“A fome só se satisfaz com a comida 

 e a fome de imortalidade da alma

com a própria imortalidade.

Ambas são verdadeiros instintos.”

Fernando Pessoa

FRANCISCO DIAS DA SILVA

& MARIA GOMES

  • MANOEL FERREIRA DE AZEVEDO E SILVA

JOÃO DA COSTA 

& JOANA MARGARIDA

  • ROSA MARGARIDA DA SILVA

 

MANOEL FERREIRA DE AZEVEDO E SILVA, lavrador

& ROSA MARGARIDA DA SILVA

  • MANOEL FERREIRA D’AZEVEDO E SILVA, nascido às 14 horas do dia 20/11/1863; natural de Portugal, Concelho de Oliveira de Azeméis, Distrito de Aveiros; batizado em 03/12/1863, na Igreja de São Thiago de Riba de UI, padrinhos Manoel Luiz da Costa e Leonor Ferreira de Castro; falecido em 14/11/1928, aos 65 anos, em Santa Izabel – MG, atual Distrito de Abaíba, Leopoldina – MG.

 

JOÃO RODRIGUES 

& JOANA DIAS 

  • JOSÉ ANTONIO RODRIGUES PIMENTA

MANOEL FERREIRA

& MARIA JOSEFA

  • ANA MARIA FERREIRA

 

JOSE ANTONIO RODRIGUES PIMENTA, logista

& ANA MARIA FERREIRA

  • MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA PIMENTA, nascida às 20 horas do dia 08/11/1866; natural de Portugal, Concelho de Oliveira de Azeméis, Distrito de Aveiros; batizada em 17/11/1866, na Igreja de São Martinho de Cucujães, foram padrinhos Theodozio José Gonçalves, proprietário e sua mulher Margarida Rosa de Deis.

 

MANOEL FERREIRA DE AZEVEDO E SILVA 

& MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA PIMENTA, casaram-se no dia 15/03/1885, na Igreja de São Martinho de Cucujães, Concelho de Oliveira de Azeméis, Distrito de Aveiros. Nessa ocasião ele tinha 21 anos, era solteiro, pedreiro, natural e morador da freguesia de Santiago de Riba UI, Concelho de Oliveira de Azeméis e ela tinha 18 anos, era solteira, costureira, natural e moradora de Cucujães. Foram testemunhas José Maria Soares de Albergaria, Presbítero e Antônio Francisco Gomes, jornaleiro. Vieram para o Brasil, já com um filho de 11 anos, chamado JOSÉ FERREIRA, que morreu em Abaíba, que, em Tupi-Guarani, significava ‘homem quer casar’ ou ‘noivo bom’. Ele falecido em Santa Izabel, em 14/11/1928.

  • MOACYR FERREIRA DE AZEVEDO, nascido em 05/03/1907, às 14 horas, natural de Santa Izabel – MG, atual Distrito de Abaíba, Leopoldina – MG; oficial de pedreiro; falecido em Tombos – MG em 27/08/1986, aos 79 anos.
  • outros filhos: José, Serafim, Laura, Anna, Lili e Didico, que teria tido uma padaria em Leopoldina – MG, Padaria Brasil.

Olívia Azevedo de Oliveira, nome de solteira / Olívia Ferreira de Oliveira, nome de casada, apelido Lili, nascida em 20/03/1904, casada com Agenor Ferreira Oliveira, nascido em 28/07/1903, primo da vovó Abigail, eram lavradores, residentes em Villa e Município de Tombos, filha adotiva Tuinha, neto Agenor Heleno.

O marido da irmã do pai do Marcelo Junqueira Ferraz, com quem trabalhei por muitos e muitos anos, Orlando Azevedo Venturi, quando estudante, trabalhou na Padaria Brasil – Leopoldina – MG, que era de um tio dele, que acreditamos seja o Didico, irmão da mãe dele, Anna, que por sua vez era irmã do vovô Moacyr. Ainda havia viva uma irmã do Orlando, morando em Abaíba.

 

FRANCISCO VIEIRA DE OLIVEIRA

& ANTONIA F. DE OLIVEIRA 

  • JOSÉ VIEIRA DE OLIVEIRA, nascido em 09/01/1873, em Diamantina – MG, falecido em 01/12/1952, aos 71 anos.

JOAQUIM DE ABREU

& JANUÁRIA DA COSTA ABREU

  • EUGÊNIA AUGUSTA DE OLIVEIRA /  EUGÊNIA DA COSTA ABREU / EUGÊNIA ABREU OLIVEIRA / EUGÊNIA ABREU VIEIRA (?),  nascida em 11/05/1884, natural de São Sebastião da Estrella – MG, falecida em 18/06/1961, aos 77anos. Tinha um irmão, Américo.

 

< JOAQUIM DE ABREU

 

> JANUÁRIA DA COSTA ABREU

 

 

 

 

 

JOSÉ VIEIRA DE OLIVEIRA

& EUGÊNIA AUGUSTA DE OLIVEIRA

  • ABIGAIL AUGUSTA DE OLIVEIRA, nascida em 04/05/1905, natural de São Sebastião da Estrela – MG, falecida em 01/01/1992, aos 87 anos.
  • outros filhos:
  1. Aracy (24/01), casou-se com Otávio e teve quatro filhos: Vera, Renato, Geni e Léa.
  2. Amenemozine (Monzine) morreu aos 18 anos de tifo.
  3. José Guilherme (22/08) e Maria do Rosário, irmãos de criação. José Guilherme casado com Leda (04/01), havia suspeita de que fosse filho do vovô Vieira. Maria do Rosário (31/10/1943), filha da Percília, lavadeira do Hotel Serpa.                                                                                                                                                                      Lourdes (11/08) prima da vovó, casada com Jefferson, mãe das gêmeas Rita e Maria Oneira, um filho mais velho e outro mais novo, Antônio. Moravam em Faria Lemos.

sentados: tia Aracy, Bisavó Eugênia, Bisavô Vieira, Vovó Abigail; em pé da esquerda para a direita: Renato (filho tia Aracy), Otávio (marido tia Aracy), Geni (filha tia Aracy), Léa (encostada na parede, filha tia Aracy), Vera (atrás do bisavô Vieira, filha tia Aracy), Vovô Moacyr (em pé, atrás da Vovó Abigail), Maria Oildes (do lado esquerdo da Vovó Abigail), Zelito (no colo da Vovó Abigail) e Terezinha (do lado direito da vovó Abigail). Segundo Suely, tio Zelito nessa foto aparenta ter uns 2 aninhos, como ele nasceu em 1933, a foto deve datar do início de 1935 e aí Vovó Abigail já estaria grávida da tia Aparecida, que nasceria em 27/08/1935. 

sentados: tia Aracy, Bisavó Eugênia, Bisavô Vieira, Vovó Abigail e Vovô Moacyr; em pé da direita para a esquerda: ao lado do Vovô, tio Ailcyr, atrás dele tio Antônio com a Elizabeth no colo, tia Terezinha com o Mário Roberto no colo, … , minha mãe Oildes, …, tia Mariinha, tia Aparecida, Tuinha, … , Agenor com Agenor Heleno no colo, tia Lili, … , … , … , … , … , …

 

MOACYR FERREIRA DE AZEVEDO 

& ABIGAIL AUGUSTA DE OLIVEIRA, casaram-se em 20/02/1930, às 13 horas, em casa do pai do noivo, na Fazenda Batatal, Distrito da Villa e Município de Tombos, Termo e Comarca do Carangola, Estado de Minas Gerais, tendo sido padrinhos Julio Monteiro de Barros e esposa, Maria da Rocha Monteiro de Barros, comerciantes, residentes em Providencia, passando Abigail a assinar ABIGAIL VIEIRA DE AZEVEDO, conforme registrado no Livro B-11, folhas 136, termo n. 73, do Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais de Tombos – MG.

Filhos:

10/12/1930 Terezinha & Antônio (em memória0 02/11/1917 – casamento 15/05/1949

1. Elizabeth 06/05/1950 & Gilson (em memória) – casamento 15/06/1976

1.1 Cristina 15/05/1977 & Sebastião

1.1.1 Mateus

1.1.2 Maria Sofia

1.2 Andreia 03/11/1979 & Rondineli

1.2.1 Rafael

1.2.2 Mariana

2. Mario Roberto (em memória) 14/08/1951 & Ruth

2.1 Laura & Antônio

2.1.1 Helena

2.2 Luiza

2.3 Vitor & Bruna

2.3.1 Mariana

12/06/1932 – Maria Oildes Azevedo Pinheiro (em memória) & Sylvio Cesar Martins Pinheiro (em memória) 29/08/1932 – casamento 22/10/1956, nome de solteira Maria Oildes Vieira Azevedo. Ele faleceu em 03/12/2014, às 14:30 horas, aos 82 anos, de choque séptico, sepse abdominal e pulmonar, cremado no Memorial do Carmo – RJ. Ela faleceu em 19/02/2015, às 8: 55 horas, aos 82 anos, de choque séptico, infecção urinária, diabetes mellitus, cremada no Memorial do Carmo RJ.

1. Silvia Maria Pinheiro Grumbach 05/09/1957 & José Roberto Ponce Grumbach 30/01/1944

1.1 Ricardo Pinheiro Grumbach 06/08/1983 & Carolina Faccini de Souza Grumbach 09/06/1987

1.1.1 Antônia Faccini Grumbach 04/06/2014

1.1.2 Bento Faccini Grumbach 18/08/2019

2. Selma Lucia Azevedo Pinheiro 13/06/1960 & Mario Lucio de Almeida Bastos (em memória)  29/07/1943 / Erik Drummond

2.1 Raphaela Pinheiro de Almeida Bastos 20/09

2.2 Carolina Pinheiro de Almeida Bastos 22/10

09/10/1933 – Jose Manoel (Zelito) & Lucy 25/07 – casamento 09/10/1959

1. José Carlos 23/01/1960

2. Luiz Fernando Giarolla 03/09/1963

3. Rogéria Giarolla 04/04/1972

27/08/1935, registrada em 29/09/1935 – Maria Aparecida Azevedo Lucas (em memória) & Emilio Lucas (em memória) 09/05/1923, registrado em 24/05/1923 – casamento 06/12/1953

1. Suely Maria 28/09/1954 & Ricardo Manhães

1.1 Thamyres

1.2 Olavo

2. Emílio Carlos (em memória) 17/08/1957 & Patrícia

2.1 Karina (em memória) 07/02/1981 & Victor Hugo

2.1.1 Bárbara (em memória)

2.2 Yasmin

27/10/1936 – Maria Eugênia Azevedo Lopes (Mariinha) (em memória) & Walter Lopes (em memória) 22/08/1921 – casamento 07/05/1956

sentados: Mariinha & Walter; ao centro Elizabeth com o Cláudio no colo; Suely apoiada no colo da tia Mariinha; atrás uma grande amiga da tia Mariinha e Madrinha do Cláudio, Maria Lucia Bastos Duayer; o irmão do tio Walter e Padrinho do Cláudio, Nelson; Tia Conceição e ao lado do tio Walter, o Mário Roberto.

1. Claudio William Azevedo Lopes 31/03/1957 & Marília

1.1 Carolina 07/04/1983 & Paulo

1.1.1 Isadora

1.1.2 Nina

1.2 Edson & Thatiana

2. Márcio (em memória)  02/07/1958 – 24/05/1998, aos quase 40 anos, num acidente de carro na estrada entre Carangola e Tombos (MG). A seguir um poema feito por ele 22 anos do acidente, em fevereiro de 1976 – “Memória Póstuma”:

“Olhos abertos, cinza nos olhos e no céu / Pés cansados prosseguiam / Capim escondia a estrada / Indefinida, estrada perdida / Levavam-me ao rumo / Sentia nudez ao redor / Estava só / Silêncio ecoava / Gotas marcavam a estrada / Matava-as com os pés / Grito no ar / Apenas um bem-te-vi / Amarelo no peito, branco na alma / Adiante / Água a bater nas pedras / Uma estranha à outra / Pés e caminhos tortos / Flores selvagens emolduradas / Abafadas, capim grotesco / Meus pés pararam / Fecharam-se os olhos / Frio no coração / Cinza na alma / Natureza morta me ouvia / Levou-me em paz / Bem-te-vi / Vermelho no peito / Bem-te-vi / Não mais viu.”

3. Flávio 05/05/1960 & Martinha

3.1 Lívia

4. Fábio Azevedo Lopes 05/05/1960 & Andréia

5. Marissol Azevedo Lopes 13/01/1966 & Luiz

5.1 Lucas

5.2 Tiago

09/05/1938 – Maria da Conceição Azevedo Tabosa (Perrucha) & Alcides Tabosa 24/08/1932 – casamento 03/05/1960

1. Deise Tabosa 29/03/1967 & Krishna

1.1 Yan

2. Julio Tabosa 22/04/1968 & Cinara 10/02/1994

2.1 Victor

2.2 Vinícius

01/01/1941 – Antônio Ailcyr 01/01/1941 & Ângela Lucia 17/02/1944 – casamento 08/06/1967

1. Ailcyr 13/10/1969 & Ana Lúcia

1.1 Gabriela

2. Viviane 08/01/1974 & Ramon

2.1 Paola

2.2 Manuela

 

Da esquerda para a direita: Conceição, Mariinha, Terezinha, Abigail, Moacyr, Oildes e Aparecida.

Abaixados: Zelito e Ailcyr.

Até 19/12/2020, Moacyr & Abigail, que se casaram em 20/02/1930, passados 90 anos, somavam 7 filhos, 18 netos, 23 bisnetos e 11 trinetos.

 

*** A Fazenda do Batatal, em Tombos, uma das mais tradicionais fazendas cafeeiras da região, atualmente faz parte do ponto turístico de visitação da Rota do Café & Cachaça – Caminhos do Pico da Bandeira, o terceiro maior Pico do Brasil. Trata-se, na verdade, de um museu a céu aberto.

Na madeira que forra o assoalho da Sede da Fazenda, o registro das inicias do nome do proprietário Marco Aurélio Monteiro de Barros, avó da atual proprietária e herdeira, Maria Bernadete Monteiro de Barros Gigliote. Moacyr Ferreira de Azevedo foi administrador dessa Fazenda, aí ele se casou e nasceram alguns de seus filhos.

Inúmeras peças sacras da Igreja local foram restauradas, assim como a própria Igreja, além de inúmeras outras preciosidades e relíquias.

“A Rota do Café e Cachaça – Caminhos do Pico da Bandeira é um roteiro turístico de aventuras fora de estrada e fora de série que conecta importantes pontos de produção e atrações em toda a região das 3 Divisas – Vértice Sudeste MG/RJ/ES no entorno do Pico da Bandeira / Parque Nacional do Caparaó e é uma aventura em off road em 4 dias e 500 km em cada roteiro, em um total de 4 roteiros, que destaca a produção do mais genuíno produto brasileiro: A Cachaça Artesanal de Alambique e destaca também as histórias e tradições da produção dos premiados Cafés das Montanhas.” (Fonte: Jornal O Combatente, 21/08/2020)

Através do Decreto Nº 035/2016, de 21/07/2016, a Prefeitura Municipal de Tombos criou a área de relevante interesse ecológico “Fazenda do Batatal”, com área aproximada de 63,93 hectares.

 

Segundo contou tia Conceição, a vovó Abigail alugava o Ford 29 do Sr. João Bacalhau, chofer de praça, aos domingos, para passearem na Fazenda da Serra e, assim, visitar tia Lili, sua cunhada e amiga.

 

O Vale do Carangola foi habitado inicialmente pelos índios Puri, que, na sua origem, tinham pertencido à tribo dos Goitacá. Depois de grandes enfrentamentos com os Tamoios e portugueses, durante os séculos XVI e XVII, começaram a migrar em levas que penetraram o noroeste fluminense a procura de novas áreas de habitação.

No início do século XIX, os Bandeirantes já percorriam os rios Carangola e Muriaé, cujas nascentes se localizam em Minas Gerais e atravessam a região noroeste do Estado do Rio de Janeiro, banhando suas principais cidades.

Tem-se como certo que o desbravamento ocorreu entre os anos de 1821 e 1831, cabendo o mérito a José Lannes Dantas Brandão, que, por volta de 1820, teria chegado à cidade do Rio de Janeiro acompanhado de uma tropa carregada de mercadorias originárias da fazenda que seu pai possuía naquela Província.

Rezam as crônicas que, desde menino, José Lannes manifestava vivo interesse pela carreira das armas e que chegando à Metrópole, pode concretizar seus ideais alistando-se na Milícia de D. João VI e, por atos de bravura, ascendeu rapidamente ao posto de sargento. Apesar de tão rápido êxito, as ambições militares do jovem sargento estavam fadadas ao insucesso. Proveniente de Portugal, chegara, logo após a promoção na Milícia, um alferes, designado a servir na tropa a que José Lannes pertencia. Certo dia, estando a tropa aquartelada em Niterói, o alferes português e o sargento brasileiro se envolveram em um incidente que levou José Lannes a deserção.

Contornando o litoral fluminense, José Lannes chegou às margens do rio Paraíba, subindo até o local onde as águas desse rio se juntam com as do rio Muriaé. Abandonando então o Paraíba, subiu pelo Muriaé até a primeira morada dos índios puris, hoje Fazenda da Conceição. Depois de um breve descanso e servido por uma escolta de índios, cujas boas graças atraiu, enveredando-se pelo rio Carangola, atingindo a Cachoeira de Tombos, de onde retornou assinalando os locais de Porciúncula e Natividade.

 

A cidade nasce no século XIX, quando o abastado Coronel Maximiano José Pereira de Souza com seus familiares, escravos e amigos fixaram-se nesse local, dando início ao pequeno povoado, cujas três cachoeiras que, em seqüência, formavam uma única, lhe deram a denominação de Tombos. Hoje, devido a um deslocamento da rocha, o terceiro tombo se dividiu em dois, formando, então, quatro quedas.

Mais tarde, outros povos oriundos de diversas localidades colonizaram o município implantando suas culturas:  espanhóis, portugueses, alemães e italianos, atraídos pela fertilidade das terras e da grande extensão das matas. Imigraram, também, algumas famílias sírias, que se estabeleceram comercial e industrialmente.

Em 1849, o Coronel Maximiano fez doação de uma gleba de terra para o patrimônio de Nossa Senhora da Conceição, vindo a ser construída uma capela em homenagem à santa, no mesmo lugar onde se elevou a Matriz, com a implantação da Paróquia em honra a Nossa Senhora da Conceição.

Em 21 de maio de 1852, a Lei provincial nº 605 criou a freguesia de Nossa Senhora da Conceição dos Tombos, no termo de Carangola.

De acordo como Almanak Administrativo, Civil e Industrial da Província de Minas Gerais para o ano de 1865, organizado e redigido por A. Assis Martins e J. Marques de Oliveira, a Freguesia de N. S. da Conceição de Tombos do Carangola tinha por sede o arraial de Tombos, composto por 50 casas habitadas, que formavam duas ruas e duas praças, uma das quais dando entrada a uma ponte, construída sobre o rio Carangola, que fornecia água àquele arraial situado na sua margem esquerda.

A Matriz de Nossa Senhora da Conceição estava colocada em uma elegante praça, a Praça Coronel Maximiano; a igreja começada às expensas dos povos do lugar, prometia em breve tempo se tornar um perfeito edifício, por quanto além do afinco com que trabalhavam para sua conclusão,  era beneficiada por avultadas verbas testamentárias.

 

 

 

Com 3 mil habitantes, entre livres e escravos, era cortado de norte a sul no espaço de 10 léguas do rio Carangola, incapaz para navegação em todo o seu curso, além de muitas cachoeiras, mesmo junto ao arraial de Tombos, onde o rio se precipitava sobre um penhasco em três quedas consecutivas de 300 braças, formando grandioso e arrebatador espetáculo a ser admirado da borda do precipício e que acabou por dar nome ao local.

O café era sua indústria agrícola e exportava, à época, 30 mil arrobas de café.

O distrito pertencia ao município de Muriaé passando, em 12 de novembro de 1878, pela Lei nº 2500, a integrar o recém-criado município de Carangola, com o nome Tombos do Carangola, mantido pela Lei Estadual nº 2, de 14/09/1891, figurando em 1920 sob o topônimo de Tombos de Carangola. Pela Lei Estadual nº 843, de 07/09/1923, criou-se 0 município de Tombos, desligado do município de Carangola.

Com o advento do trem de ferro, planejou-se a extensão dos trilhos da Leopoldina até a sede do novo Município, vindo desta maneira ativar o progresso da nova cidade; em 08 de dezembro de l886 foi inaugurada a estação ferroviária com a denominação de Tombos do Carangola, onde hoje funciona o Museu da cidade.

Com a emancipação política, através da Lei nº 843, de 07 de setembro de 1923, Tombos tornou-se município, passando a denominar-se simplesmente “Tombos”. Em 27 de janeiro de 1924, o município teve a sua emancipação  publicada e oficializada, graças ao grande esforço do Coronel Manoel Martins Quintão, primeiro Prefeito do Município, que na ocasião ocupava o cargo de Presidente da Câmara Municipal, com atribuições de Prefeito, político de grande prestígio e influente, pessoa altamente ponderada. Durante a administração do Prefeito Cel. Manoel Martins Quintão destacaram-se a abertura e construção de estradas e de ruas, inclusive das ruas localizadas no bairro Niterói. O grande marco da sua administração foi a construção da ponte que liga o centro ao bairro Niterói.

Foi também o Cel. Manoel Martins Quintão o responsável pela criação do primeiro time de futebol, com o nome de Tombense Futebol Clube, fundado em 1914.

Para minha surpresa, tia Conceição foi Princesa e tia Aparecida Rainha do Tombense Futebol Clube. Nossos avós foram bem liberais, uma imagem que não tinha deles.

Em cumprimento ao Decreto-Lei Estadual nº 148, de 17/12/1938, o município de Tombos foi acrescido de mais um distrito, o de São José de Pedra Dourada, instituído com território desanexado de Carangola, passando assim a se apresentar subdividido no distrito sede e no de Pedra Dourada, que em 1962, se emancipou juridicamente por força da Lei nº 2.764, de 30 de dezembro.

Já na divisão territorial do Estado, vigente em 1944 e 1948, estabelecida pelo Decreto-Lei Estadual nº 1.058, de 31/12/1948, o município de Tombos figurava formado por 3 distritos: os dois já citados e o de Catunê, com território desmembrado do de Tombos.

De acordo com as Disposições Transitórias da Constituição Estadual de 14/07/1947, no seu artigo 25, foi o município elevado a comarca de 1ª entrância, cuja instalação se verificou em 15/11/1948.

Aí sobrava potencial elétrico, que a Usina local fornecia em abundância, sendo o mais moderno da Zona da Mata. Construída entre 1910 e 1914, com o objetivo de fornecer energia elétrica para o noroeste fluminense, Tombos e Carangola, no início, era particular, pertencendo ao empresário Vivaldi Leite Ribeiro. Alguns anos depois foi vendida para a Comissão Central de Macabu; em 1948 para a EFE – Empresa Fluminense de Energia Elétrica; depois para várias empresas como a CELF – Companhia de Energia Elétrica Fluminense; a CBEE – Companhia Brasileira de Energia; a CERJ – Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro; a CEMIG e por último a CERJ.

Existe um projeto de ampliação da usina, com a instalação de mais 2 geradores de 6000 MW (Megawatts) e a construção de uma subestação de 69 kV (69.000 volts).

As principais propriedades agrícolas e pastoris eram as Fazendas da Serra, Batatal, Pedra Bonita, Oliveiras, Limoeiro, Cachoeira, Cascata, Santa Cruz, Santa Izabel, Bananeiras, Glória.

Os principais produtos agrícolas eram o café, arroz, cana de açúcar, fumo, feijão, mandioca e milho. Outro grande destaque é a pecuária, com o gado de corte, recria e leite e, ainda, suínos de corte. Destacando-se também o artesanato e pequenas indústrias.

A produção mineral se concentra na extração de Feidspato, Caolim e Mica.

Os estabelecimentos industriais eram 85, sendo os principais a Cia. Leiteira Leopoldinense, Indústrias Reunidas Laticínios Braco S. A., a Fábrica de Móveis Cortéz, a Fabrica de Ladrilhos São José e Cerâmica Defaveri.

O Rio Carangola divide a cidade em duas partes, em seu percurso pelo município recebe direta ou indiretamente, os afluentes São João, Batatal, Santa Bárbara, Capim, Serra Queimada, Vinhático, Santa Clara, Santa Rita e Jacutinga, proporcionando o lazer da pesca com abundantes resultados.

O Município limita-se com Pedra Dourada, Faria Lemos, Eugenópolis, Antônio Prado de Minas e Porciúncula.

 

Segundo tio Zelito, a vovó fazia um doce chamado ‘ovos queimados’ no aniversário dos filhos quando crianças e eles tinham que escolher ou o doce ou um passeio à Fazenda Pedra Bonita. Vejam abaixo a receita diretamente do caderno da vovó, sendo folheado pela tia Conceição.

tia Conceição com o Caderno de Receitas da vovó