Partimos de Genebra (Suíça), em 10/05/2009, de trem, CISALPINO, saindo da Gare Cornavin, com destino a Milão (Itália), numa viagem de 4 horas e 30 minutos, passando pelas estações Lausanne; Montreux; Sion; Sierre/Sideres; Brig; Domodossola, onde cruzamos a fronteira Suíça/Itália; Verbania Pallanza; Stresa; Arona; Gallarate, chegando à Milano Centrale.

 

 

Gute Reise !

 

 

 

Bon Voyage !

 

 

Buon Viaggio !

 

De taxi da Estação Milano Centrale para o Hotel Milano Corso Genova, na Via Conca del Naviglio, 20.

Benvenuti !
Milão
Mediolannum, em latim,
Milano, em italiano,
Milan, em milanês.
Conhecida como “a pequena New York”.
Uma cidade estilosa como só ela.
Capital da região da Lombardia, Milão é o centro econômico do país, a segunda maior e mais rica cidade da Itália, a terceira maior área metropolitana da União Européia e uma das mais ricas, além de ser um dos cinco maiores destinos de negócios da Europa e também uma das mais conhecidas e famosas urbes do mundo.
Indústria, finanças e moda são as três áreas que melhor definem a Milão de hoje (2009), uma cidade cara e caótica.
A cidade é sede da Bolsa de Valores Italiana (Piazza Affari) e a Fiera Milano é o maior complexo de feiras e exposições do mundo.
Fundada pelos celtas no século VII a.C., recebeu o nome de “Mediolanum”, meia-planície. Conquistada pelos romanos em 222 a.C., foi importante durante a vigência do Império Romano, tendo sido sua capital entre 305 e 402, período em que se tornou centro de propagação do cristianismo, graças, também, a San Ambrogio (Santo Ambrósio), conhecido como santo padroeiro da cidade.

O Édito de Milão, de Constantino, em 313, assegurou a liberdade religiosa ao Império.

Saqueada pelos godos por volta do ano 600 d.C., que a tomaram dos romanos, a cidade passou a se chamar “Mailand”, terra de maio, um lugar de calor e inspiração.

 

Comuna independente nos séculos XII e XIII, tornou-se capital do ducado de Milão em 1395, sob o domínio da família Sforza, época que coincide com a luta pela liberdade contra os imperadores da Alemanha. São desta época a Basílica de San Ambrogio e de San Eustorgio e o Palácio della Ragione.
O Renascimento em Milão, século XIV ao XVI, período do governo dos Visconti, dos Sforza e de Ludovico, o Mouro, está representado pelo Duomo, Hospital Maggiore, Castelo Sforzesco, Santa Maria delle Grazie e Santa Maria San Satiro e, também, pela presença dos artistas Bramante e Leonardo.

 

Passou para o domínio espanhol em 1540 e para o austríaco em 1713.

 

Napoleão tornou-a capital da República Cisalpina em 1797 e do Reino da Itália de 1805 a 1814.

Voltou ao domínio austríaco de 1815 a 1859, quando se uniu ao Reino de Sardenha.

Foi uma das cidades italianas que mais sofreram na 2ª Guerra Mundial, com 1/4 da cidade destruída pelas forças aliadas, sendo alvo de gigantesca reconstrução, daí edificações modernas, estilo arranha-céus.

 

Nasceram nesta cidade os Papas: Alexandre II, Urbano II, Celestino IV, Pio IV e Pio XI.

 

Até 1928, Milão era uma “cidade de águas”, cheia de canais que a rodeavam ou a cruzavam, o que pode ser revivido num passeio pelos canais. “Navigli”, um dos mais pitorescos bairros de Milão.

 

Não há uma lista de atrações imperdíveis para visitar, mas sim longas horas para flanar por ruas dominadas por grandes grifes, galerias centenárias, cafés.

 

Quem gosta do mundo da moda, do moderno, de gente bonita, em Milão se sentirá no paraíso.

 

Após nos instalarmos em nosso hotel, caminhamos em direção à Basilica di Sant’Ambrogio, na Piazza Sant’Ambrogio, 15.

 

No caminho comemos um saboroso crepe.

 

 

Na Basilica, às 19 horas, Celebriamo La Messa, no Rito Ambrosiano, uma oportunidade sob medida, abençoando nossa passagem e estadia em Milão.

 

A Basilica di Sant’Ambrogio representa seis séculos de história e impressiona sobretudo pela beleza arquitetônica.

 

 

Erguida no ano de 387, levou 10 anos para ser concluída.

 

Chamava-se, inicialmente, Basílica dos Mártires, em honra a São Gervásio (Gervaso) e São Protásio (Protas0), executados pelos romanos e cujos corpos tinham sido descobertos em 396 d.C..

 

 

 

Passou por vários restauros até o século XIX, mas continua a ser um dos mais belos exemplos da arquitetura sacra medieval.

 

Na cripta está o túulo de Santo Ambrósio.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Santo Ambrósio é a figura intelectual e moral, símbolo da história milanesa. Recebeu formação dos nobres romanos, estudando gramática, literatura grega e romana, retórica e direito. Ao lado desta formação, recebeu, também educação religiosa. Terminados os estudos, iniciou a carreira de advogado.

 

Nomeado governador da província de Emilia-Liguria, com sede em Milão, em 370 d.C., época, em que Milão era a segunda cidade da Itália, encruzilhada dos caminhos para a Gália e Constantinopla. Muito hábil, conseguiu levar a paz para a cidade, então, dividida entre facções cristãs rivais. Com isso, antes mesmo de ser batizado, foi eleito bispo (de 374 a 397 d.C.) por aclamação popular.

 

Mergulhou nos estudos das Sagradas Escrituras e capacitou-se a tal ponto para a pregação, que o próprio Santo Agostinho se admirava de suas interpretações. É especialmente a Ambrósio, que Santo Agostinho deve sua conversão, tendo sido dele que recebeu o batismo.
Era tão eloquente, que se dizia que as abelhas voavam para dentro de sua boca atraídas pelo mel de sua língua.
Renunciou a seus bens em favor da Igreja e dos pobres, consagrava-se dia e noite aos deveres de seu ministério. O que Ambrósio representava para a Itália, na época, pode ser compreendido na frase do general Sitilicão, quando soube da grave enfermidade do bispo: “A morte de tão grande homem seria a ruína da Itália”.
Após sua morte em 397 d.C., foi aclamado e venerado pelo povo como santo. Bento XVI discorrendo sobre ele diz que: “Ambrósio trouxe para o ambiente latino a meditação das Escrituras, iniciando no Ocidente a prática da lectio divina, que orientou a sua pregação e os seus escritos, que brotam precisamente da escuta (…) da Palavra de Deus (…) Com ele os catecúmenos aprendiam primeiro a arte de viver bem para preparar-se depois para os grandes mistérios de Cristo e sua pregação partia da leitura dos Livros Sagrados, para viver de conformidade com a revelação divina”. “Nessa leitura (…) onde o coração se esforça por compreender a Palavra de Deus, se entrevê o método da catequese ambrosiana: a Escritura intimamente assimilada, sugere os conteúdos que se devem anunciar para converter os corações (…) A catequese é pois, inseparável do testemunho de vida”.

 

Diz-se que tentado pelo demônio, teria resistido bravamente, fazendo com que o diabo, desesperado e furioso, enfiasse os chifres numa coluna ao lado da igreja, cujos buracos provocados ainda podem ser vistos.

 

Considerado um dos Padres e Doutores da Igreja, o dia de sua festa é 07/12.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

. dia 11/05/2009

 

Neste dia, nosso destino: o Lago di Como, na Comune di Como, também conhecida como Lario, 50 km ao norte, cerca de 60 minutos de trem de Milão. Saímos da Estação Milano Cadorna, à qual chegamos de Metrô, com destino à cidade de Como S.Giovanni. Se tiver interesse, siga-nos no Nosso Roteiro no Lago di Como.

 

. dia 12/05/2009

 

Partindo da Estação Cadorna do Metro, em direção à RHO Fiera/Molino, depois de uma boa caminhada, para chegar ao Stadio Giuseppe Meazza, também conhecido como San Siro, por ficar no distrito de San Siro, onde jogam dois dos maiores clubes de futebol italiano, a Internazionale e o Milan.

 

 

 

 

 

O estádio começou a ser construído em 1925 e durante anos foi estádio do Milan. Só em 1947, a Internazionale começou a jogar neste estádio. Em 1980, o estádio foi rebatizado oficialmente como Giuseppe Meazza, homenagem a um jogador, ídolo das duas torcidas e morto um ano antes.

 

É o 3º estádio em capacidade (84.309 pessoas) na Europa e o 11º no mundo. Abriga um museu do Inter e do Milan.

Fizemos o, Tour e visitamos o Museu San Siro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

http://www.sansirotour.com/

O Técnico da Seleção Brasileira à época, Dunga, havia estado no San Siro, no final de abril/2009, para das tribunas assistir a goleada do Milan sobre o Torino, por 5 a 1, pelo Campeonato italiano.

 

O coração da cidade reside na Piazza del Duomo, marco zero, de onde começa todo o passeio pela cidade. A dar nome a praça está a Catedral, Duomo.

No centro da praça a estátua equestre de bronze de Victor Manuel II, obra do escultor Ercole Rossa, de 1896.

Duomo, Piazza del Duomo, 2, imponente catedral gótica, uma das maiores do mundo, a maior edificação gótica italiana, ocupa uma área de 11.700 m², começada no século XIV (em 1386), pela promessa do Principe Gian Galeazzo Visconti, objetivava abrigar toda a população da cidade, à época em torno de 40 mil pessoas, daí chamar-se “Duomo de Milão”, que significa “Casa de Milão”.

Só concluída mais de 500 anos depois, no século XIX, porque Napoleão queria ser ali coroado Rei da Itália. Dizem que foi projetada pelo pintor, escultor, arquiteto, engenheiro, cientista e inventor italiano Leonardo da Vinci, nascido em Vinci e falecido em Amboise, na França.

 

Tem cerca de 160 metros de comprimento x 92 metros de largura (no ponto de maior extensão), ou seja, suas dimensões representam aquilo que mais impressiona e provoca admiração a quem a visita. Em mármore rosa de Candoglia, adornada com a famosa estátua de ouro de “Madonnina do Perego”, que vigia a agulha maior desde 1744, guarda impressionantes janelas-vitrais, além da incrível estátua de São Bartolomeu carregando a própria pele.

Cerca de 3.500 estátuas enfeitam sua fachada. Na fachada principal são ao todo 520 elementos esculpidos: 192 estátuas pequenas, 40 grandes e 47 baixo-relevos. Nas belíssimas e enormes portas de bronze estão esculturas em baixo e alto relevos, que mostram cenas da história da cidade.

 

Seu telhado é algo inacreditável: tem 135 agulhas, uma característica marcante desse estilo arquitetônico, baseado na verticalidade, “por meio da qual se pode alcançar Deus”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O interior sóbrio, mas enorme, conta com 5 naves e 52 colunas. Aliás, o que mais impressiona em seu interior é a altura dos enormes pilares góticos que suportam o telhado de toda a igreja e que delimitam suas naves laterais, secundárias e principal, além do altar-mór. Também o maravilhoso piso de mármore de três ou quatro tonalidades, que formam belos desenhos, dão, à nave central, a verdadeira impressão das dimensões desta fabulosa igreja. É possível ver o símbolo da família Visconti, uma serpente engolindo um homem.

 

Não se pode deixar de subir à torre, a quase 200 metros de altura, de escada ou elevador e, se tiver sorte, ver os Alpes, à uma distância de 96 km.

Em outubro de 2002 começaram as obras de restauração da fachada, que duraram até outubro de 2006, e cujo resultado ficou fabuloso, o mármore ficou como novo.

Ao lado da catedral o Museu Duomo, onde se pode conhecer a história da catedral.

 

 

http://www.duvaws.com/

BELÍSSIMA !!!

Bem ao lado fica um dos primeiros shoppings do mundo, a Galleria Vittorio Emmanuele II, também conhecida como Il Salotto di Millano (Sala de Visitas de Milão), cuja história remonta ao ano de 1859, quando a Prefeitura promoveu um concurso para arrumar a Piazza del Duomo com uma passagem coberta que pudesse ligá-la com a Piazza della Scala e à Via Manzoni. O vencedor foi o engenheiro Giuseppe Mengoni.

Construída entre 1865 e 1878, apresenta a forma de cruz e o octógono que se forma no cruzamento dos braços está coberto por uma elaborada cúpula em ferro e vidro, cujos mosaicos representam os quatro continentes (Europa, América, África e Ásia), ao lado de outros que simbolizam a Arte, a Agricultura, a Ciência e a Indústria. Também o arco da fachada principal é muito bonito, Veja os mosaicos do século XIX no centro da galeria, eles representam as cidades de Milão, Florença, Roma e Turim. Observe especialmente aquele em que se vê um touro (taurus), sobre o qual os visitantes giram o calcanhar em seus testículos, dando uma volta completa, cumprindo uma tradição milanesa, que atrai sorte e que, claro, nos cumprimos como sugere a tradição.

Esta espécie de rua coberta é o centro da vida mundana e cultural: livraria, grandes cafés e famosos restaurantes, entre eles, o Savini, um dos restaurantes históricos de Milão.

 

 

A primeira loja da Prada foi inaugurada aí, em 1913, e mantem as instalações originais.

 

A apenas alguns minutos a pé da Duomo, esta igreja, dedicada a São Bernardino de Siena, Santuario Arcivescovile di S. Bernardino Alle Ossa in Milano, na Via Verziere e Piazza Santo Stefano, entrada pela Via San Bernardino, IMPERDÍVEL !!!

 

Dispõe de pequena capela lateral, cujas paredes são quase que inteiramente revestidas de crânios e ossos humanos, indicada por uma placa de Ossário. Dizem ser das vítimas da peste de 1630. Os afrescos no teto da capela foram pintados em 1695 por Sebastiano Ricci de Veneto.

 

 

 

 

 

 

Em 1145 construíram um hospital e um cemitério em frente à Basílica de Santo Stefano. Contudo, em pouco tempo este espaço se tornou insuficiente e, portanto, uma pequena sala foi construída para abrigar os ossos exumados do cemitério.

Em 1268, próximo a esta sala, uma pequena igreja foi erguida para ser utilizada como sepulcro.

Em 1642 a torre dos sinos da Basílica desabou e ambos os edifícios tiveram de ser reconstruídos, ficando concluídos em 1695.

Em 1750 a igreja foi ampliada pelos arquitetos Croci e Merlo e tornou-se conhecida como San Bernardino Alle Ossa.

Segundo a Wikipédia, a escolha por decorar a capela com os ossos pode parecer macabra, mas, é, na realidade, uma forma de exorcizar a morte e de destacar como o corpo é apenas um guardador de alma e como tal, uma vez abandonado o guardador, pode ser reutilizado de outra forma.

 

 

Na Ferrari Store, Piazza del Liberty,8, é possível admirar um autêntico F1 de Shumy.

 

Curiosidade:

 

 

 

 

Pioppo, nome científico populus nigra, em português choupo negro, árvore da qual se solta uma penugem, semelhante ao algodão, que voa por toda parte (Milão e Lago di Como) e nos acompanhou em nossa estadia.

http://www.visitamilano.it/

Saindo da Estação Centrale de Milão, seguimos de trem (TRENITALIA) para Veneza (Itália).