Bon Voyage !

A Air France nos levou do Rio de Janeiro, em 01/05/2009, saindo às 16:20 horas, à Paris, onde aterrisamos no Aeroporto Charles de Gaulle às 8 horas, decolando para a Basiléia, Basel Euroairport, às 11:45 horas, chegando às 12:48 horas, de 02/05/2009.

http://www.euroairport.com/

Seguimos no ônibus 50 do Basel Euro Airport até o Hotel Euler Basel*****, de 1865, cujo slogan é:

“This is not simply a hotel, it’s a lifestyle.”

 

Bienvenido a Basilea – Switzerland
Suiça ou Confederação Suíça ou Confederação Helvética,
nos pequenos frascos estão os melhores perfumes.
O território suíço é menor que o Estado do Rio de Janerio e é dividido em 26 cantões, espécie de estados, cada um com seu brasão e sua capital.
Na Basiléia fala-se o alemão, em Genebra o francês e há cantões onde se fala o italiano, ou ainda, o romanche*.
* Acredita-se que a língua romanche, uma das quatro línguas nacionais da Suíça, descenda do latim vulgar, falado pelos romanos que ocuparam a área na antiguidade. É uma língua considerada sob risco de extinção, a menos falada do país (por menos de 1% dos habitantes), menos falada até mesmo do que outras línguas não oficiais.

Uma das tradições suíças é o famoso “canivete suíço”. Em 1891, o mestre cuteleiro Karl Elsener desenvolveu uma ferramenta de bolso, com uma lâmina retrátil, que se tornou equipamento padrão dos miliatres suíços. No começo do século XX, juntando o nome de sua mãe ao do aço inox utilizado na fabricação, batizou sua companhia de Victorinox, a marca mais famosa. Uma outra emppresa, a Wenger, fundada em 1893, tem o modelo mais completo, o Giant, com 87 ferramentas, que realizam 141 funções. Durante a 2ª Guerra Mundial, soldados americanos se encantaram com o apetrecho.

http://www.victorinox.ch/

Fundada no ano 44 a.C., esteve sob domínio dos francos desde o século VII até o século XI, quando passou a pertencer ao império germânico.
A Basiléia, no noroeste suíço, é a 3ª maior cidade suíça, depois de Zurique e Genebra, e é capital do cantão de Basiléia Cidade, com o maior número de museus por habitante, quase 40* no total, e um delicioso centro histórico, de construções medievais e casas barrocas muito bem conservadas, algumas com o “basilisco” (figura mitológica característica: cabeça de galo, corpo de serprente e asas de morcego). No centro histórico, os bondes passam levando turistas e moradores para todas as partes. Tudo pode ser alcançado à pé ou com os “drämmli”, como os habitantes chamam os bondes. Contudo, é preciso ter boas pernas, porque duas colinas formam sua topografia.
* Kunstmuseum Basel – Museum für Gegenwartskunst (www.kunstmuseumbasel.ch), Kunsthalle Basel, Schweizerisches Architekturmuseum Basel, Museum Tinguely Basel, Historisches Museum Basel, Fondation Beyeler, entre outros.
A cidade é banhada pelo Rio Reno e se tornou conhecida por ser o ponto de confluência de três países – “tríplice fronteira” (dreiländereck, em alemão) – separados ou interligados, dependendo do ponto de vista, pelas águas do Rio Reno: à esquerda, a França (os Vosges); à direita, a Alemanha (Floresta Negra) e sob seus pés, a Suíça (Jura). Foi o Rio Reno que fez da Basiléia um eixo comercial aberto ao mundo. O Reno sempre marcou o cotidiano dos habitantes da Basiléia. No passado, suas margens eram protegidas por altas muralhas contra inimigos. A abertura ocorreu apenas no século XIX, quando os muros receberam passagens e caminhos para pedestres, construídos ao longo de suas margens. Na mesma época a cidade ganhou piscinas ao ar livre, barcos de passeio e três novas pontes, além da primeira, construída em 1225.
Importante porto, a Basiléia se divide em duas, a partir do principal curso de água, o Reno. A oeste, a Grande Basiléia (Grand Bâle), onde fica a antiga cidade histórica e a fronteira com a França e a leste, a Pequena Basiléia (Petite Bâle), residencial, empresarial e perto da fronteira com a Alemanha.
Destaque para a escultura de Bettina Eichin, “Helvetia”, às margens do Rio Reno, uma figura feminina, que simboliza a Suíça.
Parece um paradoxo, mas a Basiléia é, ao mesmo tempo, um centro cultural de peso e uma cidade industrial, na qual as grandes empresas farmacêuticas e químicas representam o esteio da economia local. Quando se chega a Basiléia pela auto-estrada vindo de Berna, percebe-se primeiro a grandiosidade do complexo industrial do centro urbano. No topo dos prédios aparecem em letreiros luminosos nomes de firmas mundialmente conhecidas: Roche, Novartis, Ciba, Syngenta. Chegando-se a Basiléia pelo Reno tem-se a impressão de uma cidade portuária, com suas docas e contêineres enfileirados. O rio foi um fator de desenvolvimento da Basiléia e graças a ele a Suíça tem acesso privilegiado ao mar.
Os centros de eventos movimentam visitantes o ano todo em feiras, convenções, congressos. A feira mais antiga “Fall Fairi” (Feira de Outono) é realizada desde 1471.
Nomes conhecidos da história como Aeneas Silvius Piccolomini, o Papa Pio II; os teólogos Erasmo de Roterdã e Karl Barth; os pintores Holbein e Emanuel Handmann Jakob; o médico e alquimista Paracelsus; o cartógrafo Matthaus Merian; o escritor Hermann Hesse; o produtor cinematográfico, Arthur Cohn e muitos outros. O tenista Roger Federer é natural da Basiléia, onde se realiza um dos mais importantes torneios de tênis do mundo, normalmente disputado no mês de outubro, o “Davidoff Swiss Indoors”.
O Swiss Federal Institute of Technology já revelou mais de 20 laureados com o prêmio Nobel.
São três as estações de comboio:

– a Bahnhof Basel SBB* (ferrocaminhos suíços), na Centralbahnplatz, perto da qual optamos por nos hospedar;

– a vizinha Basel SNCF, que integra o sistema francês, ambas num mesmo complexo separadas pela alfândega, pela qual passamos em nossa ida a Mulhouse e

– a Badischer Bahnhof (Schwarzwaldallee, 200), parte do sistema ferroviário alemão, construída conforme projeto dos arquitetos Karl Moser e Robert Curjel, entre 1910 e 1913.

* viajantes da França chegam na parte francesa da estação Bahnhof Basel SBB, conexão direta com Mulhouse.

http://www.sbb.ch/

A distância entre as estações de Bahnhof Basel SBB (comboios suíços) e Badischer Bahnhof (comboios alemães) é de 3,2 km.
Bilhetes de mobilidade, recebidos no ato do check-in no hotel, nos permitiram utilizar gratuitamente os transportes públicos da cidade durante o período de nossa estadia/hospedagem (Mobility Ticket).
Estávamos na Basilia, como chamavam os romanos. Em alemão Basel e em francês Balê.

Foi só acomodarmos nossas malas e sair, em direção à Barfüsserplatz, que de dia ou de noite, é um ponto de encontro no coração da cidade.

Na Gerbergasse, 57, provamos e compramos os “läckerli”, especialidade da Basiléia, biscoitos de mel, amêndoa e kirsch, às vezes com chocolate, na Läckerli-Huus.

Na Markplatz, um mercado popular e o encarnado flamejante da Câmara Municipal, Basler Rathaus, edifício público que assinalou a integração da Basiléia na Confederação Helvética em 1501. Em seu pátio, uma estátua do fundador da cidade Munatius Plancus. Um lindo edifício, numa linda e surpreendente cidade.

Na Freiestrasse, boas lojas, dentre as quais a joalheria Bucherer, no nº 40.

Este é também o perímetro de vários restaurantes, bares e cafés.

De volta a Gerbergasse, no nº 11, o Safran Zunft, restaurante histórico, com ambiente medieval, numa construção em pedra, com 700 anos, em que a especialidade é o “Fondue Bacchus”, servido desde os anos 60 e que saboreamos: feito com carne de veado, que cozinha no vinho rosé, servido com cerca de 10 diferentes molhos e acompanhado por batata rostie.

Vitrine de uma casa de chá, linda, linda, linda.

Retornamos ao hotel, para uma boa noite de sono e merecido e necessário descanso, já que o dia seguinte continuaria em Augusta Raurica, assim, se for do seu interesse, você poderá seguir para Nosso Roteiro em Agusta Raurica.

. 03/05/2009

Após retornar de Augusta Raurica, fomos ao bairro medieval de Sankt Alban, onde ficam o Kunstmuseum Basel-Museum für Gegenwartskunst, na Sankt Alban-Graben, 16 e La Cathédrale de Bâle, a Basler Münster, na Münsterplatz, cuja construção foi iniciada em 1019 e concluída em 1500.

Feita de arenito vermelho e em estilo romanesco, com suas duas torres irregulares, é um monumento arquitetônico medieval. Seu interior apresenta baixos-relevos com cenas da vida do mártir São Vicente e a tumba de Erasmo de Rotterdam, humanista da Renascença. No monte onde se localiza a catedral, há séculos viveu uma tribo celta, nela se encontrando um velho prédio, onde em 1460 foi criada a primeira universidade da Suíça, Universidade da Basiléia, um dos focos da Renascença.

Uma das marcas do maior terremoto que sacudiu a Europa Central no século XIV (1356) pode ser vista nessa Catedral, uma de suas paredes mostra a rachadura deixada pelo abalo, hoje reforçada com estruturas de metal. O terremoto causou grandes danos à cidade. De acordo com alguns registros, os primeiros sinais foram sentidos no horário do jantar do dia 18 de outubro de 1356. Três horas depois, o abalo sísmico mostrou sua força e cerca de 40 castelos teriam sido destruídos, assim como torres e igrejas em um raio de 200 km.

Retornamos ao hotel, tendo na programação para o dia seguinte Mulhouse, como destino, assim, se for do seu interesse, você poderá seguir para Nosso Roteiro em Mulhouse (França).

. 04/05/2009

Após retornar de Mulhouse, fomos até a Spalentor, uma das portas da Basiléia e mais belas da Suíça, construída no final do século XIV como parte da muralha da cidade.

Na Spalenberg, 14, Johann Wanner (Christmas House), nascido na Basiléia, o maior fabricante de adornos de Natal feitos à mão, à disposição em qualquer época do ano. Entre seus clientes destacam-se o Vaticano, a Casa Branca, a Rainha da Inglaterra e nós, não é o must ?

. 05/05/2009

A Basiléia é sede do Banco de Compensações Internacionais, uma espécie de banco central dos bancos centrais e por isto batiza o acordo que trata da normatização dos procedimentos bancários.

 

Ainda na Aeschenplatz, a escultura do norteamericano Jonathan Borofsky, “Hammering Man”, com 13,5 m de altura, pesando cerca de 8 toneladas, agita seu martelo desde 1989.

Nas ruelas de Sankt Alban, bairro com alma de aldeia, canais pelo meio, lembram a vizinha Alsácia francesa.

 

 

 

 

 

Na Sankt Alban-Tal, 37, a Basler Papiermühle, Schweizerisches Museum für Papier, Schrift und Druck, fábrica de papel feito à mão, só com a ajuda da força da água. Loja e museu.

 

Junto ao rio, um ancoradouro, onde é possível apanhar um dos quatro ferries antigos, “fährimaa”, que navegam no Reno movidos pela força da corrente, o que os obriga a deslizar num cabo de aço preso às margens.

 

 

 

 

 

 

 

Basler Messeturm (Torre de Exposições), na Messeplatz, construída em 2003, com 105 m de altura, é o edifício mais alto da Suíça e onde no 31º andar se encontra um bar com maravilhosa vista panorâmica, o BarRouge. Esta esguia torre de vidro estava para ser ultrapassada, em altura, pelo complexo da empresa Roche, já em construção, à época, junto à margem do Reno, refletindo o poder da indústria farmacêutica na vida econômica e científica da cidade.

 

La Barfüsserkirche (Barfüsserplatz), antiga igreja do monastério, é hoje um museu, o Historisches Museum Basel, onde se pode obter informações sobre a história da cidade.

 

Réplica do túmulo de Madame Langhans,
no qual há um bronze feito pelo escultor Johann August Nahl, em 1775,
em honra de Maria Magdalena Langhans,
esposa de um clérigo da Igreja de Hindelbank, no Cantão Suíço de Berna,
que morreu no sábado anterior à Páscoa de 1751,
aos 28 anos, nove meses após seu casamento, ao dar à luz.

 

 

Nahl, à época, estava trabalhando naquele vilarejo,
tendo se tornado amigo da família,
sentindo-se, assim, pessoalmente afetado pela morte de Maria Magdalena,
o que o levou a se oferecer para projetar o túmulo,
utilizando elementos relacionados à Páscoa,
literalmente quebrando a lápide e descrevendo
mãe e filho no momento de suas ressurreições.

 

 

Este bronze era um dos mais admirados no século XVIII
por suas características de ‘incomum’ e ‘ousado’
e sua popularidade alimentou a demanda por reproduções/réplicas em miniatura

em várias versões criadas 20 a 30 anos mais tarde.

Agradeço a colaboração de uma jovem e querida amiga, Mariana Dovalski,
na tradução de texto em alemão,
que me ajudou na composição das informações acima.

 

http://www.hmb.ch/

A Basiléia é conhecida como a cidade das fontes de água, 170 delas ainda em funcionamento. Uma das mais marcantes é a “Fasnachts-Brunnen” (Fonte do Carnaval) na Praça do Teatro de Bâle. Desde 1977 abriga uma obra de Jean Tinguely, na realidade uma máquina que se movimenta, faz borbulhas na água e diverte os turistas.

Na Theaterplatz, a Elisabethenkirche, L’église Sainte Elisabeth de Balê, igreja protestante.

 

. 06/05/2009
Dia em que embarcamos na estação Bahnhof Basel SBB rumo à Gare Cornavin, em Genebra, às 10:03 horas. Que viagem ! Que paisagens ! Que benção !!!