacombe.roma.it/

 

A menos de 1 km, ainda dentro da área das Catacumbas de São Calisto, visitamos, emocionadamente, a pequena Igreja do “Quo Vadis ?” e agradecemos muito à Deus por mais esta oportunidade.

. dia 08/05/2010

Retornamos à Via Appia Antica, mais uma vez no City Bus Tour Archeobus, descendo, desta vez, em frente à Catacumba de Sao Sebastião, iniciando o dia com um almoço no Ristorante Cecilia Metella, exatamente em frente às Catacumbas de San Sebastiano, Via Appia Antica, 125-127-129.

Este antigo restaurante da Appia Antica, fincado no topo de uma colina, com um terraço coberto por uma trepadeira, para refeições ao ar livre, onde fizemos a nossa, é ideal para um almoço tranquilo, cozinha cujas especialidades são o “Scriano alla Cecilia” (macarrão com molho de tomate, presunto, creme de leite e queijo parmesão), o escolhido por nós, e o “Pollo alla Nerone” (frango flambado).

de 3ª feira a domingo, das 12 às 15 e das 19 às 22:30 horas

Catacombe di San Sebastiano, Via Appia Antica, 136, próxima ao cruzamento da Via Appia com a Via Appia Pignatelli, onde se encontra a entrada da Igreja di San Sebastiano Fuori le Mura (São Sebastião das Catacumbas) e às Catacumbas di San Sebastiano, com aproximadamente 12 km e 3 pisos subterrâneos.

http://www.catacombe.org/

Dios Todopoderoso y Eterno

 

que a tu Santo Mártir Sebastián

has dado la fuerza

de sostener hasta el final

la pacífica batalla de la fé

Danos también a nosotros la fuerza de afrontar,

todas las adversidades y de caminar

con entusiasmo hacia ti,

que eres la verdadera vida.

Por Cristo Nuestro Señor.

A partir da Catacombe di San Sebastiano, seguimos pela Via Appia Antica até a Tumba de Cecilia Metella, Via Appia Antica, 161. O ingresso inclui a visita a Terme di Caracalla no prazo de 7 dias.

 

fechada às 2as. feiras, nos demais dias das 9 às 17:45 horas

 

Construída durante o Império de Augusto* em honr à filha de um Consul Romano, é um mausoléu circular elevado em uma base quadrada, similar à de Augusto, só que menor.

 

* Gaius Tulius Caesar Octavianus Augustus, nascido no ano 63 a.C., primeiro imperador romano, de 27 a.C. até sua morte em 14 d.C. Seu orgulho era “ter encontrado Roma com tijolos e a ter deixado coberta de mármore”.

 

Retornamos para seguir, então, pela Via Appia Pignatelli até Sant’Urbano, onde pegamos o Archeobus, descendo na Termi di Caracalla e Stadio delle Terme.

 

Ruínas das antigas Termas de Caracalla, construídas entre 212 e 217, durante o governo do imperador romano Caracalla*, local para banhar-se, fazer esporte, estudar e relaxar. Conta com o Caldarium, o Tepidarium, o Frigidarium e o Natalio. Podiam acolher mais de 1.500 pessoas, num edifício que media 337 m x 328 m. Ainda em localização próxima, as Igrejas de Nereo e Achilleo e de San Sisto.

 

* Marcus Aurelius Antoninus, conhecido como Caracalla, nascido no ano 186 d.C., foi imperador romano, da dinastia dos Severos, de 211 até sua morte em 217.

 

Caldarium (calidarium, cella caldaria ou cella coctilium), nome dado pelos romanos aos cômodos das termas onde havia banhos públicos. Eram quartos muito quentes e cheios de vapor, em que a água era aquecida numa espécie de porão (hipocausto). Na ordem de sucessão dos quartos de banho das termas tinha-se o caldarium, o mais quente deles, o tepidarium e o frigidarium. O tepidarium era o local do banho morno (tépido), um grande círculo no corredor central para onde todos os outros corredores convergiam. Dele os banhistas se dirigiam aos outros banhos ou no caldarium ou no frigidarium. O frigidarium consistia numa piscina para imersão, última etapa dos banhos públicos, onde se tomava um banho frio, para fechar os poros, abertos nos banhos quentes do tepidarium e do caldarium. Também havia, em algumas termas, uma espécie de sauna seca, bastante quente para induzir a sudação (laconicum).

 

Daí fomos a pé até o Metro – Estação Circo Massimo com destino à Estação Termini.

 

. dia 09/05/2011

 

Stato della Città del Vaticano (Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano)

 

“Um pequeno território para uma grande missão.”

 

Papa Bento XVI

Tomamos o ônibus 64 na Estação Termini, descendo na Estação Saint Pietro.

Oficialmente, Vaticano era uma figura da mitologia romana que “abria a boca do recém nascido para que ele pudesse dar o primeiro grito, o primeiro choro”. Era também o nome de uma das sete colinas de Roma, onde se erguia o Circo de Nero e onde São Pedro foi martirizado e sepultado.

 

A palavra Vaticanus está relacionada ao sentido de profecia. Juntando vatic + anus tem-se Colinas da Profecia.

 

O Vaticano é uma cidade-estado soberana, cujo território consiste em um enclave murado, dentro da cidade de Roma, às margens do Rio Tibre (Tevere)*.

 

* Terceiro rio mais longo da Itália, depois do Pó e do Adige. Nasce na Toscana, atravessa a Umbria, depois o Lácio e deságua no Mar Tirreno. Desde a fundação de Roma, o Tibre foi a alma da cidade, considerado uma divindade, personificada no Pater Tiberinus. Hoje, sua utilização se limita a fins esportivos e turísticos. Nas margens do Tibre encontra-se o Castelo de Santo Ângelo, ex-residência oficial do Papa, cuja construção teve início em 139, sua atual designação é de 590.

 

O menor Estado do mundo, tanto em área (0,44 km²), como em população (cerca de 800 habitantes em 2007) foi criado em 1929 pelo Tratado de Latrão* e é um estado eclesiástico ou sacerdotal-monárquico, governado pelo bispo de Roma, o Papa, que detém os poderes legislativo, executivo e judicial. É o território soberano, neutro e inviolável da Santa Sé (Sancta Sedes)* e local de residência do Papa, o Palácio Apostólico. Anteriormente, os papas residiam no Palácio de Latrão, na Colina Celio, no lado oposto de Roma, local que Constantino deu ao Papa Milcíades em 313.

 

* Tratado de Latrão assinado pelo ditador fascista Benito Mussolini e pelo Papa Pio XI, pondo fim a chamada Questão Romana, disputa entre Estado e Igreja, em terras doadas em 756 por Pepino, o Breve, rei dos francos.

 

* Santa Sé é a denominação jurídica internacional da sede da Igreja. Representa a Igreja Católica no foro internacional e tem o status de um país independente e autônomo, reconhecido pela maioria dos países. Seus embaixadores são os Núncios Apostólicos.

 

É fundamentalmente urbano, não possuindo terras reservadas a agricultura ou outro tipo de exploração de recursos naturais.

 

A defesa do país é de responsabilidade da Itália e a segurança do Papa fica a cargo da Guarda Suíça, assim como as três entradas da Cidade do Vaticano: a Porta de Bronze, à direita da Basilica di San Pietro; o Arco dos Sinos, à esquerda da Basilica e o Portão de St. Anne’s pela Via di Porta Angelica.

 

Nosso acesso foi pelo Largo di Porta Cavalleggeri.

 

Possui banco, correios, emite moedas, selos e passaportes e até um sistema judiciário próprio, bem como estação de rádio (Rádio Vaticano), jornal oficial (Acta Apostolicae Sedis e L’Osservatore Romano), domínio na internet, sistema de telefonia, estação ferroviária, heliporto, instituições de ensino superior, cultural e de arte e algumas Embaixadas.

 

Cabe registrar que compramos um exemplar do L’Osservatore Romano, Giornale Quotidiano Politico Religioso, Anno CL n. 106, Città del Vaticano, domenica 9 maggio 2010, Dia das Mães.

 

Fora da Cidade do Vaticano, o Estado possui 13 edifícios em Roma, um deles o Castel Gandolfo, residência de verão do Papa.

 

Piazza Pio XII

Piazza San Pietro, cercada por 284 colunas, local onde os fiéis se reúnem aos domingos, ao meio-dia para receber a benção dada pelo Papa, que chega até a janela para saudar a multidão, garantia de uma emoção inenarrável. Podem imaginar o que é ver o Papa nessa janela e dele receber a benção exatamente no Dia das Mães ? E, ainda, que ao se dirigir à multidão que o aguardava, ele o tenha feito primeira e especialmente aos brasileiros e ao Brasil ? Ocasião em que mencionou a realização do XVI Congresso Eucarístico Nacional, em Brasília, que ocorreria na semana seguinte, de 13 a 16/05/2010, como parte das comemorações pelos 50 anos de fundação da capital federal.

 

Benedizione Papale

Benedetto XVI

Que la Bendición Apostolica,

 

que imparto a todos con mucho afecto,

sea prenda de mi benevolencia universal

y de la reconciliacion de los corazones.

Basilica di San Pietro

 

Pedro foi executado no ano 64 d.C., durante o reinado do Imperador Nero. Sua execução foi um dos muitos martírios de cristãos na sequência do grande incêndio de Roma. Ele foi executado de cabeça para baixo, à seu próprio pedido, perto do Obelisco, no Circo de Nero. Seus restos mortais foram enterrados fora do Circo, na Colina do Vaticano, a menos de 150 m do local de sua execução. Seu túmulo foi inicialmente marcado apenas com uma pedra vermelha, símbolo de seu nome. Um santuário foi construído neste local, alguns anos mais tarde. Quase 300 anos depois, entre 326 e 333 d.C. o Imperador Constantino começou a construir a antiga Basílica, sobre o templo simples dedicado ao Apóstolo, atendendo a pedidos de sua mãe, Santa Helena.

 

Tão grande era a motivação de Constantino para a construção desta Basílica, que ele, como Imperador, passou por cima da lei romana, relativa ao sepultamento e à inviolabilidade da sepultura, ao terraplanar a base da colina vaticana, soterrando grandiosos mausoléus romanos, mas conservando intacto o “troféu de Pedro”*, como a pedra angular sobre a qual se edificaria o altar da “Confissão de São Pedro”.

* troféu de Pedro – termo registrado em carta, no final do século II, por um padre romano chamado Gaio, referindo-se à construção celebrativa sobre o túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo, no Vaticano e na Via de Ostia, respectivamente.

 

Durante dois séculos foi preservada sua concepção original, contudo, depois sua construção foi se deteriorando.

 

A dedicação da Basílica a São Pedro foi feita pelo Papa Silvestre (314-335).

 

O desejo de uma igreja de grandiosidade apropriada para servir à cristandade, assim como a transferência da residência papal para o Vaticano, fizeram nascer planos de uma igreja nova.

 

No pontificado do Papa Júlio II (1503 a 1513) decidiu-se derrubar a velha igreja de São Pedro.

 

Em 18/04/1506, Bramante recebeu o encargo de desenhar a nova igreja, um edifício centralmente planificado, com um domo colocado sobre o centro de uma cruz grega, com braços de idêntico tamanho, forma, que correspondesse aos ideais da Renascença.

 

Bramante foi sucedido por Rafael, Fra Giocondo, Giuliano da Sangallo, Baldassare Peruzzi, Antonio da Sangallo.

 

O Papa Paulo III (pontificado de 1534 a 1549), por sua vez, em 1546, entregou a direção dos trabalhos a Michelangelo, que aos 72 anos ficou fascinado com o domo, concentrando nele seus esforços, contudo, não conseguindo completá-lo antes de morrer, em 1564.

 

O domo pesa 39 mil toneladas, tem 42 metros de diâmetro e altura de 132,5 metros e graças aos planos de Michelangelo e a um modelo em madeira, Giacomo della Porta foi capaz de terminá-lo, com ligeiras modificações. Terminado em 1590, ainda é hoje uma das maravilhas da arquitetura ocidental.

 

Vignola, Pirro Ligorio, Giacomo della Porta continuaram os trabalhos na Basilica.

 

Construída sobre as fundações da primeira, conservou apenas a parte superior da “Confissão de São Pedro”, agora subsolo ou cripta da Basilica atual (grotte vaticane, com os túmulos papais).

 

Mudanças na Liturgia, introduzidas pelo Concílio de Trento, fizeram necessárias outras mudanças sob o pontificado do Papa Paulo V (1605 a 1621), que encarregou Carlo Maderno de aumentar a nave, criando uma cruz latina e também completando, em 1614, a famosa fachada.

 

O Papa Urbano VIII dedicou a nova igreja em 18/11/1626, exatamente 1300 anos depois da data em que a primeira basilica fora dedicada e 126 anos após o início da nova construção.

 

Em 1629, Gian Lorenzo Bernini começou a construir as torres sineiras na fachada, que ruíram por deficiências estruturais.

 

Trinta anos mais tarde, Bernini redesenhou a Praça de São Pedro, mudando alguns aspectos do domo de Michelangelo e, sobretudo, unificando todos os edifícios de forma harmoniosa.

 

Os trabalhos terminaram quando se acrescentou uma sacristia, sob o pontificado de Pio VI (1775-1799).

 

A Basílica de São Pedro é a maior de todas as igrejas católicas, com área de 23 mil m² e capacidade para mais de 60 mil pessoas.

 

Sua cúpula é uma característica dominante do horizonte de Roma, adornada com 140 estátuas de santos, mártires e anjos.

 

Embaixo do altar está enterrado São Pedro.

 

Algumas obras-primas da Basílica de São Pedro:

 

. a cúpula;

 

. o pórtico, porta de bronze do século XV, a Porta Santa;

 

. a estátua de bronze de São Pedro;

 

. o túmulo do Papa Urbano VIII;

 

. o baldaquino e a cadeira de Pedro (Cathedra Petri);

 

. a Capela do Sacramento;

 

. o túmulo do Papa Inocêncio VIII, de 1498;

 

. a entrada do túmulo de São Pedro;

 

. a sacristia e a nova sacristia;

 

. o Museu do Tesouro de São Pedro (Museo del Tesoro di S. Pietro);

 

. a imagem de São Longuinho;

 

. a Pietà, por Michelangelo*;

 

. a Fonte dos Quatro Rios.

 

* Michelangelo, então, com 23 anos, ficou tão apaixonado por esta sua primeira grande obra, que deixou gravado seu próprio nome na faixa que atravessa o seio da Virgem Maria, o que não se repetiu em nenhuma outra obra sua. A escultura encontra-se protegida por um vidro à prova de bala.

 

As escavações na cripta foram iniciadas em 1939 pelo então recém-eleito Pio XII, motivadas inicialmente para o sepultamento de Pio XI, conforme seu último desejo, transformando-se, contudo, na descoberta da região soterrada por Constantino, revelando uma pequena via com as laterais cercadas por necrópoles e a presença de três muros da época constantina: o muro de contenção, o muro G e o muro rosso, este último protegendo o próprio trofeu de Pedro, restaurados sob a orientação dos arqueólogos.

 

330 degraus levam até a cúpula.

 

Por uma enorme Graça de Deus, nos confessamos, assistimos a Missa das 9 horas e comungamos na Basilica di San Pietro.

 

Após visitamos o Capitolo di San Pietro in Vaticano – Museo Storico Artistico Tesoro de San Pedro.

 

A parada seguinte foi para almoçar no Don Chisciotte, na Via della Conciliazione, 5-A, via em frente à Basilica de São Pedro em direção ao Castel Sant’Angelo.

 

http://www.gruppodonchisciotte.com/

 

Museo Nazionale Castel Sant’Angelo, Lungotevere di Castello, 50.

 

O castelo foi construído em 139, às margens do Rio Tevere, como mausoléu do Imperador Adriano e, desde então, teve várias funções, como peça fundamental da muralha aureliana, cidadela medieval, calabouço e porto seguro dos papas durante épocas de crise política.

 

De seu terraço superior tem-se uma linda vista do Rio Tevere, do domo superior da Basílica de São Pedro e da cidade.

 

Um corredor liga o Castelo ao Palácio do Vaticano, garantindo a fuga dos papas.

 

O Papa Gregório, o Grande, teria tido uma visão do Arcanjo Miguel, no século VI, quando conduzia uma procissão por uma ponte, rezando pelo fim da peste em Roma. Esta teria sido a origem do nome dado ao Castelo.

 

Aqui existe um museu, onde se pode ver os apartamentos papais, tais como eram na época em que o palácio era moradia dos papas, com sua decoração original.

 

São vários os locais a serem visitados no prédio, entre eles o pátio do anjo, na parte superior, pátio de munições, onde ficam antigas balas de canhões empilhadas.

 

Retornando à Piazza Pio XII, no caminho, tomamos os famosos gelatos.

 

O ônibus 64 na Estação Saint Pietro nos levou de volta à Estação Termini.

 

Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (1475-1564) nasceu em Caprese, região da Toscana e morreu em Roma, aos 88 anos de idade.

 

Em Bolonha esculpiu três estátuas para o túmulo de São Domingos.

Em Florença esculpiu em madeira a “Crucificação”, pintou o afresco “Batalha de Cascina” para a sala do Conselho do Palazzo Vecchio (1504), posteriormente destruída. Na mesma ocasião, Leonardo da Vinci pintava “A Batalha de Anghiari” na parede oposta. Entre 1514-1534 residiu em Florença. Em 1520 projetou uma capela mortuária na Igreja de São Lourenço, que abrigaria os sepulcros da família Médice, que conta com as estátuas de Juliano e Lourenço, o Magnífico, dispostas em nichos sobre as tumbas, além de quatro figuras em mármore, representando o mundo terreno em gradações do dia: “Aurora”, “Dia”, “Crepúsculo” e “Noite”. Em 1524, projetou a Biblioteca Laurenziana. No período republicano projetou a fortificação da cidade contra os ataques dos exércitos papal e imperial.

 

Em Roma esculpiu “Baco” (1496), contudo, sua grande obra do período foi a Pietà, de mármore, que se encontra na Basílica de São Pedro, na qual a cena trágica contrasta com a serenidade do jovem rosto da Virgem. Em 1508 concluiu uma estátua de bronze para a Igreja de São Petrônio, por encomenda do Papa Júlio II, dando início, ainda, às pinturas dos afrescos da parte ampliada da Capela Sistina, concluídas em 1512. Em 1513, retomou o projeto já reduzido do Mausoléo para o qual idealizou sua célebre estátua de “Moisés”, de mármore, e duas figuras torturadas de escravos. Em 1534, foi nomeado pelo Papa Paulo III escultor, pintor e arquiteto oficial do Vaticano, fixando, então, residência definitiva em Roma. Entre 1536 e 1541, realizou no altar da Capela Sistina o grande afresco “Juízo Final”, gigantesca composição, dominada pela vigorosa figura de Cristo que, como juiz universal, ordena a salvação dos bem-aventurados e o castigo dos pecadores, demonstrando as inquietudes espirituais do já idoso Michelangelo. A partir de 1546, criou as janelas do segundo andar e a grande ante-sala do Palazzo Farnese. Em 1538, já tendo transferido a estátua antiga do Imperador Marco Aurélio para o centro da Praça do Capitólio, reurbanizou a Praça. A partir de 1547, dirigiu os trabalhos da Basílica de São Pedro, a grande cúpula da Basílica é de sua autoria. Entre as esculturas de seus últimos anos, destaca-se a “Pietà Rondanini”.

Em Siena esculpiu as 15 figuras da Capela Piccolomini da Catedral (1501) e o colossal “Davi” (1504) de mármore, que se encontra na Academia de Belas-Artes de Florença.

 

Alternou seus trabalhos com a criação de uma obra poética de grande sensibilidade, escrita a partir de 1530: mais de 300 sonetos, madrigais e outros tipos de poemas, inclusive, fragmentos inacabados.

A temática de inspiração religiosa dominou sua arte a partir de 1498.

 

. dia 10/05/2010

 

Começamos o dia visitando a Basilica del Sacro Cuore di Gesú, na própria Via Marsala, 42, a rua do nosso hotel.

 

http://www.basilicadelsacrocuore.it/

Partindo de ônibus da Estação Termini, descemos na Via IV Novembro, 94, caminhando até e pelo Mercado e Fórum de Trajano, pela Via dei Fori Imperiali, que datam do século II. Definitivamente impressionante !!! De uma grandiosidade espantosa !!!

 

Os Mercados eram um conjunto de 150 lojas e escritórios, que vendiam frutas, flores, alimentos, seda e especiarias asiáticas.

 

Já o Fórum ficava em frente aos Mercados, junto a um basílica e a um espaço que funcionava como biblioteca, num conjunto em que se destaca a Coluna de Trajano, um obelisco com minuciosas cenas da guerra vencida pelo exército de Trajano na região em que hoje é a Romênia. Feita com 19 blocos de mármore, que contam a história do Imperador, coroada com uma estátua de São Pedro do século XVI.

 

Arcos e colunas, assim como fontes portentosas e estátuas de figuras mitológicas e santos são uma constante em Roma e incluem 11 obeliscos egípcios originais trazidos do Egito, quando César e Marco Antônio conquistaram a região, além de uma coluna dedicada a Marco Aurélio, com uma estátua de São Paulo no alto, uma verdadeira obsessão romana por ostentar suas glórias e sua grandeza nos tempos em que dominava o mundo, incluindo detalhes que celebravam e reforçavam a fé católica.

Continuando pela movimentadíssima Via dei Fori Imperiali para chegar à Piazza Venezia.

Centro geográfico de Roma, conta com enorme monumento, Il Vitoriano, erguido entre 1885 e 1991, em homenagem a Vittorio Emanuele, o primeiro rei da Itália unificada, guarda o túmulo do soldado desconhecido.

 

Este monumento, por não ser uma unanimidade entre os locais, ganhou apelidos como “bolo de noiva”, “elefante branco” e “máquina de escrever”, este por causa das escadarias e disposições das estátuas.

 

Conta com elevador panorâmico.

 

Basílica de Santa Maria in Ara Coeli, Scalla dell’Arce Capitolina, 12.

 

Campidoglio

Numa das sete colinas de Roma, a mais famosa delas, fica a Praça do Capitólio, em forma de trapézio, projetada por Michelangelo no século XVI, que criou também a bela escadaria, que dá acesso à praça e à fachada dos três palácios ali localizados (Nuovo, Senatório e dei Conservatori), os Museus Capitolinos. Piazza del Campidoglio, 1.

 

http://www.museicapitolini.org/

Ao redor da Piazza Venzia estão:

 

. Palazzo di Venezia;

 

. Palazzo d. Assicurazioni Generali;

 

. Chiesa Santa Maria di Loreto, uma igreja renascentista e

 

. Piazza Madonna di Loreto.

 

Em frente a Piazza Venezia, a Via del Corso, uma rua inteiramente comercial.

 

A Via del Corso atravessa o coração da cidade e, seguindo o traçado da Via Flaminia, de 2200 anos de idade, termina na Piazza Venezia, local do antigo poder, o Campidoglio e o Fórum Romano.

 

Palazzo Doria Pamphilj, no nº 305 da Via del Corso, tem salões decorados com espelhos, forrados de veludo, tapeçarias e paredes cobertas de quadros importantes, dentre os quais um retrato de Velázquez do Papa Inocêncio X.

 

http://www.doriapamphilj.it/

 

Chiesa di San Marcello al Corso, Via del Corso, igreja renascentista.

 

Almoçamos no Ristorante da Diego, Vicolo Sciarra, 60.

 

Na Via dei SS. Apotoli, transversal a Via del Corso, no nº 20, embarcamos no Time Elevator Experience para um divertido resumo da história da Cidade Eterna, numa viagem de 45 minutos pelos principais acontecimentos dos quase três mil anos de história de Roma. Uma emocionante máquina do tempo.

 

http://www.timeelevator.it/

Colonna di Marco Aurelio

Galleria Alberto Sordi

Chiesa di San Lorenzo in Lucina, igreja medieval, a Piazza di San Lorenzo in Lucina, 16.

 

Chiesa di Santi Ambrogio e Carlo al Corso

Largo del Lombardi

Ospedale San Giacomo

Chiesa di Gesú e Maria, igreja barroca, à Via del Corso, 45.

 

Ave Mamma, piena di grazia, Madre di Dio e della Chiesa.

Piazza del Popolo (Praça do Povo), enorme piazza oval, que assumiu sua forma atual em 1811, quando Napoleão controlava a cidade e da qual partem três longas retas, o famoso Il Tridente, a Santíssima Trindade de Roma, que se abrem com talhos impressionantes, oferecendo vistas grandiosas: a Via Babuino, a Via del Corso e a Via di Ripetta.

 

Chiesa di Santa Maria del Popolo, igreja renascentista, edificada em 1099, na Piazza del Popolo, 12.

 

Porta del Popolo, antiga porta Flaminia da Muralha Aureliana, através da qual se acessava a cidade pela Via Flaminia, construída em 220 a.C. para ligar Roma ao Mar Adriático. Até meados do século XIX, principal ponto de entrada da cidade.

 

Retornando à Piazza Venezia pela mesma Via del Corso, agora pelo outro lado da rua, para retornar ao hotel.

 

. dia 11/05/2010

 

De Metro Linha B, da Estação Termini à Estação Colosseo.

 

ColosseoUma das sete novas maravilhas do mundo !!!

 

Maior símbolo do Império Romano, este grande anfiteatro, em forma elíptico-ovalada, foi construído no século I, por ordem do Imperador Flávio Vespasiano, inaugurado no ano 80 d.C.

Na verdade, se chama Anfiteatro Flávio, mas é mundialmente conhecido por Coliseu, que vem de Colosso de Nero, em razão da grande (35 m de altura) estátua de bronze dourada deste Imperador, encontrada durante sua construção.

Com 48 m de altura e 190 m de extensão, tinha capacidade para até 73 mil pessoas.

 

Além dos cinco anéis de arquibancadas, acessados por 80 entradas, contava com um sistema de elevadores e jaulas subterrâneas, onde ficavam os gladiadores e os animais que entrariam em combate.

 

De acordo com os registros históricos, nos 100 dias de espetáculos de sua inauguração, milhares de gladiadores e feras foram mortos.

Esta arena foi palco destes espetáculos até o século V, quando o cristianismo foi adotado como religião oficial de Roma, passando a ser, a partir do século XVII, considerado lugar sagrado pela Igreja.

Perto do Coliseu está o Arco di Constantino, de 315 d.C., que celebra a vitória deste Imperador sobre Maxêncio.

Foro Romano, Piazza Santa Maria Nova, 53, Lardo della Salara Vecchia, 5.

 

Local onde se desenvolviam as atividades comerciais, judiciais, políticas e religiosas desde o século VII a.C., quando a cidade foi fundada e que ganhou, no século I, outras construções conhecidas como Fóruns Imperiais.

 

Fóruns Imperiais, Via dei Fori Imperiali.

 

Construídos para aliviar o intenso movimento do Fórum Romano. O primeiro foi o de Júlio Cesar (Foro di Cesare), iniciado no ano 54 a.C., seguido pelos Fóruns de Augusto, Vespasiano, Nerva e Trajano.

 

Logo no início desta caminhada, imperdíveis as abóbadas que restaram da Basílica de Constantino e Massenzio*, do século IV; os Arcos de Tito e Sétimo Severo, e, bem mais a frente, a Cúria, ponto de reunião do Senado, que foi reconstruído.

 

*Basílica de Constantino, também chamada de Basílica de Magêncio, ou, ainda, Basílica Nova, iniciada por Magêncio, concluída por Constantino I, uma das últimas basílicas civis construídas no Fórum Romano, cujas ruínas podem ainda ser apreciadas. Constantino deu prosseguimento à sua construção após a vitória sobre Magêncio na Batalha da Ponte Mílvio em 312.

 

As demais ruínas são, na maioria, templos ou basílicas, como a Basílica Giulia*, em homenagem ao Imperador Júlio César.

 

*Basílica Júlia, homenagem a Júlio César, que a dedicou em 46 a.C., a partir dos destroços provocados pelas Guerras Gálicas, completada por César Augusto, mas incendiada pouco depois, não sendo reconstruída durante vinte anos, só vindo a ser reconstruída por Diocleciano após o incêndio de Roma em 283.

 

Na Casa das Virgens Vestais viviam as sacerdotisas que vigiavam o Fogo Sagrado do Templo di Vesta.

 

Mais uma vez almoçamos no Ristorante da Diego, Vicolo Sciarra, 60.

 

Oratório del SS. Crocifisso

Chiesa di Santa Rita delle Vergini

Chiesa di Santa Maria in Trivio

 

Fontana di Trevi, Via del Tritone, 53, na Piazza di Trevi, criada por Nicola Salvi e concluída em 1762, retrata Netuno, o Deus do Mar, ladeado por dois tritões, um que tenta dominar um cavalo-marinho arredio e o outro que simplesmente cavalga o animal.

 

*tritao – Deus marítimo, descendente do divino Tritão, filho de Netuno e Anfitrite.

Apareceu numa cena do filme La Dolce Vita com Anita Ekberg e Marcellos Mastroianni.

 

Contemplar a perfeição deste monumento, mais importante e famosa fonte local e do mundo, só seguindo caminho depois de jogar uma moeda por trás do ombro direito, o que, segundo a lenda, garante o retorno a Roma.

. 12/05/2010

 

Da Estação Termini à Estação San Giovanni.

 

Piazza di Porta San Giovanni

 

Basilica di San Giovanni in Laterano (São João de Latrão)

 

Latrão, em italiano Laterno ou Laterano, designa um local, no centro da cidade de Roma e todo um magistral complexo arquitetônico formado pelo Palácio Laterano, o Obelisco Laterano, o Batisterium e a Basílica de São João de Latrão.

 

Em decorrência do Tratado de Latrão, em 11/02/1929, a Santa Sé tem soberania sobre o local, apesar de situado fora dos muros do Estado da Cidade do Vaticano.

 

Durante o Império Romano, no local havia uma propriedade da família dos Lateranos, confiscada em decorrência da acusação de que um de seus membros conspirava contra o Imperador Nero.

 

No ano de 161, Marco Aurélio construiu neste local um palácio. Sabe-se que este palácio encontrava-se em posse do Imperador Constantino I, quando este estava casado com sua segunda esposa, Fausta, irmã de Magêncio, tendo ficado conhecido como “Domus Faustae” ou “Casa de Fausta”, e que foi doado ao Bispo de Roma, acredita-se que por ocasião do pontificado do Papa Melquíades, para hospedar um sínodo de bispos realizado em 313.

 

A Basílica foi fundada por Constantino para ser a principal igreja de Roma, a única dentro dos muros que cercavam a cidade e que por isto serviu de Catedral.

 

A dedicação oficial do Palácio e da Basílica foi presidida pelo Papa Silvestre I em 324, declarando ambos “Domus Dei” ou “Casa de Deus”. Inicialmente, dedicada ao Salvador, Basilica Salvatoris, posteriormente dedicada, também, a São João Batista e São João Evangelista.

 

No seu interior, em toda a largura, havia uma espécie de átrio, quase quadrado, que servia de local de meditação e purificação.

 

Durante a Idade Média, foram realizados cinco grandes concílios ecumênicos nesta Basílica, conhecidos como Concílios de Latrão.

 

Desta igreja subsistem o importante claustro, do século XIII, e algumas partes da igreja.

 

Até 1309, ao lado da Basílica e do Palácio Laterano, se situava a residência do Papa, cujo resquício ainda é visível na Capela Sancta Sanctorum e na Scala Santa.

 

Todos os papas foram entronizados nesta Basílica até o século XIX.

 

Na fachada, diante da Praça de São João de Latrão, se vê a chamada “loggia da bênção”, uma estrutura de dois andares, de onde o papa dava sua bênção tradicional no dia da Ascensão. Dentro, uma estátua de bronze do Rei Henrique IV de França, feita em 1608, pelas generosas doações. Desde então, todos os chefes de Estado da França são cônegos honorários da Basílica.

 

Sua modificação mais importante data de 1650, quando o Papa Inocêncio X (pontificado de 1644 a 1655) transformou a velha basílica longitudinal, dando-lhe mais amplitude. As flores-de-lis são referência ao Rei Carlos V de França. Os bustos de prata dourada de São Pedro e São Paulo, na Idade Média, acreditava-se que continham as próprias cabeças dos apóstolos.

 

Abaixo do altar está o túmulo do Papa Martinho V (pontificado de 1417 a 1431), que, nesta igreja, em 1417, deu por findo o Grande Cisma. Entre 1733 e 1736 foi acrescentada a fachada monumental e em 1886, o Papa Leão XIII (pontificado de 1878 a 1903) mandou alargar o coro.

 

Situada na Praça de mesmo nome (Piazza di S. Giovanni in Laterano), seu nome oficial é Archibasilica Sanctissimi Salvatoris (Arquibasílica do Santíssimo Salvador), considerada a “mãe” de todas as igrejas do mundo. Tem o título honorífico de Omnium Urbis et Orbis Ecclesiarum Mater et Caput (Mãe e Cabeça de todas as Igrejas de Roma e do Mundo). Catedral do Bispo de Roma, o Papa, sede oficial do Papado, contem o trono papal (Cathedra Romana), o que a coloca acima de todas as igrejas do mundo, inclusive, da Basílica de São Pedro.

 

Tivemos oportunidade de visitar o Chiostro Lateranense, o claustro.

O Batistério Octogonal de Latrão é, provavelmente, o mais antigo do cristianismo, considerado o protótipo dos batistérios. Foi construído com forma de rotunda (construção circular terminada em cúpula), por volta de 313 ou 315, por Constantino, que teria sido ali batizado.

 

A forma octogonal com a fonte ao centro foi criada em 432, quando o Papa Sisto III substituiu o edifício de Constantino pela nova estrutura. Dentro há paredes decoradas com afrescos feitos no século XVII, que mostram a vida de Constantino, outros com cenas da vida de São João Batista. As capelas laterais são dedicadas a Santa Rufina, São Venâncio e São João e datam dos séculos V a VII.

 

O teto da Capela de São João Batista tem ao centro o Cordeiro de Deus e ao redor guirlanda mostrando as estações do ano, vasos de flores e pares de pássaros.

 

O Obelisco Laterano é o maior de Roma com 45,70 m de altura, considerado o embasamento e a cruz. Foi construído na época dos faraós Tutmósis III e Tutmósis IV (século XV a.C.) e é proveniente do Templo de Amon, em Tebas (Egito). Foi transportado para Roma pelo Imperador Constantino II em 357 e colocado no Circus Maximus, onde já se encontrava o Obelisco – Flamínio. Refundido em três partes em 1587 com o Obelisco Flamínio foi erguido em sua atual posição, na Praça São João de Latrão, em 1588, por solicitação do Papa Sisto V.

 

A Scala Santa (Escada Santa) contem 28 degraus de mármore cobertos com madeiro e, segundo a tradição católica, teria pertencido a casa de Pôncio Pilatos e teria sido utilizada por Jesus para acessar a sala de seu interrogatório, no dia em que foi condenado à morte. Afirma-se que foi trazida de Jerusalém para Roma por Santa Helena, mãe de Constantino, ano 326 d.C. Atualmente, os peregrinos podem apenas subi-la de joelhos.

 

Pela Via di San Giovanni in Laterano até a Basilica San Clemente, igreja medieval do século XII, erguida sobre uma igreja do século IV, que por sua vez está sobre um templo do século I. Túneis e degraus revelam todos estes níveis.

 

Pela Via dei Normanni, atravessando a Via Labicana para o Parco Colle Oppio e dentro dele a Domus Aurea e a Terme di Traiano.

 

Domus Aurea, Via della Domus Aurea, 1, ruínas da casa que o Imperador Nero mandou construir depois do incêndio de Roma no século I. Esta casa tinha suas fachadas inteiras de ouro.

 

Atravessando a Via Salvi, seguindo pela Via del Colosseo e pela Via Cardello até a Via Cavour para, então, atravessar o Largo Corrado Ricci e seguir pela Via dei Fori Imperiali.

 

Antes a Chiesa S. Maria della Neve.

 

Chegando a Piazza Venezia, mais uma vez seguindo pela Via del Corso em direção à Fontana di Trevi.

 

Pegando a Via dei Lavatore para ingressar na Vicolo Scanderberg até a Piazza Scanderberg onde fica o Museo Nazionale delle Paste Alimentari, infelizmente, fechado para restauro, não permitindo conferir a história do macarrão.

 

http://www.museodellapasta.it/

http://www.pastainmuseum.com/

Daí seguindo a Via della Stamperia até a Via del Tritone, por esta até a Piazza Barberini, onde é possível ver a Fontana di Tritone, obra de Bernini, de 1643.

 

Entrando na Via Vittorio Veneto, a rua mais famosa e elegante de Roma, de pronto se avista a Fontana delle Api.

 

Ao percorrê-la os luxuosos hotéis Excelsior, Palace, Ambasciatori e Majestic, além do Palazzo Margherita, sede da embaixada americana.

 

Na Via Vittorio Veneto, 27, a Chiesa de Santa Maria della Concezione o dei Cappuccini, desenhada por Antônio Casoni, construída entre os anos de 1626 e 1631, tem a cripta dividida em cinco pequenas capelas decoradas com ossos de cerca de 4 mil frades capuchinhos, alguns mumificados com suas vestes. São as capelas da Ressurreição; das bacias; das tíbias e dos fêmures e dos três esqueletos, sendo que até os lustres são de ossos. Os ossinhos dos dedos das mãos e pés estão colados no teto, formando lindas alegorias rococós. Na porta você lerá:

 

“quello che voi siete noi eravamo; quello che noi siamo voi sarete”,

“o que você é agora, um dia fomos; o que somos agora, você será” .

Ossários ou ossuários (local onde se depositam os ossos humanos extraídos dos cemitérios). Segundo a wikipédia, a escolha por decorar uma capela com ossos pode parecer macabra, mas, é, na realidade, uma forma de exorcizar a morte e de destacar como o corpo é apenas um guardador de alma e tal como, uma vez abandonado o guardador, pode ser reutilizado de outra forma. Fato é que é inusitado, surpreendente pela idéia e pela capacidade humana de fazer arte.

 

http://www.cappucciniviaveneto.it/

Ainda na Via Vittorio Veneto, 62, o Hard Rock Cafe.

 

Retornando à Piazza Barberini para descer caminhando a Via del Tritone de um lado e subir pelo outro.

 

Oratorio dell’Angelo Custode

De Metro da Estação Barberini à Estação Termini.

. dia 13/05/2010

 

De Metro Estação Termini à Estação Basilica San Paulo

Basilica di San Paolo Fuori de Mura (Basílica de São Paulo Extramuros ou Basílica de São Paulo Fora de Muros)

 

Na zona sul de Roma, na Via Ostiense, 186, antiga estrada que levava ao Porto de Óstia, próxima à margem esquerda do Tibre e a aproximadamente 2 km da Muralha Aureliana, saindo pela Porta São Paulo, daí o nome “fuori le mura” (fora de muros ou extra-muro).

 

Nesta Basílica:

. o Papa João XXIII anunciou o Concílio Vaticano II em 1959;

. o Papa Paulo VI, em 04/12/1965, celebrou uma “Liturgia da Palavra” especial, para os protestantes que participaram no Concílio Vaticano II como observadores;

. o Papa João Paulo II anunciou seus planos para o encontro inter-religioso de Assis, realizado em 1986;

. o mesmo Papa João Paulo II abriu a Porta Santa em 2000 para o Ano Santo do Novo Milênio, juntamente com o Patriarca cismatico de Constantinopla e o Arcebispo anglicano de Cantuária;

. aqui todos os anos é realizada a liturgia de encerramento da Semana de Orações para a Unidade dos Cristãos, antigo evento católico, que se tornou ecumênico a partir do Concílio Vaticano II, agora realizado em conjunto com o Conselho Mundial das Igrejas;

. o Papa Bento XVI promulgou em 31/05/2005 documento (Motu Proprio – “A Antiga e Venerável Basílica”) celebrando a memória da Basílica enquanto lugar de acontecimentos ecumênicos e estimulando mais iniciativas nesta linha para o futuro;

. o Papa Bento XVI proclamou em 28/06/2007, na vigília da solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo, um Ano (junho/2008 a junho/2009) especialmente dedicado a São Paulo, por ocasião dos dois mil anos do nascimento do “Apóstolo dos Gentios”, afirmando, ainda, em 28/06/2007, que as celebrações iriam se caracterizar por uma “dimensão ecumênica”;

. em 21/01/2008 o Serviço de Informações do Vaticano confirmou, como parte das comemorações do Ano Paulino, que a Basílica de São Paulo Extramuros abriria uma capela ecumênica onde membros de várias seitas não católicas poderiam realizar seus atos litúrgicos;

. aqui também foi realizado, de 05/10 a 26/10/2008, o primeiro Sinodo dos Bispos fora do Vaticano, para enfatizar seu aspecto ecumênico, inclusive, pela primeira vez também um Patriarca carismático, Bartolomeu I, discursou em um Sínodo católico, trazendo as saudações das Igrejas Ortodoxas àquele que foi o “Apóstolo das Nações” antes de seguir para Roma e sofrer o martírio. Estiveram presentes representantes do Patriarcado de Constantinopla, de Moscou, Sérvia e Romênia, da Igreja Ortodoxa da Grécia, da Igreja Apóstolica da Armênia, da Comunhão Anglicana, da Federação Mundial Luterana, da Igreja dos Discípulos de Cristo e do Conselho Mundial das Igrejas, além de vários não-católicos convidados.

Num ato ecumênico inédito, um rabino fez uma preleção no Sínodo, mostrando como o povo judeu lê e interpreta a Sagrada Escritura – uma leitura do Antigo Testamento sem relação com Jesus Cristo.

O Papa enviou sete cardeais de sua cúria aos vários lugares paulinos santos pelo mundo para presidir o encerramento do ano jubileu dedicado ao Apóstolo São Paulo: na Terra Santa, em Damasco, no Chipre, em Atenas, em Malta, no Líbano e em Tarso, na Turquia, onde o apóstolo nasceu.

De fato, São Paulo Extramuros tornou-se uma “basílica ecumênica” devido à recente história de marcantes eventos ecumênicos nela realizados.

Desde os tempos mais antigos até o século XIX, dadas as necessidades defensivas, as cidades européias costumavam ser circundadas por muralhas dentro das quais se encerravam os palácios, templos, edifícios públicos e habitações privadas, garantindo proteção e segurança tanto aos cidadãos quanto aos seus bens materiais.

Também Roma recebeu de seus fundadores, os irmãos Rômulo e Remo, segundo a lenda, uma muralha para sua defesa. Com o passar dos anos e o crescimento da urbe, foram construídas outras. No tempo do Imperador Aureliano (270-275) tais muros, com 6 m de altura e 3,5 m de espessura, se estendiam por 20 km.

Este santuário foi construído no século IV, sob os auspícios do Imperador Constantino, o primeiro imperador romano a abraçar o cristianismo e fazer desta a religião oficial do Império, sobre um antigo cemitério fora das muralhas de Roma, daí seu nome, exatamente onde se encontrava o túmulo do “Apóstolo dos Gentios”, decapitado entre os anos 62 e 65 no governo do Imperador Nero, durante a perseguição aos primeiros cristãos, submetidos a várias formas de martírio, inclusive crucificações, para diversão dos romanos, que aconteciam nos jardins e no circo privado do Imperador, na localidade chamada Vaticano. Os Atos dos Apóstolos relatam que Paulo de Tarso chegou a Roma em 63 d.C. tendo aí sido preso e decapitado quatro anos mais tarde.

 

Em 324, o Papa Silvestre I consagrou-o em honra a São Paulo, dando início à história de uma das mais significativas igrejas de toda a Cristandade.

 

Esta construção acabou por tornar-se pequena para as dimensões adquiridas pelo Catolicismo. Sob o reinado conjunto dos Imperadores Teodósio (379-395), Graciano (375-392) foi demolida para dar lugar a uma nova construção, mais parecida com a Basílica Vaticana à época.

 

Entre os séculos IX e XIII recebeu novas ampliações e valiosas complementações artísticas, tornando-se a maior basílica de Roma, superada apenas quando da consagração da nova Basílica de São Pedro, em 1626.

 

Em julho de 1823, um incêndio destruiu praticamente toda a histórica igreja, deixando o túmulo à mostra. Consternado, o Papa Leão XII lançou um apelo a todos os fiéis para levantar fundos para sua imediata reconstrução. O respeito e admiração por São Paulo Apóstolo fizeram com que não somente os católicos atendessem ao apelo do pontífice. O Rei Fuad I, do Egito, doou colunas de finíssimo alabastro e o Czar Nicolau I, da Rússia, blocos de malaquita e lápis-lazúli para os altares laterais do transepto. Refeita, a Basílica foi consagrada em 10/12/1854, pelo Beato Pio IX, com a presença de grande número de Cardeais e Bispos que se encontravam em Roma para a proclamação do dogma da Imaculada.

 

Contem, ainda, o retrato de todos os papas da história da Igreja desde São Pedro.

 

Nela estão os restos mortais de São Paulo, no sarcófago que se conserva sob o altar maior, dito altar papal. O túmulo encontra-se entre os dois templos, construídos um sobre o outro, e sobre uma laje de mármore sobre o caixão está inscrita a frase: “Paulo Apostolo Mart” (Paulo Apóstolo Mártir), razão de um grande movimento de peregrinação. A partir do século XIII, data do primeiro Ano Santo, passou a fazer parte do itinerário jubilar para obtenção de indulgência e para ver celebrar a abertura da Porta Santa.

 

Segundo a crença popular, fragmentos da cabeça de São Paulo estariam na Basílica de São João de Latrão.

 

Em 2002, o Vaticano iniciou as escavações sob a cripta da Basílica de São Paulo, sendo a descoberta do sarcófago anunciada por Bento XVI em 22/09/2006, a 1,37 m abaixo do atual altar papal, uma lápide de mármore (2,12 m x 1,27 m), composta por diversas partes, sendo que a que traz o nome Paulo possui três orifícios, um redondo prolongando-se em tubo para inoculação de perfumes.

 

A construção tem 131,66 m de comprimento, 65 m de largura e 29,70 m de altura, é a 2ª maior dentre as quatro basílicas patriarcais de Roma, só superada pela Basílica de São Pedro na Cidade do Vaticano.

 

As áreas e o conjunto de edifícios que fazem parte de São Paulo Fora dos Muros pertencem a Santa Sé e não a Republica Italiana.

 

No documento Motu Proprio “A Antiga e Venerável Basílica” do Sumo Pontífice Bento XVI para a Basílica de São Paulo Fora dos Muros e para o conjunto extraterritorial, datado de 31/05/2005, consta:

 

“O Apóstolo dos Gentios ilumine e proteja todos aqueles que desempenham as suas funções na Basílica a ele dedicada e conceda ajuda e alívio a todos os fiéis e aos peregrinos que, com sincera devoção, visitam o lugar sagrado da memória do seu martírio, para reavivar a própria fé e invocar a salvaguarda sobre o caminho de santificação e sobre o compromisso da Igreja, em vista da propagação do Evangelho no mundo contemporâneo.”

Primeira Epístola aos Coríntios, Capítulo 13 – Excelência da caridade

 

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria ! A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará. A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita. Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança. Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido. Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é a caridade.”

Paulo de Tarso era descendente de uma família judaica de Tarso (Ásia Menor), tendo se convertido à religião cristã nascente após perseguir os primeiros adeptos, sendo considerado o evangelizador dos povos pagãos do Mediterrâneo.

 

Há uma estátua de São Paulo em frente à entrada da Basílica.

 

Ao lado da Basílica de São Paulo encontra-se, há treze séculos, a Abadia dos Monges Beneditinos, denominada, a partir de 07/03/2005, “Abadia de São Paulo Fora dos Muros”.

 

Tivemos oportunidade de visitar o Claustro.

 

De Metro, da Estação Basilica San Paulo seguimos para a Estação Termini e desta para a Estação Flaminio.

Piazzale Flaminio

Porta del Popolo

Piazza del Popolo

Chiesa di Santa Maria in Montesanto, Chiesa degli Artisti di Roma, Via del Babuino, 198, igreja barroca. Além de visitar esta igreja, tivemos oportunidade de visitar uma exposição de Luigina Rech: Roma-Capri “Mosaico di Luci”. Belíssimos trabalhos.

 

http://www.micromosaico.it/

 

Via del Babuino

 

O nome desta Via é uma referência a uma antiga estátua, que desde o século XVI repousa a meio caminho e considerada tão feia que chamada de babuíno. Esta é uma das três estátuas animadas ou falantes de Roma. No passado s romanos “falavam” soltando fumaça através destas estátuas e debochavam da elite governante da cidade.

 

Há outras na Piazza Pasquino e na Piazza Vidonhi.

 

Descemos a rua por um lado e subimos pelo outro lado.

 

Chiesa All Saints, Via del Babuino, 153, igreja anglicana dos anos 700 aos 800.

 

Chiesa di Sant’Atanasio, igreja católica de rito grego.

 

Alinari Rome, Via Alibert, 16-A, Largo Alinari, fotografias cobiçadas de Roma no século XIX.

 

http://www.alinarifondazione.it/

Piazza di Spagna

Fontana della Barcaccia

Scalinata di Spagna, liga a Piazza di Spagna e a Fontana della Barcaccia (parte baixa) à Piazza Trinità dei Monti e a Chiesa di Trinità dei Monti (parte alta).

 

Esta escadaria do século XVIII, terminada em 1726, leva ao local de encontro de pintores e suas modelos.

 

Piazza Trinità dei Monti, construída em 1495.

 

Chiesa della Trinità dei Monti, igreja renascentista.

 

Descendo de volta a Via del Babuino.

 

Piazza Mignanelli

 

Colunna dell’Immacolata

 

Retornamos à Piazza del Popolo pelo outro lado da Via del Babuino.

 

Na Piazza del Popolo, a Chiesa di Santa Maria dei Miracoli, exatamente igual, externamente, à de Santa Maria in Montesanto, apenas em esquinas distintas.

 

Metro Estação Flaminio à Estação Termini.

 

. dia 14/05/2010

 

Do outro lado da Estação Termini, seguimos a pé pela Via Cavour até a Piazza dell’Esquilino, onde encontramos a Basilica di Santa Maria Maggiore, que dá frente para a Piazza di Santa Maria Maggiore.

 

Basílica de Santa Maria Maior (Basilica di Santa Maria Maggiore) ou Basílica de Nossa Senhora das Neves ou Basílica Liberiana, uma das quatro Basílicas Maiores ou Patriarcais de Roma, construída entre 432 e 440, durante o pontificado do Papa Sisto III e dedicada ao culto de Maria, Mãe de Deus, cujo dogma da Divina Maternidade fora declarado pelo Concílio de Éfeso (431).

 

Nela um quadro de Maria que teria sido pintado por São Lucas.

 

Muitas imagens da Virgem Maria nas ruas proclamam que Roma é a grande cidade católica de Maria.

Em arquitetura, Basílica é um grande espaço coberto, destinado à realização de assembléias, cuja origem remonta à Grécia Helenística e cujo modelo foi largamente desenvolvido pelos romanos, mais tarde adaptado para os templos cristãos.

As Basílicas Romanas eram edifícios multifuncionais, que poderiam albergar áreas públicas, políticas, comerciais e sociais. Eram espaços destinados a atividades cívicas e de reunião, funcionado muitas vezes como tribunais. Tornaram-se edifícios centrais e indispensáveis em qualquer cidade importante.

As grandes Basílicas foram construídas no período que vai de Constantino (finais do século IV) a Justiniano.

As Basílicas do Forum Romano eram basílicas civis:

– Basílica Júlia, homenagem a Júlio César, que a dedicou em 46 a.C. a partir dos destroços provocados pelas Guerras Gálicas, completada por César Augusto, mas incendiada pouco depois, não sendo reconstruída durante vinte anos, só vindo a ser reconstruída por Diocleciano após o incêndio de Roma em 283.

– Basílica Emília, atualmente se resume a algumas ruínas e à planta.

– Basílica de Constantino, também chamada de Basílica de Magêncio, ou, ainda, Basílica Nova, iniciada por Magêncio, concluída por Constantino I, uma das últimas basílicas civis construídas no Forum Romano, cujas ruínas podem ainda ser apreciadas. Constantino deu prosseguimento à sua construção após a vitória sobre Magêncio na Batalha da Ponte Mílvio em 312.

Basílicas Católicas:

Basílicas Maiores ou Patriarcais, colocadas diretamente sob a autoridade do Papa desde o século XVII, contando com privilégios especiais, contem altar papal e trono papal. Nos anos Santos, abrem-se suas Portas Santas. Em Roma são quatro:

– São João de Latrão (San Giovanni in Laterano);

– São Pedro (no Estado do Vaticano), Basílica Vaticana, que manifesta a igreja apóstolica, fundada sobre o Apóstolo Pedro;

– São Paulo Extramuros, a Basílica Ostiense, que manifesta a igreja católica, fundada sobre a missão de Paulo e

– Santa Maria Maior (Santa Maria Maggiore), a Basílica Liberiana ou Mariana, que manifesta a igreja santa gerada com Cristo de Maria.

Além destas quatro, outras três, por conterem relíquias importantes, devem ser visitadas, inclusive, porque sua visitação garante a absolvição dos pecados aos visitantes, conforme decisão do Papa Bonifácio VII (Pontificado de 1294-1303):

– São Sebastião das Catacumbas (San Sebastiano Fuori le Mura);

– São Lourenço Fora de Muros (San Lorenzo Fuori le Mura) e

– Santa Cruz de Jerusalém (San Croce in Gerusalemme).

Basílicas Menores, título honorífico concedido pelo Papa a igrejas em diversos países do mundo, consideradas importantes por diversos motivos, tais como:

. veneração que lhe devotam os cristãos;

. transcedência histórica e

. beleza artística de sua arquitetura e decoração.

Em Roma somam 59.

O Vaticano é um Estado independente, de regime monárquico, governado pelo Sumo Pontífice da Igreja Católica Romana.

 

De acordo com o Tratado de Latrão, certas propriedades da Santa Sé, apesar de não fazerem parte do território da Cidade Estado Vaticano gozam do privilégio da extraterritorialidade (Status Civilatis Vaticanae).

É o caso das Basílicas Maiores, da Cúria Romana, dos escritórios diocesanos e do Castelo Gandolfo, situado às margens do Lago Albano, a cerca de 27 km ao sul de Roma, que passou a ser usado como residência de férias pelo Papa Urbano VIII (1623-1644) a partir de 1629.

Seguimos, então, pela Via Cavour até o Largo Venosta, pegando o Metro na Estação Cavour até a Estação Termini e desta à Estação Flaminio.

Piazza Flaminio

 

Porta del Popolo

 

Piazza del Popolo

 

Almoçamos no Ristorante Bar Rosati, Piazza del Popolo 4-5-5a, fundado em 1922, local histórico.

 

Seguindo pela Via di Ripetta.

 

Na Via Antonia Canova, o ateliê do escultor, que revela na fachada pedaços de corpos de mármore aplicados como uma colagem.

 

Museo dell’Ara Pacis, grande altar construído no século IX a.C., para celebrar o longo período de paz em Roma e também o Mausoleo di Augusto, tumba do Imperador e de sua família.

 

http://www.arapacis.it/

Mausoleo di Augusto

Pela Lungotevere Marzio, caminhando da Ponte Cavour até a Ponte Umberto.

 

Via G. Zanardelli

 

Piazza Navona, Corso Vittorio Emanuele II, 197, onde ficam as Fontanas Moro e Nettuno, uma em cada extremo desta praça longelínea, a Igreja de Sant’Agnese in Agone e ao centro a Fontana dei Quatro Fiumi.

 

A mais magnífica das praças, segue o desenho de um estádio do século I, onde ocorriam competições de atletismo e corrida de bigas. Alguns vestígios deste estádio podem ser vistos abaixo da Igreja de Sant’Agnese in Agone.

 

Este templo, junto à praça, erguido no ano 304, é dedicado a uma jovem que tendo se recusado a casar com um homem pagão, teria sido exposta nua para renunciar a sua fé e martirizada.

 

A forma mais parecida com a Navona de hoje vem do século XVII, quando o Papa Inocêncio X encomendou uma igreja, um palácio e a famosa Fontana dei Quattro Fiumi, obra de Gian Lorenzo Bernini, com detalhadas figuras de mármore que representam os rios do mundo que eram importantes naquele tempo: Nilo, Prata, Ganges e Danúbio.

 

Há, ainda, duas fontes mais, Moro e Nettuno, uma em cada extremidade da praça, rodeada de cafés e palco das mais diversas manifestações culturais.

 

Uma paradinha básica para um lanche o Tucci, no nº 94/100, ristorante, bar e gelateria.

 

É nesta praça que fica a Embaixada do Brasil, no número 14.

 

Piazza Madama

Piazza dell Rotonda

 

Pantheon – Basilica di Maria dos Mártires, a construção antiga mais impressionante e preservada da cidade.

 

Erguido entre 27 e 25 a.C., em honra a todos os deuses romanos, foi modificado em 118 d.C. por ordem do Imperador Adriano.

 

O Pantheon ganhou, então, um domo e uma arquitetura mais imponente, uma grande esfera instalada dentro de um cilindro, com frontão triangular, sustentado por 16 colunas da construção original.

 

Cada uma das portas de bronze da entrada pesa cerca de 20 toneladas.

 

No século VII (ano de 609) foi convertido em igreja, hoje Basílica di Maria dos Mártires.

 

O templo abriga vários túmulos, como o do pintor renascentista Rafael e dos monarcas italianos, incluindo Vittorio Emanuele.

 

*domo – cobertura hemisférica de um edifício

Piazza Sant’Ignazio

Via del Corso

 

Ônibus 64 à Estação Termini.

. dia 15/05/2010

De Metro da Estação Termini à Estação Flaminio.

 

Piazza Flaminio

 

Porta del Popolo

 

Piazza del Popolo

Via del Babuino

http://www.oldsoccer.it/

Seguimos pela Via di Ripetta, depois pela Via della Scrofa, até a Piazza Sant’Agostino.

 

Chiesa di S. Agostino

A partir da Piazza 5 Lune, seguindo pela Via Corso del Rinascimento até a Piazza di Sant’Andrea della Valle para pela Via dei Baullari chegar ao Campo de’ Fiori.

 

Aqui o filósofo Giordano Bruno foi queimado vivo em 1600 por desafiar a Inquisição, encontrando-se uma estátua dele no centro desta praça, que é ponto de encontro dos romanos, com seus cafés, bares, restaurantes, cinemas e livrarias.

 

Almoçamos no Baccanale, Via dei Baullari, 25/27.

 

Retornamos à Piazza di Sant’Andrea della Valle para seguir pela Via del Plebiscito para a zona arqueológica e sacra da Torre Argentina, Via San Nicola de Cesarini pela qual acessamos a Via delle Botteghe Oscure, onde fica a Crypta Balbi.

 

Seguimos pela Via San Marco, acessando a Via del Teatro di Marcello.

 

Teatro di Marcello

 

Chiesa San Nicola in Carcere, igreja medieval, na Via del Teatro di Marcello, onde visitamos a área subterrânea da igreja, local em que existiram três templos pagãos.

 

http://www.sotterraneidiroma.it/

Continuamos pela Via dei Teatro di Marcello até a Piazza della Bocca della Veritá, onde encontramos o Tempio di Vesta e la Fontana del Bizzaccheri.

 

Em frente á Piazza, a Chiesa Santa Maria in Cosmedin.

 

Na entrada da Chiesa di Santa Maria in Cosmedin, uma igreja medieval, há um mascherone, uma escultura animada conhecida como Bocca della Verità, Boca da Verdade.

 

Uma enorme cara de pedra, de boca aberta, de origem antiga que, farejando fraude e maldade, arranca qualquer parte do corpo que um mentiroso ousar colocar entre suas presas.

 

Apareceu numa das cenas do filme a Princesa e o Plebeu com Audrey Hepburn e Gregory Peck.

 

Saindo pela Via della Grecca para acessarmos a Lungotevere Aventino, atravessando a Ponte Palatino.

 

Caminhamos pela Lungotevere Ripa até a Ponte Suplicio.

 

Retornamos pela própria Lungotevere para entrar na Via del Porto e chegar à Piazza dei Mercanti e à Piazza di Santa Cecilia.

 

Santa Cecília viveu no século III. De uma família nobre e rica, ia diariamente assistir à missa celebrada pelo Papa Urbano nas catacumbas da Via Ápia. Casou-se com Valeriano, convencendo-o a respeitar sua virgindade e convertendo-o ao cristianismo. Valeriano e o irmão de Cecília (Tibúrcio) foram presos, martirizados e decapitados num vilarejo próximo a Roma (Pagus Tropius). No enterro deles, Cecília foi presa, julgada e condenada à morte por asfixia, trancada numa sala de banho turco totalmente lacrada. Diz a tradição que não parou de cantar músicas de louvor a Deus e depois de longo tempo, seus executores, furiosos, mandaram que fosse degolada. Por esta razão Santa Cecília é a Padroeira dos Músicos. Contudo, o soldado encarregado de cortar sua cabeça falhou de maneira inexplicável e Santa Cecília teria vivido ainda por 3 dias antes de morrer. Seu martírio teria ocorrido durante o império de Alexandre Severo, por volta do ano de 230. Tendo sido enterrada no Cemitério de São Calisto, o Papa Paschoal I (817-824) mandou que suas relíquias fossem levadas para Trastevere, onde estão na Igreja Medieval di Santa Cecília, na Piazza Santa Cecília, 22.

Chiesa di Santa Cecilia in Trastevere

Santa Cecilia,

 

mujer fuerte en la fe,

 

generosa en la caridad,

fiel en el matrimonio,

 

testigo de la verdad hasta el martirio,

guía nuestros pasos para que,

iluminados por la Verdad,

sepamos vivir cada día la voluntad de Dios

en medio de la confusión de nuestro tiempo

y de las fatigas cotidianas personales, familiares y sociales.

Te lo pedimos por Cristo a quien has dado la vida

para recobrarla eternamente.

Amén.

Pela Via dei Genovesi seguimos para a Vialle di Trastevere, 52-58, onde fomos experimentar o Supplì, um bolinho de arroz recheado com queijo, encontrado na Casa Frontini.

 

Na Piazza Giuseppe G. Belli tomamos o ônibus H8, atravessando a Ponte Garibaldi, o que nos permitiu ver a Isola Tiberina, uma ilha no Rio Tibre, voltando à Estação Termini.

 

. dia 16/05/2010

 

Em frente ao Hotel Royal Santina, na Via Marsala, aproximadamente nº 30, partem e chegam os seguintes ônibus de turismo:

 

– City SightSeeing Roma

 

– Airport Fiumicino

 

– Airport Ciampino

 

– Castel Romano Designer Outlet

 

O ônibus para o Outlet parte às 10, 12:30, 15 e 18:45 horas.

 

Os horários de retorno são às 11:15, 13:45, 17 e 20 horas.

 

Um dos melhores Outlets, o Castel Romano Designer, Via Ponte di Piscina Cupa, 64, conta com mais de 110 lojas de marcas famosas, nos arredores de Roma.

 

de 2ª a 5ª feira, das 10 às 20 horas

 

de 6ª feira à domingo, das 10 às 21 horas

 

Igreja di Santa Maria degli Angeli e dei Martiri, igreja renascentista, entre a Piazza dei Cinquecento e Piazza della Repubblica, construída por Michelangelo sobre as ruínas do complexo termal. Em seu interior há um grande relógio do sol, do século XVIII, que e calendário. São visíveis outros restos das termas nas ruas circundantes à basílica.

 

http://www.santamariadegliangeliroma.it/

Termas di Diocleziano (Thermae Diocetiani)

 

Entre 298 e 306, ao voltar da África, o Imperador Maximiano, que dividia o poder com Diocleciano, mandou construir este complexo de banhos, as maiores termas imperiais da Roma Antiga, que podia acomodar cerca de 3 mil pessoas, e que se mantiveram em funcionamento até 537, quando os godos destruíram o aqueduto que as alimentava.

 

Os romanos, com exceção dos ricos, não tinham água em casa, portanto, as piscinas termais eram uma necessidade.

 

As termas ofereciam banhos coletivos e individuais, saunas, cabines para massagem e bibliotecas.

 

Podiam ser frequentadas por homens e mulheres, em horários diferentes por sexo.

 

Semelhante às Termas de Caracala, na forma e dimensões, as Termas de Diocleciano encontram-se parcialmente conservadas, sendo utilizadas para fins religiosos.

 

Existem inúmeras fontes na cidade, a dica é levar uma garrafa e ir se abastecendo nestas fontes de água fresquinha.

 

Experimentar os iogurtes e sorvetes italianos, é outra dica.

. dia 17/05/2011

 

Despedida de Roma, indo de taxi para o Aeroporto Leonardo da Vinci, com embarque pela Ibéria às 8 horas, chegando de volta à Madri às 10:25 horas, para novo embarque às 12:25 horas, aterisando no Rio de Janeiro às 17:55 horas.

 

Roma emociona a cada esquina.

 

Uma metrópole que avança

 

em um sítio arqueológico a céu aberto,

 

num jogo de presente e passado,

em que todos os caminhos a revelam.

De diferentes modos,

todos somos romanos

e a cidade é parte de todos nós.

Ela foi o coração de um Império,

que forjou o mundo que conhecemos

e continua a ser a grande cidade sagrada

para os católicos romanos ao redor do planeta.

Deste modo,

Roma é parte da vida da maioria das pessoas deste planeta,

tenham ela estado ali ou não.

Nós tivemos a Graça de ter estado em Roma.