. dia 10/06/2006

Nosso destino, Sintra, saindo e retornando de Sete Rios de comboio pela Tranvia, com passagem pelas estações Benfica, Santa Cruz Damaia, Reboleira, Amadora, Queluz-Belas, Monte Abraão, Massamá-Barcarena, Agualva-Cacém, Rio de Mouro, Mercês, Algueirão-Mem Martins, Portela de Sintra, para finalmente desembarcar em Sintra.
De Lisboa a Sintra são 31 km.
Sintra era o refúgio de verão da família real portuguesa, que aqui ergueu, em diferentes épocas,
imponentes castelos e palácios.
Sempre presente nos romances de Eça de Queirós,
Sintra é recheada de casarões centenários,
museus e confeitarias históricas.

Sintra, com sua imponente serra salpicada de palácios, igrejas e quintas senhoriais, que se estende em ondas de verde até o oceano, constitui um local privilegiado por excelência, de inegável beleza e interesse cultural e natural.

As chaminés de 33 m do Palácio Nacional
Largo da Rainha Dona Amélia
www.pnsintra.imc-ip.pt

As ruínas do Castelo dos Mouros
Estrada da Pena
www.parques-desintra.pt

Os traços rebuscados do Palácio da Pena
Estrada da Pena
www.parquesdesintra.pt

Em 1995, esta bela vila viu a sua notoriedade reforçada com a classificação de Patrimônio Mundial, na categoria de Paisagem Cultural, atribuída pela UNESCO.

 

Tomando o ônibus 434 na própria estação, Sintra via Palácio da Pena, descendo na estação da Igreja de São Martinho.

 

 

Igreja de São Martinho, fundada no século XII, reconstruída após o terremoto de 1755, possui uma Sala-Museu de Arte Sacra, onde estão algumas peças de valor histórico-cultural, entre as quais alguns pergaminhos do século XV.

 

Nada melhor do que dar inicio com a um tour no Pena Sightseeing pelo Palácio Pena.

 

Palácio Nacional da Pena, Estrada da Pena.

 

Desde D. João I (1356-1433), existia neste lugar uma ermida/santuário mariano, dedicado a Nossa Senhora da Pena.

 

Em 1493, o Rei D. João II foi até este local pagar uma promessa, acompanhado pela Rainha D. Leonor.

 

Foi com D. Manuel I, o grande monarca dos descobrimentos portugueses, que se desenvolveu e enraizou o culto neste lugar, sendo construído, por ordem deste Rei, um convento destinado à Ordem de São Jerónimo.

 

Primeiro foi construído um edifício em madeira (1503), porém, devido à vulnerabilidade e pouca duração do material, foi erguido, no mesmo local, um outro, em cantaria (1511).

 

Até a extinção das ordens religiosas, ocorrida em 1834, e mesmo depois do convento ter ficado em estado de ruína, em grande parte motivada pelo terremoto de 1755, foi habitado por alguns frades jerónimos.

 

D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, que casou com D. Maria II em 1836, muito rapidamente se enamorou das ruínas do antigo convento, que emergiam no topo da Serra de Sintra, a cerca de 500 m de altitude.

 

Em 1838, o ilustrado príncipe alemão adquiriu o velho convento, o Castelo dos Mouros e outras quintas e matas circundantes, iniciando de imediato as obras de reabilitação do antigo convento.

 

Em 1840 rasgou-se a estrada que dá acesso ao palácio e em 1844 inciaram-se as obras da parte nova, segundo projeto de engenheiro alemão, que recorreu a uma fantasiosa decoração inspirada no estilo manuelino, decerto por imposição do Rei, mesclando-a com elementos característicos do neogótico germânico e outros colhidos da arquitetura oriental.

 

É de referir ainda a magnifícia lição que os interiores do Palácio dão sobre as Artes Decorativas do século XIX e da ‘Belle Époque’ na passagem para o século XX.

 

Após a morte da Rainha D. Maria II, em 1853, ao dar à luz o 11º filho, D. Fernando II ficou profundamente abalado, só voltando a se casar em 1869 com a cantora Elisa Hensler, feita Condessa de Edla.

 

A Condessa de Edla entusiasmou seu marido em alguns pormenores da decoração, mais concretamente em alguns estuques que decoram grande parte das dependências.

 

Posteriormente, o Rei D. Carlos I e a Rainha D. Amélia passaram grandes temporadas neste Palácio Castelo.

 

A Rainha D. Amélia teve também uma intervenção de grande mérito, dotando o Palácio com mais conforto e decorando os aposentos de uma forma mais ligada ao ‘fin-de-siècle’.

 

Nos últimos dois anos da monarquia em Portugal, a Rainha D. Amélia habitou, quase permanentemente, o Palácio da Pena, onde passou a última noite antes da partida para o exílio, após a implantação da República, em 1910.

 

Foi reaberto ao público em 1912 como museu, adotando-se o nome de Palácio Nacional da Pena, contando com as seguintes depedências, que dão uma enorme lição sobre a importância da feliz ligação dos mais variados espaços:
  1. Claustro
  2. Copa
  3. Sala de jantar
  4. Quarto do ajudante de campo
  5. Atelier do Rei D. Carlos
  6. Quarto do Rei D. Carlos
  7. Quarto do duche e massagem
  8. Cela do monge
  9. Capelinha de São Jerónimo
  10. Capela e sacristia
  11. Lavabos
  12. Quarto de veador da Rainha
  13. Quarto das damas
  14. Quarto da Rainha D. Amélia
  15. Lavabos da Rainha
  16. Quarto de vestir
  17. Saleta de Saxe
  18. Sala de estar privada da família real
  19. Sala Verde
  20. Sala Árabe
  21. Escritório da Rainha
  22. Átrio da sacristia
  23. Sala do óculo
  24. Primeira sala de passagem
  25. Segunda sala de passagem/Jardim de Inverno
  26. Sala Indiana
  27. Sala de recepção/sala de fumo
  28. Salão Nobre
  29. Escritório do Rei D. Manuel II
  30. Aposentos de D. Manuel II
  31. Sala dos Veados
  32. Cozinha Real
Transporte em ônibus do portão principal do Parque para o Palácio durante todo o horário de visita, das 10 às 17 horas, de 15 de setembro a junho e das 10 às 18:30 horas, de julho a 15 de setembro, sendo que as 2as. feiras não há visitas.

 

Do Palácio, se avista um manto de arvoredo que ocupa mais de 200 hectares, constituindo, assim, o Parque da Pena, com seus percursos, jardins, pontes, grutas, bancos, pérgolas, fontes, pequenas casas onde se alojavam guardas e demais criadagem, estufas, viveiros, esculturas, lago, num casamento felicíssimo entre Natureza e Patrimônio construído.

 

‘O Parque e o Palácio da Pena constituem um todo

 

que ninguém poderá destruir e esquecer.’

 

(José Manuel Martins Carneiro – abril 1991)

 

Castelo dos Mouros, Estrada da Pena, edificado pelos árabes no século VIII, teve forte importância militar. Definitivamente tomado dos mouros em 1147 pelo primeiro Rei de Portugal, D. Afonso Henriques.