CASA DA VIRGEM MARIA
Meryemna Evi
Jesus e sua mãe – Perto da cruz de Jesus, permaneciam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena, Jesus, então, vendo sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis teu filho!’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis tua mãe!’ E a partir dessa hora, o discípulo a recebeu em sua casa. Bíblia de Jerusalém, Evangelho de São João, capítulo 19, versículos 25 a 27
À 7 km das ruínas principais de Éfeso viveu e morreu a Virgem Maria, após a crucificação de Jesus Cristo, numa modesta casa de pedra, de apenas dois pequenos cômodos, situada nas montanhas – Meryemana Evi.
Quanta humildade
em tão importante e significativa mulher !!!
Provavelmente, depois da morte de Jesus Cristo, São João Evangelista e a Virgem Maria teriam ficado em Jerusalém por um certo tempo. Mas, depois da decapitação de seu irmão José, São João Evangelista entendeu que não poderia ficar mais tempo ali, em Jerusalém.

Acredita-se que São João Evangelista, então, levou a Virgem Maria com ele, passando pela Síria e a Ásia Menor, chegando à Éfeso. O objetivo era, por um lado, se afastarem do perigo das perseguições empreendidas contra os cristãos e, de outro, evangelizar o mundo romano em Éfeso, uma das maiores e mais importantes cidades do Império Romano.

Ao chegar a Éfeso, teriam ficado por pouco tempo num antigo prédio, lugar onde, posteriormente, viria a ser  a Igreja do Concílio, Hagia Maria, primeira igreja do mundo dedicada a Virgem Maria, conforme consta dos documentos do Concílio Ecumênico de 431, que se reuniu em Éfeso e que ao final declarou que Cristo nasceu da Virgem Maria como Filho de Deus e a Virgem Maria como Mãe de Deus, definindo-se, assim, o Dogma da Maternidade Divina de Maria.

Quando visitamos Éfeso, tivemos a Graça de visitar, também, 
a Igreja da Virgem Maria.
Incomparável tamanha E M O Ç Ã O !!!

Foi sublinhado neste Concílio que a Virgem Maria, quando chegou a Éfeso, viveu algum tempo numa casa que estava no lugar da Basílica e continuou sua vida numa outra casa perto de Éfeso, tendo falecido nesta cidade, pelo que esta Basílica foi dedicada ao seu nome.

Visitada ao longo dos anos pelos três últimos papas, este sítio arqueológico, a 450 m acima do nível do mar, foi descoberto por um padre francês em 1892.

Em 26 de julho de 1967, o Papa Paulo VI visitou a Casa da Virgem Maria, oferecendo presentes sagrados.

Em 30 de novembro de 1979, o Papa João Paulo II celebrou uma missa no local e declarou a Casa da Virgem Maria ‘lugar de adoração’.

Em 29 de novembro de 2006, o Papa Bento XVI visitou a Casa da Virgem Maria e celebrou uma missa no local.

Uma religiosa, de nome Anna Catherina Emmerick, que viveu no fim do século XVIII (1774-1820), sem nunca ter ido a Éfeso, contou com detalhes a chegada da Virgem Maria a esta cidade, sua vida e sua casa. Graças às suas indicações, a descoberta da casa foi mais rápida.
Anna era filha de camponeses pobres e desde sua infância via frequentemente o seu anjo da Guarda e brincava com o Menino Jesus.
Ainda jovem, a futura beata resolveu entrar para o convento e, desde então, cresceu espiritualmente na Graça de Deus.
No dia 29 de dezembro de 1812, enquanto Emmerick rezava, ela teve uma visão divina. Neste momento desceu uma luz bem brilhante do céu, que  a tocou, deixando-a ensanguentada, como se tivesse sido crucificada, ficando com as mãos e os pés furados. Todos que estavam a sua volta ficaram chocados. Parecia que ela partilhara da angustia de Jesus Cristo durante a crucificação, o que a tornou uma religiosa estigmatisada. Os médicos não conseguiram uma explicação para o caso.
No ano de 1818, Katherina Emmerick vivenciava momentos de transe, em que contava, como foi  registrado pelo escritor alemão Clemens von Brentano, no livro sobre a vida da Virgem Maria, sua visão da Virgem Maria, como ela teria ido para Éfeso com São João Evangelista, antes de piorarem as perseguições em Jerusalém, de como chegara a um monte perto de Éfeso, onde já viviam cristãos em tendas e grutas.
A casa construída por São João Evangelista era de pedra, retangular e tinha uma lareira e um nicho. Ao lado do nicho ficava o quarto da Virgem Maria e embaixo passava uma nascente de água.
Plano da Casa da Virgem Maria
Emmerick continuava assim, referindo-se à Virgem Maria: Depois de passar 3 anos aqui, ela tinha muita vontade de voltar a Jerusalém. São João Evangelista e São Pedro a acompanharam. Estava tão doente, tão cansada, que todos acreditavam que iria morrer e prepararam o túmulo. As notícias de que já tinha falecido se espalharam, mas ela se curou e voltou para Éfeso. Depois do regresso, ficou ainda mais fraca e faleceu no ano 64. Os santos fizeram a cerimônia religiosa do funeral e levaram o caixão por 2 km de sua casa até uma gruta.
São Tomas não conseguiu chegar antes do seu falecimento e ficou muito decepcionado, seus amigos o levaram até a gruta onde ficava o túmulo e Emmerick continuou: Quando chegaram à gruta se ajoelharam. São Tomas e seus amigos andaram com impaciência até à porta e São João Evangelista também os acompanhou. Tiraram os ramos das árvores da porta da gruta e entraram. No interior se ajoelharam mais uma vez. São João Evangelista aproximou-se do caixão e abriu a tampa. Ficaram espantados porque o corpo não estava dentro da mortalha. A partir deste incidente, fecharam a porta da gruta e a casa foi transformada numa igreja.
O religioso francês Gouyet foi a Éfeso no ano 1880 e com apoio do Bispo de Izmir, tomando por base as revelações de Anna Catherina Emmerick, encontrou a casa que pertenceu à Virgem Maria, relatando o achado às autoridades de Roma. Contudo, não tendo sido levado a sério.
Um vista da Casa da Virgem Maria,
antes de ser restaurada – 1895.
Dez anos depois, H. Jung, um padre lazarista, após ler o mesmo livro, em 1891, encontrou as ruinas de uma capela, sem cúpula, rodeada de velhos arvoredos. No nicho desta casa havia a estátua da Virgem Maria sem as mãos.
A casa, instalada num bosque, havia perdido o teto e restavam apenas ruínas das paredes.
Foi, então, criada uma equipe, em 1892, com 7 padres e 5 cientistas, que, segundo critérios científicos, assinou a comprovação.

Um dos indícios dos cientistas foram os carvões encontrados durante as escavações, datados do século I.

Dentro há um pequeno altar iluminado com velas, que guarda uma escultura da Virgem Maria, que não tem as mãos e foi encontrada ao mesmo tempo que a casa. De acordo com os guias locais, as mãos teriam sido esculpidas em material precioso e acabaram roubadas durante os trabalhos de escavações do sítio arqueológico.

A água que vem da nascente detrás da casa, passa por baixo da capela e cai nas torneiras que estão no terraço ao lado. Acredita-se que esta água tem poderes curativos.
Ainda do lado externo da casa, um muro de pedra, com cerca de 30 m de extensão se transformou num mural gigante, onde são deixadas orações, agradecimentos e, principalmente, pedidos à Virgem, inclusive os nossos, com nossa solicitação de que Ela interceda por nós, como fez em Caná, para que seu Filho transforme nossos desejos em graças, se assim for da vontade de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, Amém !
Esta casa é considerada lugar santo e, portanto, um santuário.
Fiquem com a Mãe de Deus
e Nossa Mãe,
Maria.