Acreditem, esta viagem ganhamos num sorteio. A bem da verdade, meu marido foi sorteado num jantar de confraternização dos ex-empregados da Interbras. Jamais esqueceremos, o número foi 81. Assim como jamais esqueceremos as carinhosas providências de Archimedes Lalôr e Glaucia Carvalho De Lalôr.
Buenos Aires,
não há nada mais europeu na América do Sul.
Passear pelas charmosas ruas da capital argentina

 

é sentir a presença da Europa sem cruzar o Oceano Atlântico.

 

Embarcamos em 08/09/2010, uma 4ª feira, às 10:15 horas, do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, chegando ao Aeroporto Internacional de Buenos Aires Ezeiza às 13:45 horas.
Seguimos de taxi até o Apart Recoleta Hotel, Guido nº 1948, entre Ayacucho y Junín, que consideramos uma excelente localização.
A Recoleta é tido como o bairro mais sofisticado de Buenos Aires.
Foi concebido no início do século XVIII para retiro e orações de religiosos franciscanos.

 

Aqui ficava o Convento dos Padres Recoletos (recolhidos).
Em 1716 se construiu a atual igreja de Nossa Senhora del Pilar, que podíamos ver da varanda do nosso quarto do apart.
Só em 1830 se redesenhou o aspecto urbano atual para albergar as famílias vindas de San Telmo por causa da epidemia de febre amarela.
Nem bem nos acomodamos, saimos do apart e fomos andando até a esquina da Junín com a Avenida Quintana, onde fica o Café La Biela, declarado “Lugar de Interesse Cultural” no ano de 1999.
Tudo começou nos finais dos anos 50 quando um grupo barulhento de adoradores da velocidade se viu obrigado a parar nesta esquina, já que a biela do carro de um deles disse basta, daí batizando o pequeno bar onde passaram a se reunir de “La Biela Fundida” e, posteriormente, simplesmente “La Biela”, nome com o qual se fez mundialmente conhecido, marca registrada dos amantes do automobilismo.
À sua frente, uma árvore centenária, histórica, com galhos de até 50 m de comprimento, muitos deles escorados e com 20 m de altura, o gomero (seringueira hindu).
As especialidades são: o Veredita e o Lomo Biela (sanduíches) e o Lomito a La Biela (prato). Aliás lomo é filet mignon.
Avenida Quintana 596
Após o almoço no La Biela, seguimos pela Avenida Quintana até o nº 333, onde encontramos os famosos mocassins da marca Guido, tão ou mais macios do que prometem.
Uma parada estratégica num supermercado igualmente estratégicamente localizado, bem em frente ao apart.
  • dia 09/09/2010 – 5ª feira – jueves

 

Saimos do hotel, seguindo pela Guido, atravessamos a Avenida Callao, passando pela Talcahuano até a Avenida Santa Fé para atingir a Plaza San Martin.
Neste percurso, atravessamos a 9 de Julio, avistando o Obelisco, no cruzamento com a Avenida Corrientes.
Inaugurado em 1936, primeiro monumento e símbolo da cidade, com 67 m de altura, em frente à Plaza de La Republica, rememora as duas fundações de Buenos Aires.
A primeira delas em 1536, quando Dom Pedro de Mendoza, colonizador espanhol, estabeleceu o primeiro assentamento, que chamou de Ciudad Del Espíritu Santo e Puerto Santa Maria Del Buen Ayre.
Após ter sido abandonada e completamente destruída pelos índios, a cidade foi fundada uma segunda e definitiva vez, em 1580, quando Juan de Garay denominou o lugar de Ciudad de Trindad.
A Avenida 9 de Julio, a mais larga do mundo, tem 140 m de extensão, permitindo percorrer a cidade de norte a sul.
Seguindo em direção ao centro da cidade até um dos atrativos, a famosa Calle Florida, uma rua de pedestres, que possui lojas e galerias em toda sua extensão.
Passeamos pela Calle Florida até a Avenida de Mayo, retornando até a Plaza San Martin.

 

Almoçamos na própria Calle Florida e, então, na Avenida Córdoba, o Galerías Pacífico, Shopping Mall.
Valiosa jóia arquitetônica, prédio de mais de cem anos, que exibe em suas paredes e teto verdadeiras obras de arte, um dos shoppings mais luxuosos da capital.
No Posto de Informações, sob a Cúpula Central, é possível solicitar um audioguide, em português, para um passeio de 20 minutos, imperdível, pela história das Galerias Pacífico, o edifício e os murais de Spilimbergo.
No último andar funciona o Centro Cultural Borges e a Escola de Balé Júlio Bocca.

 

De volta à Plaza San Martin, uma praça histórica e uma das mais belas, onde ficava a única praça de touros de Buenos Aires, marco das invasões inglesas em 1806 e 1807.
Retornamos pela Paraguay, atravessando a Avenida 9 de Julio, até a Plaza Libertad, seguindo pela rua Libertad até a Avenida Santa Fé, caracterizada pelas atraentes lojas, galerias, cafés, indo até a Talcahuano, atravessando a Avenida Callao, chegando à Guido.
Para uma saída à noite para um show de Tango y Folklore, com cena ou jantar, na Sabor a Tango, incluindo, ainda, o serviço de transfer.
Tango,
declarado pela UNESCO

 

Patrimonio da Humanidade.
“El tango es um sentimiento triste que se baila.”

 

(Enrique Santos Discepolo)
Mi Buenos Aires Querido

 

cuando yo te vuelva a ver,

 

no habrás más pena ni olvido.

 

El farolito de la calle en que nací

 

fue el centinela de mis promesas de amor,

 

bajo su quieta lucecita yo la vi

 

a mi pebeta, luminosa como un sol.

 

Hoy que la suerte quiere que te vuelva a ver,

 

ciudad porteña de mi único querer,

 

y oigo la queja

 

de un bandoneón,

 

dentro del pecho pide rienda el corazón.
Mi Buenos Aires

 

tierra florida

 

donde mi vida

 

terminaré.

 

Bajo tu amparo

 

no hay desengaños,

 

vuelan los años,

 

se olvida el dolor.

 

En caravana

 

los recuerdos pasan,

 

con una estela

 

dulce de emoción.

 

Quiero que sepas

 

que al evocarte,

 

se van las penas

 

de mi corazón.
La ventanita de mi calle de arrabal,

 

donde sonríe una muchachit en flor,

 

quiero de nuevo yo volver a contemplar

 

aquellos ojos que acarician al mirar.

 

En la cortada más maleva una canción

 

dice su ruego de coraje y de pasión,

 

una promesa

 

y un suspirar,

 

borró una lagrima de pena aquel cantar.

 

Mi Buenos Aires querido,

 

cuando yo te vuelva a ver,

 

no habrá más pena ni olvido.
(Música Carlos Gardel, Letra Alfredo Le Pera)
  • dia 10/09/2010 – 6ª feira – viernes

 

Mais uma vez seguimos pela Guido, atravessamos a Avenida Callao, passamos pela Talcahuano até a Avenida Santa Fé, desta feita dobrando à direita, tomando a direção da Livraria El Ateneo Grand Splendid, que fica no nº 1860, que já foi teatro e cinema, com interior magnífico, afresco no teto e grande acervo, considerada a segunda mais importante e bonita do mundo.
Descemos a Riobamba e seguimos de taxi até a Avenida Córdoba, altura do nº 4200, onde fica a região dos Outlets, onde as melhores grifes de Buenos Aires tem pontas de estoque e onde aproveitamos para almoçar.
De taxi seguimos até a Catedral Metropolitana, no cruzamento das Calles Rivadavia e San Martín, em uma das esquinas da Plaza de Mayo, construída no início do século XVII, em estilo neoclássico. Nela está o Mausoléu do General Dom José de San Martín, herói argentino, conhecido como “O Libertador”, por liderar os movimentos de independência da Argentina, Chile, Peru e Equador.
A Catedral tem uma larga história de construções e demolições, devido à má qualidade dos materiais e a imperícia de seus construtores.
Tem as formas de um templo grego, sem torres e com 12 colunas clássicas, cada uma representando um apóstolo.
Acima delas encontra-se esculpida a representação do encontro de Jacob com seu filho José no Egito.
San Martín de Tours é o Patrono de la Ciudad de Buenos Aires:
Señor,

 

que acompañaste a San Martín de Tours

 

en su vida y en su muerte,

 

renueva en nuestros corazones

 

la presencia de tu gracia,

 

para que ni la vida ni la muerte

 

puedan separarnos de tu amor.
Nuestra Señora de Luján é a Padroeira da Argentina:
Oh, Santísima Virgen Maria !

 

Coronada Reina de Luján !

 

Dios me ha creado para la gloria eterna.

 

Ah ! Quien me diera alas de paloma

 

para volar a esa morada de felicidad ?

 

Quien me abriera las puertas del cielo,

 

y me ajudara a subir hasta el pie del Trono de Altísimo ?

 

Concédeme, oh ! Santísima Virgen de Luján,

 

vuestra protección a este hijo tuyo

 

que gime en medio de este valle de lágrimas

 

y sólo recibe consuelo celebrando vuestras glorias.

 

Ayúdame, a fin de que después de haberte honrado en la tierra

 

merezca alabarte en el Cielo,

 

por los siglos de los siglos.
Así sea.
de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas e aos sábados e domingos, das 9 às 19:30 horas
Na esquina da Avenida de Mayo e Rua Bolivar o El Cabildo, data do ano de 1600, tendo sofrido várias modificações. Sede do poder espanhol em tempos coloniais. Atualmente é a sede da Comissão Nacional de Museus e Monumentos e onde funciona o Museu da Revolução de Mayo.
Percorremos a Avenida de Mayo até o Gran Café Tortoni, no nº 829, com status de atração turística, Declarado de Interesse Turístico.
Mantém o mobiliário e o ar de 1858, quando foi inaugurado.
“La trayectoria del Café Tortoni ya es reconocida en todo el mundo,

 

pero su vigencia se nutre de la presecia de personajes famosos y desconocidos

 

que a lo largo de sus 151 años de vida

 

ha derramado sobre sus mesas

 

recuerdos y anécdotas que hoy rescatamos.”
(Revista Café Tortoni – Setembro 2010)
Experimentamos as medialunas (croissants) e os churros.

 

 

  • dia 11/09/2010 – sábado

 

Iniciamos o dia rumando de taxi para o bairro La Boca, mais precisamente para o Estádio Alberto J. Armando, o Estadio La Bombonera, sede do Boca Juniors, assim chamado por ter o formato de uma caixa de bombons e o Museo De La Pasion Boquense, além claro do essencial tour pelo estádio.
As cores azul e amarela do time remetem ao primeiro barco que chegou na cidade vindo da Suécia.
Da Branddsen, entramos na Calle Del Valle Iberlucea rumo ao El Caminito, uma rua-museu de apenas 100 m, antiga linha de trens, decorada por vários artistas argentinos, aberta diariamente das 10 às 18 horas. Inaugurada em 1959.
Caminito

 

Tango – 1926
Caminito que el tiempo ha borrado,

 

que juntos un día nos viste pasar,

 

he venido por última vez,

 

he venido a contarte mi mal.

 

Caminito que entonces estabas

 

bordado de trébol y juncos en flor,

 

una sombra ya pronto serás,

 

una sombra lo mismo que yo.

 

Desde que se fue

 

triste vivo yo,

 

cominito amigo,

 

yo tambíén me voy.

 

Desde que se fue

 

nunca más volvió.

 

Seguiré sus pasos …

 

Caminito, adiós …

 

Caminito que todas las tardes

 

feliz recorría cantando mi amor,

 

no le digas, si vuelve a pasar,

 

que mi llanto tu suelo regó.
Caminito cubierto de cardos,

 

la mano del tiempo tu huella borró …

 

Yo a tu lado quisiera caer.

 

Y que el tiempo nos mate a los dos.
(Letra Gabino Coria Peñaloza e Música Juan de Dios Filiberto)
Há até mesmo um sósia de Diego Maradona, com quem tiramos duas fotos por R$ 10,00. Aliás, ele atuou como “Presidente da Argentina” em “Brado Retumbante”, no capítulo do dia 26/01/2012, série exibida pela Rede Globo de Televisão.
É possível encontrar artistas de rua e presenciar apresentações de tango em plena luz do dia, nesse museu a céu aberto.
Aqui, aproveitamos para almoçar, antes de continuarmos um pouco mais pelo bairro La Boca, por estar na boca do Rio De La Plata, um dos epicentros da imigração italiana, com suas casas coloridas (conventillos), feitas de zinco e madeira.
Construído em sua maioria por estivadores, que, sem dinheiro para comprar tinta para pintar suas casas, aproveitavam as sobras da pintura dos navios.
De La Boca, de taxi, seguimos para o Museo Evita.
No caminho passamos pela Avenida Figueroa Alcorta e pela Floralis Genérica, monumento dinâmico de uma flor de dimensões gigantescas, de aço e alumínio, que se abre pela manhã e se fecha ao anoitecer. Cada pétala pesa quatro toneladas, obra do arquiteto Eduardo Catalano.
O motorista nos deixou no endereço errado, na Calle Sinclair, em lugar da Calle Lafinur, o que nos obrigou a descer a Sinclair até a Avenida del Libertador, passando pela Plaza Seeber e pelo Jardín Zoológico para alcançar e entrar na Lafinur, onde no nº 2988 fica o Museo-Evita.
Evita – Eterna en el alma de su pueblo.
Maria Eva Duarte de Perón, esposa de Juan Domingo Perón, uma das mulheres mais importantes da história do país.
“Mi vida, mi missión, mi destino”
O Museo Evita fica bem próximo à Avenida Las Heras, que atravessamos, entrando na Calle Ben A Siria, contornando o Jardín Botánico, dobrando a Avenida Santa Fé, ainda contornando o Jardín Botánico até a Plaza Itália.
Em Palermo estão concentradas diversas áreas verdes, parques, bosques e praças.
É o bairro de maior extensão da cidade e se divide em Palermo Chico (pequeno) ou Palermo Viejo (velho) e nas jovens Palermo Hollywood, Las Cañitas e Palermo Soho.
E foi em Palermo Soho que fomos jantar.
Entramos na Calle Thames e subimos até a esquina da Calle El Salvador, na La Rosadita, no nº 1696, para degustar calmamente um delicioso fondue.

 

  • dia 12/09/2010 – domingo

 

Construída em 1732 pelos jesuítas, destinada às orações e práticas espirituais dos padres franciscanos recolhidos, a Basílica Nuestra Señora del Pilar, entre o Centro Cultural Recoleta, antigo asilo e o Cemitério da Recoleta, antiga horta e jardim dos frades e onde começamos o nosso dia.
Na Basílica, destaque para os altares da Virgem de Luján e para o Cristo de la Paciencia y la Humildad e, ainda, para os Claustros.
Señor de la Humildad y la Paciencia

 

Misericordiosísimo Señor,

 

que prometisteis a vuesto siervo San Pedro de Alcántara

 

conceder todo los que se os pidiese en su nombre,

 

os ruego humildemente que,

 

por los méritos de este dechado de penitencia

 

y de pobreza seráfica,

 

me alcancéis la gracia de hacer completa penitencia de mis pecados,

 

a fin de que al morir,

 

pueda yo también exclamar:

 

Oh ! feliz penitencia,

 

que tanta gloria me has merecido !

 

Padre nuestro, Ave Maria y Gloria
“El simbolismo del pilar o columna es del conducto que une el cielo y la tierra, manifestación de la potencia de Dios em el hombre y la potencia del hombre bajo la influencia de Dios.”
Nuestra Señora del Pilar,

 

Madre de Dios y Madre nuestra:

 

Esta comunidad que te ama

 

quiere darte gracias.

 

Señora, reina entre nosotros.

 

Bendicenos.

 

Únenos con el lazo del amor recíproco,

 

con la generosidade del mutuo sacrificio,

 

con la alegria compartida,

 

de una misma mesa y de un mismo pan.

 

Señora,

 

sé el consuelo de nuestras penas

 

y la fiel compañera en las horas de enfermedad y dolor.

 

Enséñanos el valor de la silenciosa entrega,

 

la fuerza del perdón

 

y el encanto de la sencillez.

 

Preside nuestras reuniones,

 

bendice nuestros trabajos,

 

santifica nuestros gozos

 

y conserva nuestras vidas en la paz

 

y en la gracia del Señor.

 

Haz que un dia,

 

esta comunidad que Dios unió con amor en la tierra,

 

se reúna junto a él para siempre.

 

Amén.
Como estávamos praticamente em frente ao La Biela, fomos até àquela esquina, onde pegamos um táxi para a Plaza de Mayo.
A Plaza de Mayo, na Avenida de Mayo, palco de manifestações políticas e históricas.
A praça é cercada pelo Banco de La Nacion, pela Catedral Metropolitana e a Casa Rosada (Casa de Gobierno).
No centro da praça está a Pirâmide de Mayo, construída em homenagem à formação do primeiro governo nacional.
É nela que se reunem às 5as. feiras à tarde as Mães de Maio, em protesto ao desaparecimento de seus filhos durante a ditadura militar.
No chão estão pintados lenços brancos em homenagem a elas.
A Casa Rosada é a sede da Presidência da República desde 1862.
O prédio é o resultado de duas construções primitivas gêmeas, unidas em 1885 por um pórtico central.

Encontramos duas explicações diferentes para sua cor:

 

. uma, de que viria da mistura de cal com sangue e sebo bovinos, usada para impermeabilizar a fachada do antigo forte, uma vez que as tintas vindas da Europa eram muito caras,
outra, de que simbolizaria a união entre os dois partidos políticos da época do ex-presidente Domingo Sarmiento, que utilizavam as cores branco e vermelho, respectivamente. O rosa seria a mistura das duas cores.
Nela o famoso balcão onde Evita Perón magnetizava os “descamisados” e chorava pela Argentina.
Esta histórica sacada é do ano de 1900, inaugurada pelo Presidente Júlio Argentino Roca em 1902.
No llores por mi Argentina !

 

Será difícil de comprender

 

que a pesar de estar ahora aqui

 

soy del pueblo y jamás lo podré olvidar.

 

Debéis creerme

 

mis lujos son solamente un disfraz

 

un juego burgués nada más

 

las reglas del ceremonial.

 

Tenia que aceptar

 

debí cambiar

 

y dejar de vivir en lo gris

 

siempre tras la ventana

 

sin lugar bajo el sol

 

busqué ser libre

 

pero jamás dejaré de soñar

 

y solo podré compartir

 

la fe que queráis conseguir.
No llores por mi Argentina

 

mi alma está contigo

 

mi vida entera te la dedico

 

mas no te alejes

 

te necesito.

 

Jamás poderes ambicioné

 

mentiras dijeron de mí

 

mi lugar vuestro es

 

por vosotros luché

 

yo solo quiero

 

sentiros muy cerca

 

poder intentar

 

abrir mi ventana y saber

 

que nunca me van a olvidar.
No llores por mí Argentina.

 

No llores por mí Argentina

 

mi alma está contigo

 

mi vida entera te la dedico

 

mas no te alejes

 

te necesito.

 

Que podré decir

 

para convenceros

 

de mi verdad

 

Si aún podéis dudar

 

mirad mis ojos

 

como lloran

 

de amor.
A partir da Plaza de Mayo, seguimos pela Calle Defensa até a Avenida Independencia, onde viramos à esquerda até a esquina com a Calle Balcare, onde fica a primeira casa de tango de Buenos Aires, El Viejo Almacen, “la esquina tradicional del tango”.
Entramos na Balcare para, em seguida, virar mais uma vez à esquerda, entrando na Pasaje San Lorenzo, em cuja ruazinha, no nº 380, fica uma casa que teria pertencido a um escravo liberto depois da abolição da escravidão em 1816. Trata-se de uma curiosidade arquitetônica, chamada de Casa Mínima, com uma porta de entrada e uma janela em cima da porta, com uma pequena sacada. A casa permanece fechada, só sendo possível ver a sua fachada.
De volta à Calle Defensa, seguimos até a Plaza Dorrego, onde todos os domingos, das 10 às 19 horas, acontece a Feira de San Telmo e onde se pode conferir também apresentações de tango na rua, por “bailarines profesionales”.
Na Calle Humberto a Parroquia de San Pedro Gonzales Telmo.

 

“Uno de los barrios más atractivos y antiguos de Buenos Aires.
En él, se establecieron los primeros habitantes de la ciudad

 

a fines del siglo XVI.
Sus atracciones más populares son

 

las ferias de antiguedades, el tango y los más antiguos bares.”
O bairro de San Telmo era ocupado por famílias aristocráticas até a epidemia de febre amarela ocorrida em 1871, que atingiu quase metade da população de Buenos Aires. Para fugir da febre amarela as famílias tradicionais se mudaram para a Recoleta, até então, refúgio de veraneio dos aristocratas portenhos.
Caminhar pelo bairro é voltar no tempo, por sua típica arquitetura colonial, estreitas calçadas, ruas de pedra e antiguidades. Hoje o bairro é referência no mercado de antiguidades, com mais de 500 lojas com todo tipo de antiguidades e coleções de objetos.
Após explorar tanta tradição, seguimos de taxi para o Siga La Vaca para uma “Autentica Parrilla Argentina”, em Puerto Madero, na Avenida Alicia Morreau de Justo nº 1714.
Depois do almoço, saimos caminhando pela Avenida Alicia Morreau de Justo, pelo Dique 2 e pelo Dique 3.
O bairro Puerto Madero foi inaugurado em 1897. Antiga zona de armazéns portuários, foi toda reformada a partir de 1989 para deixar seu aspecto puramente portuário e se transformar em um centro residencial, gastronômico e de negócios de Buenos Aires. Exemplo de recuperação urbana, tem todas as suas ruas com nomes femininos.
Nesta caminhada passamos pela Fragata Sarmiento, Barco Escola da Armada Argentina, um dos mais velozes de sua época.
Passamos, também, pela Ponte da Mulher, inaugurada em 2001, projeto do arquiteto espanhol Santiago Calatrava Valls e é um dos cartões-postais da capital, seu design representa um casal dançando tango. Tem 1,60 m de comprimento x 39 m de altura x 5 m de largura. É, também, giratória, para passagem de embarcações.
O bairro Puerto Madero fica exatamente atrás da Casa Rosada e foi para lá que retornamos e pegamos um taxi até o Abasto Shopping.
No percurso passamos pelo Palacio Del Congreso De La Nación, no final da Avenida de Mayo.
No Shopping experimentamos o famoso sorvete Freddo.
  • dia 13/09/2010 – 2ª feira – lunes

 

Começamos o dia caminhando até a Avenida Alvear, descendo-a por um lado e subindo pelo outro lado da rua.
Na Praça Carlos Pellegrini, 1363, no começo da Avenida Alvear, merece destaque o Palácio Pereda, construído por Celedonio Pereda, entre 1919-1936, inspirado no Museu Jacquemart-André de Paris, sede da Embaixada do Brasil, desde 1943, onde trabalhou nossa querida Dinda, Helena.
Helena Souto Grumbach nasceu em 26/01/1910 e, desde 20/05/1936 trabalhava no Ministério das Relações Exteriores, onde exerceu as funções de arquivista, datilografa, auxiliar de escrita, auxiliar de escritório, criptógrafa, auxiliar do Chefe do Departamento de Administração e Secretária, tendo sido removida, em 12/02/1969, para a Embaixada do Brasil em Buenos Aires.
Próximo à Embajada de Brasil, a Embajada de Francia.
A Avenida Alvear abriga, ainda, o Nuncio Apostólico da Santa Sé e lojas de grifes internacionais. No nº 1923, a da argentina Evangelina Bomparola, uma das preferidas das socialites locais.
Nossa próxima investida foi no Cementerio De La Recoleta, inaugurado em 1822, tendo logo na entrada mapa com as referências dos locais onde estão enterradas mais de 80 personalidades, entre elas Evita Perón, na cripta da família Duarte, apesar de protestos, à época, por sua origem humilde. Setenta de seus mausoléus foram declarados Monumentos Históricos.
Dando a volta no quarteirão, passamos pelo Centro Cultural Recoleta e pelo Buenos Aires Design Shopping, antigo prédio do ex-convento Recoleta. Pelas Praças Alvear e Francia, pela Avenida Pueyrredon, pela Calle Vicente López, retornando à Calle Junin e ao hotel, na Calle Guido, para o check-out.
Cumprido o check-out, almoçamos no Montana Ranch e, então, retornamos ao Buenos Aires Design Shopping, entrando desta feita para conhecê-lo, assim encerrando nossos dias e passeios em Buenos Aires.
De taxi para o Aeroporto Internacional de Buenos Aires, onde o vôo das 18:55 horas nos espera para nos trazer de volta ao Rio de Janeiro, chegando às 21:54 horas, no Galeão.
Argentina, do latim “argentum”, que significa “prata”.
Os primeiros exploradores e comerciantes espanhóis e portugueses usaram a região do “Rio de la Plata”, “Rio da Prata”, para transportar prata e outros tesouros provenientes do Peru.
As terras em torno da foz do Rio da Prata acabaram conhecidas como Argentina, “terra da prata”.
Buenos Aires foi construída ao redor do porto, às margens do Rio de la Plata, razão daqueles que nascem ou moram em Buernos Aires serem chamados de portenhos.
No século XIX, o porto foi o ponto de chegada de grande corrente imigratória, promovida pelo Estado, para povoar o País: espanhóis, italianos, sírio-libaneses, poloneses e russos deram a Buenos Aires o ambiente de ecletismo cultural que a caracteriza.