Antes de darmos início a essa postagem, é preciso render nossas homenagens ao nosso tio Luiz Carlos Martins Pinheiro, que durante décadas se deteve na pesquisa e estudo de nossa formação como família. Até onde sei, esse trabalho começou em 1996, tendo recebido o nome de MPmemória (Martins Pinheiro memória) e foi ganhando corpo e personagens no decorrer do tempo. Muito do que aqui se encontra foi daí extraído.

Em 09/09/2001, escrevi ao meu tio Luiz Carlos: “Criei esta oportunidade para dizer que recebo os Informativos “Os Martins” e “Os Pinheiros”, leio-os com interesse. Admiro sua dedicação e persistência, que tornam possível conhecermos e acompanharmos nossa família. Sempre tiro uma cópia xerox para minha irmã e família e para meus pais. No Informativo “Os Pinheiros”, de 14/07/2001, chamaram-me atenção o interesse das Prefeituras de Duas Barras, Porciúncula e Tombos em ter a Memória e a nota histórica sob o título ‘Santo Antônio do Carangola 2’. No Informativo “Os Martins”, de 15/08/2001, destaque para as matérias sob os títulos ‘Nome @Sobrenome 3’ e ‘Pancenteo ou Pancenteno?’. No mais recente Informativo “Os Pinheiros”, de 15/09/2001, curti saber que Alexei e Queila aguardam o primeiro descendente. Aproveito para encaminhar uma curiosidade que li no livro de Biba Arruda intitulado ‘Maria: Quem é essa mulher vestida de sol?’ No capítulo ‘Maria rainha dos anjos’ consta o seguinte registro: ‘No interior da Basílica Santa Maria dos Anjos encontra-se uma capela chamada Porciúncula, que, em italiano, significa porção pequena.’ Um dos informativos noticiou, eu me interessei e minha irmã conseguiu um exemplar do livro ‘Subsídios para a História de Porciúncula’ do Dr. Edésio Barbosa da Silva, que começo a ler. Obrigado pela oportunidade que criou – de nos conhecermos – e pelo desprendimento de dividi-lá com tantos. Que Deus o abençoe e dê muitos anos de vida e disposição para continuar um trabalho que é de pesquisa, mas, acima de tudo, é um ato de amor a todos: aos que aqui estiveram e já se foram e revivem nestes informes; aos que aqui estão e aos que ainda virão e que muitas histórias lerão, inclusive, a própria história, quem sabe sob a forma de um livro … Estarei a postos, aguardando os próximos informativos. Com admiração, Silvia Maria.”

E a resposta de meu tio, em 13/08/2001: “Você não pode imaginar a satisfação que me deu com sua mensagem de 09/08/2001: um inestimável presente. Afinal, alguém nos convence que nosso trabalho não está sendo totalmente ignorado. Não é pelos elogios, pois sabemos de sua generosidade, mas pelo interesse que comprova estar tendo pelo mesmo. Elogios temos recebido de várias pessoas, inclusive de fora da família. O livro do Dr. Edésio nos ajudou muito. Pena é que não sei de alguém assim que se tenha interessado por Tombos. Por poder ver que o nome do município, decorre de uma homenagem a um governador do RJ, de sobrenome Porciúncula. Este veio do latim portiuncula, tirado de uma invocação à Virgem Maria. É o nome de um lugar, perto da cidade de Assis, na Úmbria, Itália, onde se estabeleceu a primeira casa da Ordem de São Francisco de Assis e no qual teria uma igreja consagrada a N. S. dos Anjos, mais tarde chamada de N. S. da Porciúncula, segundo Antenor Nascente. Estou mandando a seu pai, o que acabamos de republicar sobre seu avô, nosso pai. Gostaria muito de conhecer suas críticas e sugestões a respeito.”

‘OS MARTINS

Com base nas publicações  de anos de pesquisa do meu tio Luiz Carlos Martins Pinheiro, ‘OS MARTÍNEZ’, dos quais ‘OS MARTINS’ é seu tronco brasileiro, tem suas origens em ‘PANCENTEO’ (galego) ou ‘PANCETENO’ (castelhano), um pequeno e antigo povoado de ‘MARZÁN’, Distrito do Município de ‘O ROSAL’, Província de ‘PONTEVEDRA’, Comunidade Autônoma da Galiza (Reino de Galiza), noroeste da Espanha, fronteira com o norte de Portugal.

* PANCENTEO significaria pão centeio em português; pan centeo em galego e pan centeno em castelhano.

 

DOMINGO ANTÓNIO MARTÍNEZ 

MARÍA URSULA ÁLVAREZ

  • JOSÉ BENTO MARTÍNEZ

BENTO MARTÍNEZ

TEREZA RODRÍGUEZ

  • APOLÓNIA MARTÍNEZ

 

JOSÉ BENTO MARTÍNEZ

APOLÓNIA RODRÍGUEZ

  1. MIGUEL BENITO MARTÍNEZ MARTÍNEZ (1854-1934)
  2. CASIANO MARTÍNEZ (1856-?)
  3. CÁNDIDO MARTÍNEZ (1859-?)
  4. JOSÉ MANUEL MARTÍNEZ (1863-1950)
  5. GENEROSA (?-?)

JOSÉ MANUEL MARTÍNEZ  / JOSÉ MANOEL MARTINS (1863-1950), aos 16 anos, em 1879, teria chegado desacompanhado ao Porto do Rio de Janeiro. Faleceu em 29/09/1950, no Rio de Janeiro, aos 87 anos de idade.

Uma vez no Brasil, se fixou inicialmente em Cantagalo, onde trabalhou para ‘OS MONNERAT’, uma das famílias agrícolas e católicas que Dom João VI, Rei do Reino Unido de Portugal, do Brasil e Algarves (1816-1821) fez vir da Suíça para colonização dessa região.

Administrou fazendas dessa mesma família nos municípios de Bom Jardim Cordeiro e Varre-Sai, de onde foi viver em Tombos – MG.

Irmãos:

CASIANO MARTÍNEZ permaneceu em PANCENTEO, casando-se com PASCUALA VICENTE Y SOBRINHO;

GENEROSA também permaneceu em PANCENTEO;

CÁNDIDO MARTÍNEZ teria ido para CUBA, esposa Sira e

MIGUEL BENITO MARTÍNEZ Y MARTÍNEZ (1854-1934) tornou-se cabeça do tronco uruguaio.

 

JOSÉ MANOEL MARTINS (1863-1950), Patriarca de ‘OS MARTINS’, casou-se com DELPHINA MARIA MARTINS (1869-1958), filha de JUSTINIANO VIEIRA DA SILVA MATTOS (1840-?) e de MARIA ROSA DE JESUS (1845-?) e tiveram 11 filhos:

  1. a primogênita OTTONÍLIA MARIA MARTINS DE LANNES (1892-1980) casada com SEBASTIÃO DA COSTA LANNES (TIÃO) (1888-1957), nasceu na Freguesia de São José do Ribeirão, então Nova Friburgo, atual distrito de Bom Jardim – RJ, casou-se em Varre-Sai e tive 2 filhos.
  2. CECÍLIA MARTINS HENRIQUES (1892-1971) casada com JOSÉ JOAQUIM HENRIQUES (ZECA) (1899-?), nasceu na Freguesia de São José do Ribeirão, então Nova Friburgo, atual distrito de Bom Jardim – RJ, casou-se em Varre-Sai e teve 3 filhos.
  3. ETELVINA MARTINS LEONARDO (1894-1991), casada com FRANCISCO LEONARDO (1890-1968)
  4. ODILLA MARTINS DE OLIVEIRA (1896-1990) casada com MANOEL SIMÕES DE OLIVEIRA (NENÊ) (1897-1951), nascida em Monnerat, atual 2º Distrito do Município de Duas Barras – RJ, não teve filhos.
  5. DULCE MARTINS RIBEIRO (1898-1968) casada com JUVENAL RIBEIRO (1897-1882), nascida em Duas Barras, 1º Distrito e Sede de Duas Barras – RJ, teve 2 filhos.
  6. ALCIDES MARTINS (1899-?) casado com MARIA ESTHER GIANRE (1903-?), nascido em Monnerat, atual 2º Distrito de Duas Barras – RJ, teve 2 filhos.
  7. MARIA MARTINS FONTES (NÊNA) (1901-1981) casada com ARY FONTES (1904-1985), teve 1 filha.
  8. CÂNDIDO MARTINS (Candinho) (1903-?) casado com LAURA NEVES MARTINS (LAURITA) (1906-?), nascido em Cordeiro, Distrito de Cantagalo – RJ, teve 4 filhas.
  9. ESTHER MARTINS MOREIRA (1904-?) casada com WALTER DE CASTRO MOREIRA (1900-1958), nascida em Cordeiro, Distrito de Cantagalo – RJ, teve 2 filhos.
  10. ALZIMIRA MARTINS PINHEIRO (1905-1990) casada com FRANCISCO DE ASSIS PINHEIRO JUNIOR (FRANCISQUINHO) (1902-1985), nascida na Fazenda São Francisco, Cordeiro, Distrito de Cantagalo – RJ, teve 7 filhos.
  11. JOSÉ MANUEL (ZEQUINHA) (1908-2000) casado com ORNALIDE LOPES MARTINS (FILHINHA) (1916-?), nascido no Rio Grande, atual Riograndina, Nova Friburgo, teve 5 filhos.
  12. ZILTON MARTINS (1911-2000) casado com ZAYRA MAIA (?-?), nascido na Fazenda Candonga, em São Sebastião de Varre-Sai, 7º Distrito de Itaperuna, atual Varre-Sai – RJ, não teve filhos.
  13. MAUDE MARTINS BUCHSBAUM (1912-2003) casada com HANS MARTIN BUCHSBAUMS (1913-1991), nascida na Fazenda Candonga, em São Sebastião de Varre-Sai, 7º Distrito de Itaperuna, atual Varre-Sai – RJ, teve 1 filho.
  14. AÿDACÿ MARTINS (1913-2003), não se casou, nascida na Fazenda Candonga, em São Sebastião de Varre-Sai, 7º Distrito de Itaperuna, atual Varre-Sai – RJ, não teve filhos.

 

Foto 09/10/1949

De trás para frente e da esquerda para a direita, foto tirada em frente a casa da filha Odilla e do genro Manoel:

neta Delfina Maria (1940) / Jose Manuel (1863-1950) e Delphina Maria (1869-1958) – genearcas / neto Francisco Aloísio (1943) / filha Aÿdasÿ (1913) / filho Zilton (1911-2000) / genro Hanns Martins (1913-1991) e filha Maude (1912) /neta Nilsa (1930) / filho Cândido (Candinho) (1903) / filha Dulce (1898-1968) / filha Odilla (1896-1990) e genro Manoel Simões (Nenê) (1897-1951) / filho Alcides (1899-?)(Uruguai) / nora Ornailde (Filhinha) (1916-?) e filho José Manuel (Zequinha)(1908-2000) / neto José Manoel (Zé Lannes) (1916-1973) / Neely (1926-1995) e esposo e neto José Carlos (Zé Carlos, Zelito) (1915-1994) / possivelmente o primeiro dos netos com o filho primogênito no colo, o bisneto Luis Sérgio (1948) / filha Ottonilia Maria (1892-1980) / filha Etelvina (1894-1991) e seu esposo Francisco (1890-1968) / filha Alzimira (1905-1990) com filho caçula no colo, o neto Marco Aurélio (1949) e seu esposo Francisco de Assis (Francisquinho) (1902-1985) com outro filho no colo, o neto Ronaldo Fernando (1947) / filha Cecília (1892-1971) / Maria (Nena) (1901-1980) e seu esposo Ary (1904-1985) / filha Maria Esther (1904) / Iêda (1932) e seu futuro esposo Juclóvis (1922-1968) / netos Alcides Lorenzo (Totó) (1928-?), Gilberto (1932-1982), José (Zé Neves) (1932), Luiz Carlos (1930), Carlos Roberto (1931), Paulo José (1927-2000) / sobrinho-neto Jesús (1918-1995) (recém emigrado de Pancenteo).

Em 1817, foram concedidas sesmarias com limite no Córrego do Feijão Cru, Distrito de Santo Antônio de Ubá, à FERNANDO AFFONSO CORREIA DE LACERDA e a JERÔNIMO PINHEIRO DE LACERDA.

Em 1831, FRANCISCO PINHEIRO DE LACERDA ou FRANCISCO PINHEIRO CORREIA DE LACERDA doou terras ao Patrimônio de São Sebastião, dando origem à cidade de Leopoldina.

Com ele teria chegado também ao Córrego do Feijão Cru Pequeno, procedente de mineração em Mariana – MG, seu irmão ROMÃO PINHEIRO DE LACERDA ou ROMÃO PINHEIRO CORREIA DE LACERDA, que, em 1856, foi vereador em Leopoldina.

Ambos foram proprietários de fazendas em Leopoldina, sendo que o primeiro teria vendido a Fazenda Desengano em 28/04/1838, dando terras à construção do pátio ferroviário de Leopoldina.

JOSÉ DE LANNES DANTAS BRANDÃO (?-1852) foi um desbravador à colonização do Vale do Carangola nos idos de 1820, municípios de Varre-Sai, Porciúncula e Natividade.

Em Varre-Sai, por volta de 1840, teria possuído a Fazenda do Candonga, uma das mais antigas fazendas da região.

Em 1852, JOSÉ DE LANNES DANTAS BRANDÃO foi assassinado por seus escravos.

Aí teriam vivido ‘OS MARTINS’, entre 1908-1918, e aí podem ter nascido ZILTON, MAUDE e AÿDASÿ.

 

‘OS PINHEIROS’

MARIANO GONÇALVES DE OLIVEIRA (1815-?)

e JACINTHA BICALHO DRUMMOND

  • MARIA NARCIZA DE OLIVEIRA LACERDA (NHANHÁ) (1846-1911)

MARIA NARCIZA DE OLIVEIRA LACERDA (NHANHÁ) (1846-1911)

FRANCISCO PINHEIRO DE LACERDA (1835-1926)

  • FRANCISCO DE ASSIS PINHEIRO (CHIQUINHO) (1869-1952)

 

JOSÉ CUSTÓDIO FERNANDES (PADRINHO DO TRIUNFO) (1805-?)

ANA FRANCISCA COUTINHO (TIANA, D. DIDINHA)

  • ANA CUSTÓDIA FERNANDES (NHANHÁ) (1820-?)

ANA CUSTÓDIA FERNANDES (NHANHÁ)

ANTÔNIO RODRIGUES DO CARMO (1815-1890)

  • MARIA DO CARMO QUINTÃO (1850-1890)

MANOEL FERREIRA QUINTÃO (1815-?)

RITA DE CÁSSIA MARTINS DE OLIVEIRA (1820-?)

  • JOÃO MARTINS FERREIRA QUINTÃO (JANJÃO)(1845-?)
  • JOAQUIM
  • EULÁLIA
  • OLYMPIO

JOÃO MARTINS FERREIRA QUINTÃO 

JULIETA GUARIGLIA QUINTÃO 

  • ALCIDES QUINTÃO PINHEIRO (1875-1941), em Santo Antônio do Carangola/Santo Antônio dos Macacos/Porciúncula

 

FRANCISCO DE ASSIS PINHEIRO (CHIQUINHO) (1869-1952)

ALCIDES QUINTÃO PINHEIRO (1875-1941)

  1. MARIA DO CARMO COSTA (MARICAS) (TOMBOS – MG – 1891-1983) casou-se com ANTÔNIO FERNANDO DA COSTA (DIDIO – 1884-1955) e tiveram 6 filhos
  2. ANNA DO CARMO PINHEIRO (PEPITA) (TOMBOS – MG – 1893-1981) solteira sem filhos
  3. CLOTILDE PINHEIRO SEIBOLD (?-1977) casou-se com GEORGE SEIBOLD (JORGE) (1897-1992) e tiveram 1 filho
  4. JOSÉ DE ASSIS PINHEIRO (TOMBOS – MG – 1898-1931) casou-se com EDITH MOREIRA PINHEIRO (1908-?) e tiveram 2 filhos
  5. RITA (?-?)
  6. JACINTHA PINHEIRO DA COSTA MATTOS (NENÉM) (TOMBOS – MG – 1896-1979) casou-se com EPAMINONDAS DA COSTA MATTOS (ZIZINHO, MATTOS) (1897-1949)
  7. MANOEL DO CARMO PINHEIRO (MANÉ CHEIROSO) (TOMBOS – MG – 1900-1984) solteiro sem filhos
  8. FRANCISCO DE ASSIS PINHEIRO JÚNIOR (FRANCISQUINHO) (TOMBOS – MG – 1902-1985) casou-se com ALZIMIRA MARTINS PINHEIRO (1905-1990) e tiveram 7 filhos
  9. CARMEM PINHEIRO DE SIQUEIRA (PORCIÚNCULA – RJ – 1908-1987) casou-se com VERUTÍDIO GONÇALVES SIQUEIRA (1909-1975) e tiveram uma única filha
  10. JOÃO DE ASSIS PINHEIRO (TOMBOS – MG – 1906-1996) casou-se com ANNA DA SILVA PINHEIRO (?-?) e tiveram 2 filhos
  11. HÉRMIA DO CARMO PINHEIRO (TOMBOS – MG – 1908-1991) solteira sem filhos
  12. JÚLIA DE ASSIS PINHEIRO(TOMBOS – MG – 1910-?) solteira sem filhos
  13. CLARISSE DE ASSIS PINHEIRO (TOMBOS – MG – 1911-?) solteira sem filhos
  14. ALINE DE PINHEIRO GOUVÊA (TOMBOS – MG – 1913-1969) casou-se com ELIHÚ DE CARVALHO GOUVÊA e tiveram 10 filhos
  15. YOLANDA DO CARMO PINHEIRO FIGUEIRA (TOMBOS – MG – ?-?) casou-se com FAUSTO DOS REIS FIGUEIRA e tiveram uma única filha
  16. DULCE PINHEIRO BOMFIM (LIZETTE) (TOMBOS – MG – 1918-?) casou-se com ONOFRE BONFIM FILHO (ONOFRINHO) (1917-?) e tiveram três filhos

 

FRANCISCO DE ASSIS PINHEIRO JÚNIOR (FRANCISQUINHO) (TOMBOS – MG – 1902-1985)

ALZIMIRA MARTINS PINHEIRO (1905-1990), nascida na Fazenda São Francisco, conforme registro de nascimento do registro civil de Cordeiro – RJ

casaram-se em 05/04/1926, na então Villa de Tombos – MG.

Segundo relato do próprio Francisquinho à MPMemória, ele fez a Confissão com o Bispo Dom Carloto às 4:30 horas da manhã e a seguir fez também a Comunhão.

Às 5 horas, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, no altar de Santa Inês, foi celebrado o ato pelo Sr. Bispo devido a ausência do Padre José, Sacerdote da Paróquia, tendo servido com testemunhas do noivo, as mesmas pessoas do civil e da noiva o Sr. Manoel Simões de Oliveira e a Sra. Odilla Martins Simões.

A Comunhão da noiva foi feita no ato religioso e a Confissão no dia anterior, 04/04/1926.

As alianças trocadas foram emprestadas pelos padrinhos Nené e Odila, já que as adquiridas para a ocasião foram perdidas. As segundas alianças foram bentas, posteriormente, pelo Padre Armando Lacerda no Seminário da Ilha de Paquetá.

O casamento civil aconteceu às 5:30 horas na casa do Sr. José Manoel Martins pelo escrivão Sr. Manoel de Araújo Bravo e Juiz de Paz, Sr. Edmundo Cardoso, tendo por testemunhas Epaminondas da Costa Mattos e Jacintha Pinheiro Mattos de São João Nepomuceno e da noiva, o Capitão Ramires Pires Teixeira e Sra. Dona Nenê Pires Teixeira, ao que se seguiu farta mesa de doce e chá.

O trajeto para a Estação de Trem foi no automóvel do Sr. Sebastião Rocha e D. Myrthes Rocha Quintão, onde os noivos embarcaram para o Rio de Janeiro, às 6 horas. Acompanharam o cortejo Dulce Martins, Nêna, Cândido Martins.

A chegada a Estação de Praia Formosa, à Rua Figueira de Mello, foi as 21 horas, dali seguindo de taxi com destino à Rua da Lapa, 56-térreo.

Filhos:

  1. Paulo José Martins Pinheiro (1927) & Odila (1931), sem filhos. Texto que redigi em 20/03/2000, ao retornar do enterro do Tio Paulo, que é um testemunho da grandeza de alma dele: “Eram dias que antecediam o Natal, quando soube que o senhor, Tio Paulo, estava doente, gravemente doente, e que o processo que vivia já datava de mais de ano. Imediatamente, lembrei, então, do grande companheiro que o senhor havia sido meu e de minha família na cirurgia a que meu pai se submetera em abril. Imaginei com que sacrifício o senhor me rendia diariamente para que eu pudesse descansar e ter forças para passar as noites cuidando de meu pai. A leitura de tudo isso não foi difícil, tratava-se de um exemplo de grandiosidade de espírito. Não tive dúvidas, seu lugar já estava reservado junto a Deus e certamente seria homenageado com a recepção de vovó Alzimira, vovô Francisco e Tia Glória Maria e tantos outros familiares e amigos queridos. Estaria bem, estaria em paz. A expressão suave de seu rosto, a serenidade com que transcorreu a noite de seu velório, a chuva que naquela noite caiu em forma de benção, a tranquilidade com que ocorreu seu sepultamento, confirmaram, o senhor estava em paz. Pela primeira vez, ao sair de um enterro, meu sentimento maior era exatamente de infinita paz. Com muito carinho, esperando ter a honra de vir a ser recepcionada pelo senhor, Tio Paulo, quando por Deus eu for chamada, despeço-me, sua sobrinha, Silvia Maria.”
  2. Luiz Carlos Martins Pinheiro (1930-2012) & Marly (1934-2006)
  3. Sylvio Cesar Martins Pinheiro (29/08/1932) & Maria Oildes Azevedo Pinheiro (12/06/1932)
  4. Francisco Aloisio Martins Pinheiro (1943) & Clarice (1947), sem filhos
  5. Ronaldo Fernando Martins Pinheiro (1947) & Luiza
  6. Marco Aurélio Martins Pinheiro (1949) & Regina (1946)